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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Qui | 01.08.13

Os símbolos da monarquia portuguesa

Blog Real

A Bandeira

A última bandeira da Monarquia entrou em vigência pelo decreto de 18 de outubro de 930, emitido pelo Conselho de Regência em nome da rainha Maria II de Portugal, Conselho esse que se achava exilado na Ilha Terceira, no quadro da guerra civil de 1832-1834.

Este, determinava que a bandeira nacional passasse a ser verticalmente bipartida de branco e azul, ficando o azul à tralha; sobre o conjunto, ao centro, deveria assentar as armas nacionais, metade sobre cada cor.

O branco e o azul tinham sido adoptados como cores nacionais por decreto das Cortes Gerais da Nação de 22 de Agosto de 1821, na sequência da revolução liberal do ano anterior. A bandeira nacional tinha, no entanto, mantido a mesma ordenação, com o campo totalmente em branco.

Reza a tradição que a primeira bandeira constitucionalista teria sido bordada pela própria rainha Maria II de Portugal e trazida para o continente pelos Bravos do Mindelo, quando desembarcaram nas proximidades em Vila do Conde para conquistarem o Porto, onde viriam a ficar situados ao longo de mais de um ano.

Tem-se gerado alguma controvérsia acerca das proporções do branco e do azul nesta bandeira; a bandeira para uso terrestre era igualmente bipartida de branco e azul; a para uso naval, essa sim, apresentava o azul e o branco na proporção de 1:2, um pouco à semelhança do que sucede com o actual pendão nacional português.

Ao mesmo tempo foi introduzido um novo Jaque Nacional para os navios de guerra. Era branco, com uma orla azul e as Armas Nacionais ao centro. Foi também introduzida uma nova Flâmula Nacional, azul e branca.

 

Brasão

 

Hino

Hino da Carta (Hymno da Carta na grafia antiga) foi o hino nacional de Portugal entre maio de 1834 e outubro de 1910. Escrito pelo Rei D.Pedro IV, em homenagem à Carta Constitucional que o próprio outorgou aos Portugueses em 1826.

O hino generalizou-se com a denominação oficial de Hymno da Carta, tendo sido considerado oficialmente como Hymno Nacional e por isso obrigatório em todas as solenidades públicas, a partir de Maio de 1834.

Com a música do Hymno da Carta compuseram-se variadas obras de natureza popular (modas) ou dedicadas a acontecimentos e personalidades de relevo, identificando-se em pleno com a vida política e social dos últimos setenta anos da Monarquia em Portugal.

Letra:

I
Ó Pátria, Ó Rei, Ó Povo,
Ama a tua Religião
Observa e guarda sempre
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

II
Ó com quanto desafogo
Na comum agitação
Dá vigor às almas todas
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

III
Venturosos nós seremos
Em perfeita união
Tendo sempre em vista todos
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

IV
A verdade não se ofusca
O Rei não se engana, não,
Proclamemos Portugueses
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

3 comentários

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    Manuel Rocha

    05.06.16

    No meu parco entender e à falta de herdeiros directos presentes no reino, D João VI nomeou um conselho de regência encabeçado por sua filha Dona Isabel Maria.
    O Conselho de Regência envia uma delegação ao Brasil e confirma D. Pedro legítimo herdeiro ao trono português.
    D. Pedro IV, depois de outorgar a Carta Constitucional (1826) que irá substituir a aprovada em 1822, abdica da coroa em favor de sua filha Dona Maria da Glória, Que é prometida a D. Miguel com quem devia celebrar esponsais.
    D. Miguel, que também se encontra fora do pais Viena), celebra esponsais com sua sobrinha, jura didelidade à Constituição de 1826 e assume a Regência em nome de sua sobrinha Dona Maria da Glória (1828).
    Como regente e à rebelia da Constituição vigente (1826) reúne cortes à maneira anterior à de 1822 (1ª Constituição Liberal) e faz-se aclamar rei. Estava assim, num golpe palaciano, restaurado o absolutismo em Portugal.
    Alertado para o que se passava, D. Pedro, abdica da coroa do Brasil em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara e ruma à Europa, angariar apoios, centra-se nos Açores onde reúne uma força de 7500 bravos que desembarcam na Praia dos Ladrões, daí entrando no Porto, sem grande oposição. Segue-se o Cerco do Porto e a História leva o seu rumo.
  • Sem imagem de perfil

    Nuno Ramos

    06.06.16

    O ex-Imperador do Brasil, Pedro I e a Quadrupla-Aliança.

