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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Ter | 13.08.13

Eventos Reais e Cerimónias - Baptizados Reais

Blog Real

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Bacia usada nos baptizados reais

Baptizado do Rei D.Carlos:

O baptizado solene do príncipe herdeiro D.Carlos realizou-se na igreja de S. Domingos a 19 de Outubro de 1863, mas Maria Pia não compareceu, conforme os usos da época. Só nesse dia seriam conhecidos os nomes do príncipe.

Baptizado de Afonso, Duque do Porto:

O Infante D.Afonso, Duque do Porto nasceu no dia 31 de Julho de 1865. A sua madrinha foi a Rainha Isabel de Espanha e o seu padrinho foi Napoleão III. A Imperatriz Eugénia também assistiu à cerimónia.

Baptizado do Príncipe Real Luís Filipe:

O Príncipe Real Luís Filipe foi baptizado no dia 14 de abril de 1887 na capela de mármore do Palácio da Ajuda. O Príncipe Real Luís Filipe usou um vestido azul que foi oferecido pela sua avó paterna, a Rainha D.Maria Pia. Teve como padrinhos o avô paterno, Rei Dom Luís I, e a avó materna, a Condessa de Paris. Assistiram ao baptizado o Rei D.Luís, a Rainha D.Maria Pia, a Condessa de Paris, o Conde de Paris, a Duquesa de Montpensier, a Princesa Antónia de Hohenzollern, a Princesa Helena de Orleães, o Duque de Montpensier, o Duque de Orleães, e todo o ministério progressista de então de que faziam parte o sr. José Luciano, o sr. Beirão, o visconde de S. Januário, Mariano de Carvalho, Barros Gomes, o conde de Macedo e Emygdio Navarro.

Baptizado do Infante D.Manuel, Duque de Beja (depois Rei D.Manuel II):

O baptizado do Rei D.Manuel II realizou-se na capela palatina do Palácio de Belém no dia 18 de dezembro de 1889. Assistiram o ministério e a corte, e com a presença do conde de Paris e do imperador do Brasil. Foi o conde de Sabugosa que levou o pequeno infante à pia baptismal.

O Infante D.Manuel usou um vestido de brocado branco franjado de prata.

O Rei D.Manuel II teve como madrinha a sua avó, Rainha D.Maria Pia de Sabóia e como padrinho o seu avô materno, o Conde de Paris.

Baptizado de S.A. Real Dom Duarte, o Duque de Bragança:

D.Duarte Pio de Bragança foi baptizado em Berna, na Suíça. Teve como padrinho Sua Santidade o Papa Pio XII e por madrinha a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança, então viúva de D. Carlos I, Rei de Portugal.

Baptizado de S.A.R., O Príncipe da Beira, Dom Afonso de Santa Maria:

Baptizado de S.A.R., O Príncipe da Beira, Dom Afonso de Santa Maria. Este Sacramento do Baptismo realizou-se na Sé Catedral de Braga no dia 1 de Junho de 1996. Foi celebrado pelo Arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira. Teve como padrinhos, D. Afonso de Herédia, irmão da Duquesa de Bragança e a Princesa Elena Sofia de Bourbon e Sicilles. No dia seguinte, foi Consagrado à Senhora da Oliveira, na Igreja de Santa Maria da Oliveira, em Guimarães, cerimónia celebrada por Monsenhor José Pinto de Carvalho.
 
Baptizado da Infanta Maria Francisca:
S.A., A Infanta Maria Francisca Isabel recebeu o Sacramento do Baptismo, no dia 31 de Maio de 1997, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Vila Viçosa. A cerimónia religiosa foi celebrada pelo Arcebispo de Évora, D. Maurílio Quintal de Gouveia e a Infanta foi Consagrada a Nossa Senhora da Conceição. Teve como padrinhos, a Princesa Marie Lieshtenstein, prima por via materna de Dom Duarte Pio, e S.A. D. Henrique de Bragança, Duque de Coimbra.
 