    (...) "Ainda em 1831, o estadista José Bonifácio obrigou o imperador Dom Pedro I, ACUSADO DE EXCESSO DE AUTORITARISMO, a abdicar da Coroa do Brasil no filho Dom Pedro II do Brasil. Vendo-se OBRIGADO a viajar para a Europa, instala-se entre Paris e Londres, onde os novos regimes saídos da Revolução de 1830 lhe podiam ser favoráveis. Em seguida, utilizando O OURO do Brasil DEVIDO a Portugal pelo Tratado Luso-Brasileiro de 1825 (Tratado do Rio de Janeiro de 1825) e com o dinheiro reunido pelo Franco-Maçon Juan Álvarez y Mendizábal, reúne um Exército de Portugueses Emigrados e de Mercenários Estrangeiros, que embarca numa frota com a finalidade de conquistar uma posição em território português Continental. Conquistada que fora a fortíssima posição Militar e Naval de Angra, nos Açores, o Corpo Expedicionário de Dom Pedro parte daí, para desembarcar no Continente português, o que ocorrerá em 9 de Julho de 1832, a norte do Porto, na Praia dos Ladrões, com um efectivo de 7500 homens (sendo 2300 Franceses, 2130 Ingleses, 900 Belgas, 500 Polacos, 500 Irlandeses, 370 Escoceses e 900 Portugueses)".


    (...) Quádrupla-Aliança é a designação dada ao tratado assinado em Londres a 22 de Abril de 1834 entre os Governos de Guilherme IV do Reino Unido, Luís Filipe de França, Dom Pedro I do Brasil (regente em nome de sua filha Dona Maria da Glória, futura Dona Maria II) e a regente de Espanha Dona Maria Cristina de Bourbon, visando impor regimes liberais nas monarquias ibéricas. Tal implicava a garantia da expulsão dos Reis Dom Miguel de Bragança de Portugal e Dom Carlos de Borbón de Espanha, mesmo que tal obrigasse à entrada de tropas estrangeiras nos respectivos territórios.

    Neste sentido ficou aprovado que a Espanha forneceria um corpo de tropas por ela mantido; a Inglaterra uma força naval; e a França, se necessário, o que se combinasse. Portugal enviaria, se fosse necessário, um Exército Auxiliar para Espanha com o intuito de ajudar as tropas liberais espanholas, o que veio a suceder.

    A primeira acção militar deu-se em Portugal, no quadro da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) que então opunha liberais, encabeçados pelo ex-Imperador do Brasil, Dom Pedro I e realistas encabeçados pelo Rei Dom Miguel I de Portugal. Naquela intervenção, o Almirante Charles Napier desembarcou tropas na Figueira da Foz, avançando por Leiria, Ourém e Torres Novas e o General Espanhol José Ramón Rodil y Campillo entrou em Portugal através da Beira e Alto Alentejo com uma expedição de 15 mil homens em apoio do partido de Dom Pedro e de sua filha Dona Maria da Glória. Na batalha de Asseiceira, as forças militares portuguesas foram derrotadas pela conjugação destas forças estrangeiras aliadas às forças do 1.º duque da Terceira, sendo o Rei Dom Miguel forçado a abdicar em favor de Dona Maria II através da Concessão de Évora Monte, datada de 26 de Maio de 1834.

    Mais tarde, ainda no que respeita a Portugal, a Quádrupla-Aliança foi invocada para legitimar uma nova intervenção estrangeira que, na Primavera de 1847, pôs termo à Guerra-Civil da Patuleia que havia rebentado na sequência da Revolução da Maria da Fonte e do Golpe Palaciano da Emboscada.

    ESTA É QUE É A VERDADE HISTÓRICA Sr. Manuel Rocha.
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