Baptizado do Infante D.Dinis, Duque do Porto:

O Sacramento do Baptismo de S.A., O Infante Dom Dinis de Santa Maria, realizou-se no dia 19 de Fevereiro de 2000, na Sé Catedral da cidade do Porto, por D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto. Dom Dinis foi benzido com água do Rio Jordão que Dom Duarte mandou buscar especialmente para a ocasião. Na homilia um desejo ao Infante - "assim como Cristo é a luz do mundo, esperamos que Dom Dinis de Santa Maria, a exemplo do Rei que lhe emprestou o nome, seja na nossa sociedade verdadeiramente luz". Os Seus padrinhos foram a Princesa Ana Cecília de Bourbon-Siciles e D. Sebastião de Herédia. Após a cerimónia, O Infante Dom Dinis foi levado a uma outra Capela da Sé, onde foi Consagrado a Nossa Senhora de Vandoma. Dom Dinis será na maioridade, Duque do Porto. 
Ter | 13.08.13

O Rei D.Carlos e a Rainha D.Amélia inauguraram o Sanatório Sousa Martins e o Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Guarda

Blog Real

O Rei D.Carlos e a Rainha D.Amélia inauguraram o Sanatório Sousa Martins e o Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Guarda.

As origens do Sanatório Sousa Martins remontam aos finais do século XIX, período em que Portugal começou uma luta organizada e metódica contra a doença da tuberculose. O envolvimento da sociedade científica e médica do pais no estudo da climoterapia surge somente depois da célebre expedição científica à Serra da Estrela organizada pela Sociedade de Geografia de Lisboa em 1881, na qual participaram diversos especialistas de diferentes àreas, destacando-se o médico Sousa Martins. A constatação da excelência do clima de altitude na cura da tuberculose, levou o eminente médico a propagandear os seus efeitos benéficos, no prólogo do livro “Quatro dias na Serra da Estrela”. do jornalista Emygdio Navarro, editado em 1884. Sousa Martins divulga, assim, publicamente e sob o aspecto científico, a especificidade do clima da Serra da Estrela. Mas a acção metódica e concertada na luta contra a tuberculose vai ser protagonizada pela Assistência Nacional aos Tuberculosos, criada em 1899, pelo empenhamento da Rainha D. Amélia, do seu médico D. António de Lencastre e de Sousa Martins.
Nos seis anos que se seguiram, a cidade da Guarda desenvolveu uma intensa actividade médica na luta contra a tuberculose, com o Dr. Lopo de Carvalho à frente. A Guarda foi “invadida” por doentes que, temporariamente, aqui residiam ou mesmo estabeleciam e fixavam residência, praticando assim a chamada cura livre – vivência em clima de montanha, sem acompanhamento médico regular ou outros cuidados.
Nos primeiros meses do ano de 1907 a cidade viveu tempos de expectativa. A 18 de Maio seria inaugurado o Sanatório Sousa Martins, o primeiro Sanatório da Assistência Nacional aos Tuberculosos, cuja cerimónia contará com a presença do Rei D. Carlos I e a Rainha D. Amélia.

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Passados 100 anos recriaram-se os mesmos festejos da época, a chegada dos Reis à estação dos Caminhos de Ferro, dirigindo-se de seguida para a Igreja da Misericórdia onde se realizou um solene Te Deum e posteriormente para o Sanatório Sousa Martins, onde se efectuou a inaguração feita pela Rainha D. Amélia.

Créditos: http://oquartodofelino.wordpress.com/2007/05/21/centenario-do-sanatorio-sousa-martins/

Ter | 13.08.13

D. Manuel II preside á inauguração da estátua do Marechal Duque de Saldanha

Blog Real

Lisboa, 18 Fevereiro de 1909: inauguração da estátua do Marechal Saldanha presidida pelo então chefe de estado, rei D. Manuel II.  A cerimónia decorreu com a presença do presidente da CML, o republicano Anselmo Braamcamp Freire, de descendentes do homenageado e de militares que com ele tinham combatido, sob a escolta de alunos da Escola de Guerra. 

 

Créditos: http://corta-fitas.blogs.sapo.pt/tag/hist%C3%B3ria+aos+quadradinhos e https://1.bp.blogspot.com/-HdlTuKKPrSU/UC0HYs6_NqI/AAAAAAAAGp4/j945Jq_QtXg/s1600/saldanha.jpg

Ter | 13.08.13

D.Manuel II no Buçaco

Blog Real

O Rei D. Manuel II e o Duque de Wellington (neto)

 fotografados no Bussaco em 1910. (il.portuguesa

-gentileza de Carlos Ferraz))

Um dos últimos actos oficiais do último rei de Portugal

foi presidir ás cerimónias das comemorações do

1º centenário da Guerra Peninsular.

Presente nas festividades do Bussaco

em 27 de Setembro daquele ano  de 1910

o rei inaugurou ainda o Museu Militar

que agora,a 200 da batalha, faz um século de existência.

Na primeira fotografia está o Rei

e o neto do Duque de Wellington, herdeiro dos seus  títulos

de nobreza  que esteve igualmente presente. 

O cenário posterior é  o muro da mata junto á Porta de Sula,

local onde se travou parte da batalha.

Dom | 11.08.13

Duquesa de Bragança entrega Ordem de Santa Isabel

Blog Real

A 27 de Outubro de 2012, a D. Isabel entregou a Ordem de Santa Isabel a várias princesas europeias em reconhecimento pelos seus trabalhos filantrópicos.

Receberam a Ordem a Grã-Duquesa Maria Teresa do Luxemburgo, a princesa herdeira Margarita da Roménia, a princesa Margaretha do Lietchenstein, a princesa Christine de Orleans-Bragança e a princesa Eleonore de Ligne.

A cerimónia ocorreu na Catedral Portuguesa em Roma e seguiu-se um almoço na Embaixada Portuguesa.

 

A Ordem de Santa Isabel foi criada pelo rei D. João VI em 1801, em honra da rainha Santa Isabel, rainha consorte de D. Dinis, canonizada pelo Papa em 1625. A Ordem de Santa Isabel é composta exclusivamente por mulheres, maioritariamente portuguesas.

Após o fim da monarquia, a família real continuou a usar a ordem no exílio e em 1986, o Duque de Bragança reestabeleceu  a Ordem como uma ordem honorária dada pela família real portuguesa. Actualmente, é dada pela Duquesa de Bragança que a tem atribuido também a membros da realeza europeia em reconhecimento pelas suas acções de solidariedade, nomeadamente com instituições portuguesas.

fonte: http://www.theroyalforums.com/41064-the-duchess-of-braganza-confers-the-order-of-saint-isabel-to-european-royal-ladies/ e http://realeza.blogs.sapo.pt/680969.html

Dom | 11.08.13

Eventos Reais e Cerimónias - Abertura das Cortes

Blog Real

Na sessão solene da abertura das cortes o rei fazia o discurso solene de abertura do parlamento, em São Bento, perante os deputados eleitos. Depois da abertura das cortes realizava-se um cortejo como este na imagem em 1908. 

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427v_1904-10-03_756_t0.htm

Fonte da imagem:http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1906-06-11_496-4.htm

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1906-10-08_296_t.htm

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1910-10-03_440_t.htm

O Rei D. Manuel II à saída do Palácio de S. Bento, após a abertura da Legislatura - Foto de Benoliel, 29 de Abril de 1908

O Rei D. Manuel II à saída do Palácio de S. Bento, após a abertura da Legislatura - Foto de Benoliel, 29 de Abril de 1908

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1904,28 DE SETEMBRO, ABERTURA DAS CORTES

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1904,28 DE SETEMBRO, ABERTURA DAS CORTES, A CHEGADA DE S.M. EL-REI
Sab | 10.08.13

Eventos Reais e Cerimónias - Coroação/Aclamação

Blog Real

A tradição da realização do ritual de aclamação em Portugal remonta à época de sua primeira dinastia de Borgonha, a começar pelo seu fundador Afonso Henriques, que foi “aclamado pelo seu exército no campo de Ourique”. Tal ritual ocupa um lugar imprescindível na monarquia lusitana, uma vez que a autoridade do novo rei somente era reconhecida após a realização da cerimónia.

Durante o reinado da Casa de Habsburgo apenas o rei Filipe I foi coroado em Portugal. A sua coroação realizou-se na cidade de Tomar. Filipe II e Filipe III foram coroados em Espanha, na cidade de Madrid.

Quando durante a Guerra da Restauração, João II de Bragança vendeu muitas das jóias da Coroa portuguesa para financiar a guerra com Espanha. Quando se tornou rei de Portugal em 1640 e deposta a Casa de Habsburgo, colocou a sua coroa aos pés de uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição declarando-a a "verdadeira Rainha de Portugal". Desde então, os monarcas portugueses não têm uma coroação, mas sim uma aclamação.

A Coroa Portuguesa usada pelos Monarcas era composta apenas de ouro simples e de veludo vermelho com um formato Imperial. Foi feita no Rio de Janeiro, Brasil, em 1817, para a Aclamação de D. João VI. Ela foi criada na oficina de Dom António Gomes da Silva.

Anunciada a morte do monarca e decorridas as cerimónias fúnebres, já deveriam ser colocados em prática os preparativos para a aclamação do rei sucessor, no entanto existiram monarcas Portugueses como, por exemplo, João VI cuja cerimónia de aclamação ocorrera dois anos após a morte do seu antecessor, D.Maria I, este atraso poderá explicar-se por diversos fatores que ocorriam no governo Joanino como por exemplo: disputas no cenário Europeu, a pressão pelo retorno do rei para Portugal, entre outros.

A aclamação do Rei de Portugal podia ter várias cerimónias. Por exemplo, quando D. Carlos subiu ao trono em 19 de Outubro de 1889, por morte de seu pai. Sua aclamação como Rei de Portugal ocorreu em 28 de Dezembro de 1889 e teve a presença de D. Pedro II, Imperador do Brasil, exilado desde o dia 6 do mesmo mês.

O rei D. Luís morreu no dia 19 de Outubro de 1889 na cidadela de Cascais, tendo sido sepultado no Panteão de São Vicente de Fora no dia 26 do mesmo mês, tendo D. Carlos feito juramento a 28 de Dezembro desse ano.

Primeiramente, o monarca sairia dos seus aposentos e acompanhado dos Grandes Títulos da sua Corte, de oficiais da Casa Real e de Bispos, até ao local onde deveria decorrer a cerimónia de aclamação. Tal acompanhamento seria aberto pelos Porteiros, oficiais da Casa Real, seriam responsáveis por abrir e fechar as portas do palácio, função essa bastante simbólica. Os Porteiros traziam consigo duas insígnias que os distinguiam: em primeiro viriam os Porteiros de Cana por portarem instrumentos de sopro rusticos, denominados por Cana, de seguida viriam os Porteiros da Maça, responsáveis por transportar nos ombros um bastão para assinalar a chegada dos convidados, a Maça. Após a chegada dos Porteiros ao local da aclamação do monarca viriam os oficiais da Casa Real responsáveis pela Armaria, ou seja eram responsáveis pela distribuição e regulamentação das armas e brasões da nobresa. Estas estavam distribuídos em três níveis de forma hierárquica: primeiro vinham os três Reis de Armas (representavam os três domínios mais importantes do Império Português: Portugal, Algarve e Índia), seguindo-se dos três Arautos (representavam as mais importantes cidades do Reino:Lisboa, Silves e Goa) e por último os três Passavantes (representavam as vilas mais importantes: Santarém, Lagos e Cochim). Todos deveriam vestir cotas de armas, por outras palavras, uma capa sobre as vestes, que os diferenciava pela posição onde o escudo real estava bordado, os Reis de Armas traziam bordado no peito com a coroa os Arautos traziam ao peito no lado direito sem a coroa e os Passavantes traziam ao lado esquerdo sem a coroa. O cortejo real prosseguia-se com a passagem dos Moços da Câmara e dos Moços Fidalgos. Os Moços da Câmara eram jovens que provinham das famílias mais influentes e possuíam funções na Câmara Real (aposentos do rei). O Moço Fidalgo era basicamente aquele que convive com rei no seu quotidiano. Após a passagem dos Moços passaria o Corregedor do Crime da Corte e Casa. No fim da passagem destas figuras maiores da Monarquia Portuguesa deveriam passar os membros da nobreza, os Grandes Titulares da Corte (Marqueses, Condes, Viscondes e Barões) e eclisiasticos (Bispos). Todos viriam a "descoberto" (desuso de chapéu ou barrete) e formando duas alas, a dos seculares e a dos religiosos, no meio destas deveriam vir os oficiais da Casa Real portando as suas insígnias. Imediato a essa formação deveria vir o Ministro Secretário de Estado. Após ele deveria prosseguir o Meirinho Mor que deveria trazer uma vara branca (sua insignia), este era um oficial de justiça, responsável pela aplicação da lei aos membros da Nobreza e fidalgos, segundo relatos da época, este ofício era praticado pelo Conde de Viana. O Bispo Capelão Mor (responsável pela capela real) deveria acompanhar o Meirinho Mor, após estes proseguiria, o cortejo, o Alferes Mor que trazia a Bandeira Real enrolada, que no fim deste passaria o Capitão da Guarda Real (responsável pela guarda pessoal do rei). A Guarda Real dos Archeiros estaria no exterior do edifício onde decorreria a cerimónia de aclamação. No fim da passagem das mais altas influentes figuras a nível nacional passariam os membros da Família Real e por último viria a figura central: o monarca. Este viria ricamente vestido com o manto real, seguro na cauda pelo Conde de Parati e o Gentil Homem da Câmara Real. Junto ao monarca estaria o herdeiro ao trono ainda acompanhado dos seus oficiais privados (os Camaristas). Muito próximo ao rei no seu lado esquerdo estaria o Mordomo Mor da Casa Real este desempenha as funções mais importantes de toda a Casa Real Portuguesa e o Ministro Secretário de Estado, este último mais afastado. No mesmo lado esquerdo deveriam estar posicionados, em ala e mais afastados, o Meirinho Mor e os Marqueses e por último os Grandes da Corte e outros oficiais da Casa Real. Ao seu lado direito deveriam estar os seu herdeiros (caso os tenha) e o corpo religioso, antes de o soberano se sentar no trono real é lhe dado o ceptro na mão direita, a coroa real ao seu lado esquerdo apesar de poder mudar de posição consoante o plano cerimonial. Após os convidados estarem todos acomodados dá-se oficialmente início à aclamação do monarca, neste momento o Secretário de Estado deveria avisar ao Rei de Armas para pronunciar a prática a El-Rei, o Rei de Armas diria o seguinte: "Ouvide, ouvide, ouvide, estai atentos!". Dito isto o Reposteiro Mor coloca diante do monarca uma cadeira rasa com uma almofada e outra para colocar os do rei para que ele se ajoelhasse. Na cadeira rasa (pequena mesa) o Bispo Capelão Mor colocaria o missal aberto e o crucifixo de prata. O alto prelado deveria ajoelhar-se junto ao trono juntamente com dois Bispos que seriam testemunhos do juramento que El-Rei iria fazer, o monarca então de joelhos colocaria o ceptro na mão esquerda e o missal e a cruz na mão direita e repetiria as palavras que o Secretário, que também estava de joelhos, disse-se:

"Juro e prometo com a graça de Deus vos reger, e governar bem, e direitamente, e vos administrar direitamente justiça, quanto a humana fraqueza permite; e de vos guardar vossos bons costumes, privilégios, graças, mercês, liberdade, e franquezas, que pelos Reis meus predecessores vos foram dados, outorgados e confirmados."

Dito este jura,neto o Secretário de Estado lê em voz alta o Juramento, Preto e Homenagem que os convidados deveriam dizer ao monarca: "Juro aos Santos Evangelhos tocados corporalmente com a minha mão, que eu recebo por nosso Rei, e senhor(a) verdadeiro(a), e natural, o(a) muito alto(a), e muito poderoso(a), o(a) fidelíssimo(a) rei (rainha) ---------, nosso(a) senhor(a), e lhe faço preito, e homenagem segundo o foro destes reinos." Feito o juramento por parte dos convidados o Alferes Mor desenrolaria a Bandeira Real e o Rei de Armas diria em voz alta para beijarem a mão do soberano. Feito isto o Secretrio Geral diz aos convidados que o monarca aceita os juramento feitos a ele e assim o diz:"El Rei, nosso senhor, aceita os juramentos, preitos e homenagens que os Grandes, Títulos Seculares, Eclesiásticos, e mais pessoas da nobreza que estaes presentes, agora lhe fizestes." Declarada a aceitação o Alferes Mor portando a bandeira desenrolada declara a fórmula da aclamação do monarca: "Real, real, real pelo(a) muito alto(a), muito poderoso (a), Senhor(a)-------nosso(a) senhor(a)." Feito isso deveriam seguir para a multidão que os aguardava e o Rei de Armas diria "Ouvide, ouvide, ouvide, e estai atentos." E o Alferes Mor de seguida diria: "Real, real, real, pelo(a) muito alto(a), muito poderoso(a), o(a) senhor(a)--------nosso(a) senhor(a). Finalmente a comitiva real dirigia-se com a população em direção ao Palácio Real momento que marca o fim das cerimónias de Aclamação do monarca Português.

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 Estandarte real das aclamações

D.João IV

Quando D.João IV se tornou rei de Portugal em 1640 e deposta a Casa de Habsburgo, colocou a sua coroa aos pés de uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição declarando-a a "verdadeira Rainha de Portugal". Desde então, os monarcas portugueses não têm uma coroação, mas sim uma aclamação.

Aclamação de D. João IV de Portugal, por Columbano Bordalo Pinheiro, no Museu Militar de Lisboa.

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D.Afonso VI

Quando faleceu o rei D. João IV, deixando como sucessor Afonso, cuja idade ainda não lhe permitia governar e com capacidade mental duvidosa para assumir a função. Foi aclamado e jurado rei a 15 de Novembro de 1656. O boato de que sofria de alguma doença mental levou a que se levantasse a questão do adiamento da cerimónia. No entanto, a data manteve-se por entendimento da rainha. O discurso de praxe coube ao doutor António de Sousa Macedo, jurisconsulto e diplomata, o qual destacou não a figura de D. Afonso mas a de seu pai, a quem definiu como «hum sugeito quasi divino». Não deixou de invocar os feitos dos reis anteriores, provavelmente com o propósito de despertar o brio do jovem monarca, cuja nação se preparava para o recomeço da ofensiva espanhola, que já se fazia anunciar, e ao qual incumbia o dever de juntar todas as forças para, ao fim de dezasseis anos de guerra, não comprometer a independência face ao país vizinho e todo o processo de restauração.

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D.João V

D. João V subiu ao trono de Portugal a 1 de janeiro de 1707, numa cerimónia de juramento em que participaram membros da monarquia e eclesiásticos. Para ler mais informações clique aqui.

D.José I

Depois da morte de seu pai, o Rei D.José I subiu ao trono. O Rei D.José I foi aclamado no dia 8 de Setembro de 1750.

D.Maria I

A Rainha D.Maria I foi aclamada no dia 13 de Maio de 1777. Para saber mais sobre a aclamação clique aqui.

D.João VI

O Rei D.João VI foi aclamado no dia 6 de Fevereiro de 1818. Pode ler mais informações aqui

D.Pedro V

A 16 de Setembro de 1855, quando fez 18 anos, Pedro V (1837-1861) - filho de Maria II e Fernando II - foi aclamado rei tendo ascendido ao cargo dois anos antes. Para ler mais informações clique aqui.

D.Luís I

D. Luís herdou a coroa em Novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de dezembro do mesmo ano.

D.Carlos I

D. Carlos subiu ao trono em 19 de Outubro de 1889, por morte de seu pai. Sua aclamação como Rei de Portugal ocorreu em 28 de Dezembro de 1889 e teve a presença de D.Pedro II, Imperador do Brasil, exilado desde o dia 6 do mesmo mês.

O rei D. Luís morreu no dia 19 de Outubro de 1889 na cidadela de Cascais, tendo sido sepultado no Panteão de São Vicente de Fora no dia 26 do mesmo mês, tendo D.Carlos feito juramento a 28 de Dezembro desse ano.
Após o discurso o alferes-mor do reino o marquês de Sabugosa, dirigiu.se a varanda do palácio de São Bento e agitando a bandeira, fez a proclamação da praxe : "Real, real, pelo muito alto, muito poderoso e fidelíssimo rei de Portugal, o senhor D.Carlos I".
Missa de acção de Graças na Igreja de São Domingos, cerimónia nos paço do concelho, nova aclamação na varanda idêntica à que havia sido proferida em São Bento e inauguração da Avenida D.Carlos I, ligando o chamado Aterro (hoje av.24 de Julho) e o largo de São Bento.

Para saber mais clique aqui.

Juramento constitucional de D. Carlos na câmara dos deputados do Parlamento em 28.12.1889

Fonte da imagem: https://1.bp.blogspot.com/-Zt6JSo7JjaY/TuZxbbtcB2I/AAAAAAAAFeQ/ZgnZQXqDW-8/s1600/D.+carlos+B+1.jpg

Diversos momentos e cenários da aclamação de D. Carlos I, que teve lugar em Lisboa a 28.12.1889.

D.Manuel II

D.Manuel II foi solenemente aclamado Rei na Assembleia de Cortes em 6 de maio de 1908, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional. Para saber mais clique aqui.

Imagens da aclamação de D. Manuel II:

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1908-05-18_626_t.htm

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1908-05-11_593_t.htm

O povo clamando o novo rei por ocasião da proclamação:

Fonte da imagem: http://purl.pt/5854/2/zoom-pp-14427-v_1908-05-18_624-6.htm

Sab | 10.08.13

Eventos Reais e Cerimónias - Casamentos

Blog Real

Casamento do Rei D.Pedro V e da Rainha D.Estefânia:

O Rei D.Pedro V e a Rainha D.Estefânia casaram no dia 18 de maio de 1858 na Igreja de São Domingos em Lisboa.

Casamento oficial entre o rei D. Pedro V e D. Estefânia na igreja de São Domingos em Lisboa, em 18 de maio de 1858.jpg

Casamento do Rei D.Luís e da Rainha D.Maria Pia de Sabóia:

Casamento de D. Luiz e D. Maria Pia a 28 de Setembro de 1862 ,Turim 
Nesta gravura está apenas o casamento por procuração.

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O casamento foi depois validado no dia 6 de outubro de 1862, na Igreja de São Domingos.

Ratificação do casamento de D. Luís I e D.Maria Pia na Igreja de São Domingos:

Casamento do Rei D.Carlos e da Rainha D.Maria Pia de Sabóia:

D.Carlos e D.Amélia de Orleães casaram na Igreja de São Domingos no dia 22 de maio de 1886.

Leque comemorativo do casamento dos Príncipes Dom Carlos e Dona Amélia:

 

Casamento do Rei D.Manuel II e de Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen:

O rei D.Manuel II casou com Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen no dia 4 de setembro de 1913 em Sigmaringen. Pode ver tudo sobre o casamento aqui.


Casamento de D.Duarte Nuno de Bragança e Maria Francisca de Orleans e Bragança:

D.Duarte Nuno de Bragança, chefe da Casa Real Portuguesa, e a Princesa Maria Francisca de Orleans e Bragança casaram no dia 15 de Outubro de 1942 na Catedral de Petrópolis. Pode ver tudo sobre o casamento aqui.

Casamento de D.Duarte Pio, Duque de Bragança e Isabel de Herédia:

D.Duarte Pio, Duque de Bragança e Isabel de Herédia casaram no dia 13 de Maio de 1995 no Mosteiro dos Jerónimos. Pode ver tudo sobre o casamento aqui.

Casamento da Infanta Maria Francisca com Duarte Maria de Sousa Araújo Martins:

A Infanta Maria Francisca de Bragança e Duarte Maria de Sousa Araújo Martins casaram no dia 7 de Outubro de 2023 na basílica do Palácio Nacional de Mafra. Pode ver tudo sobre o casamento aqui.

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Dom | 04.08.13

Festa do Trono de Marrocos em Lisboa com a presença de Dom Duarte

Blog Real

A Embaixadora de Marrocos em Portugal, Karima Benyaich ofereceu este sábado à noite, uma recepção em Lisboa, por ocasião da celebração do 12 º aniversário da ascensão do Rei Mohammed VI ao trono dos seus antepassados.
Esta recepção foi marcada pela presença de muitos políticos portugueses, parlamentares, membros do corpo diplomático, empresários, académicos e jornalistas.

Durante a recepção, a senhora embaixadora fez um discurso que tratou da nova Constituição. Neste sentido senhora embaixadora defendeu que "A nova lei consolida os pilares fundamentais de uma monarquia constitucional, democrática, parlamentar e social. É a implementação de muitas reformas políticos, económicas, sociais e culturais lançadas, num processo de diálogo e integração, à mais de dez anos, por Sua Majestade o Rei Mohammed VI. "
Para marcar este acontecimento, os convivados expressaram as suas calorosas e sinceras felicitações a Sua Majestade o Rei e ao povo marroquino.
Representantes da comunidade marroquina em Portugal, também participaram na recepção, expressando, por sua vez, os seus sentimentos de compromisso com a pessoa de Sua Majestade o Rei.

Texto completo da intervenção da Senhora Embaixadora
Vídeo da Festa do Trôno, Lisboa
Fonte: Embaixada de Marrocos
Qui | 01.08.13

Coroa de Portugal

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Coroa de João VI é a coroa dos Reis de Portugal. A coroa tem uma característica ímpar em relação a outras Coroas europeias. De 1640-1910 não houve nenhuma coroação dos Monarcas Portugueses. Ela foi substituída por uma cerimónia chamada Aclamação, onde o Soberano recebia, junto com a Coroa, as Regalias do Reino. Entretanto a Coroa ficava pousada ao seu lado (não na cabeça).

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Esta tradição foi iniciada com a Restauração da Independência Portuguesa, em 1 de Dezembro de 1640, onde o Rei D.João IV depositou a sua coroa aos pés de uma imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e assim chamou-a de "a verdadeira Rainha de Portugal".

A Coroa Portuguesa usada pelos Monarcas era composta apenas de ouro simples e de veludo vermelho com um formato Imperial. Foi feita no Rio de Janeiro, Brasil, em 1817, para a Aclamação de D. João VI. Ela foi criada na oficina de Dom António Gomes da Silva.

Qui | 01.08.13

Jóias da Coroa Portuguesa

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A Coroa de Portugal

As Jóias da Coroa Portuguesa são peças de joalharia, insígnias e paramentos usados pelos reis de Portugal durante a monarquia portuguesa. Ao longo dos nove séculos de história, as jóias da coroa portuguesa perderam e ganharam património. A maior parte do atual conjunto é dos reinados de D. João VI e D. Luís I.

História

No final do século XV Portugal reunia um rico tesouro de jóias resultado do reinado de D. Manuel I (1495-1521), um dos homens mais poderosos do mundo na época, conhecido pelo seu prazer na ostentação. Grande parte destas jóias perder-se-ia durante a tomada da coroa portuguesa pelos Habsburgos.

No início de 1581, resistindo à união ibérica, António de Portugal, Prior do Crato, neto de D. Manuel, que fora aclamado rei por parte da população recolheu as jóias da Coroa Portuguesa antes de Filipe I ser feito o Rei de Portugal. Procurando apoio para a sua causa, fugiu para a França levando consigo as jóias, incluindo muitos diamantes valiosos. Bem recebido pela rainha consorte Catarina de Médici, vendeu-lhe algumas das peças em troca de apoio da França nos planos para recuperar o trono e depor Filipe I. Quando as forças luso-francesas foram vencidas nos Açores, em 1583, D. António partiu para o exílio e dedicou a vida tentar recuperar o trono. Em Inglaterra pediu o auxílio da rainha Isabel I a quem terá entregue jóias como penhor, entre as quais o famoso "espelho de Portugal", descrito como um diamante quadrangular de cerca de 30 quilates, por várias tentativas de tomar Lisboa, como a da Contra armada inglesa de Julho de 1589. Após várias tentativas falhadas, a pobreza levou-o a vender muitos dos diamantes restantes como o diamante Sancy. O último e melhor diamante, conhecido como diamante Sancy seria adquirido por Nicolas de Harlay, passando para Maximilien de Béthune vindo a ser incluído nas jóias da coroa francesa.

Durante a Guerra da Restauração, João II de Bragança vendeu muitas das jóias da Coroa portuguesa para financiar a guerra com Espanha. Quando se tornou rei de Portugal em 1640 e deposta a Casa de Habsburgo, colocou a sua coroa aos pés de uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição declarando-a a "verdadeira Rainha de Portugal". Desde então, os monarcas portugueses não têm uma coroação, mas sim uma aclamação. Antes da ascensão ao trono português pela Casa de Habsburgo, o rei de Portugal costumava ser ungido e coroado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Em 1755 o grande terremoto de Lisboa destruiu o Paço da Ribeira, residência real portuguea. Com a destruição do palácio, inúmeras jóias da coroa portuguesa da época foram destruídas, perdidas ou roubadas.

Quando a sua corte esteve no Rio de Janeiro, D. João VI mandou fazer um novo conjunto de jóias da Coroa. Criadas pelo joalheiro real na oficina de António Gomes da Silva, o conjunto incluiu uma nova coroa e cetro, entre uma infinidade de peças. As peças desta época são a maioria do atual conjunto de jóias da coroa portuguesa.

Quando Maria Pia de Sabóia se tornou rainha consorte de Portugal, o rei Luís I mandou fazer muitas novas jóias. Paralelamente, foi confecionado um novo manto real. Quando a Família Real portuguesa partiu para o exílio, muitas das jóias seguiram com a rainha Amélia de Orléans e a rainha mãe Maria Pia de Sabóia.

Em 2002 em Haia, durante uma exposição sobre jóias da coroa europeias para o qual tinham sido emprestadas, seis peçasdas jóias da coroa portuguesa foram roubadas.Incluindo um diamante de 135 quilates, o castão de bengala do rei D. José I de ouro com 387 brilhantes, um anel com um brilhante de 37 quilates, uma gargantilha com 32 brilhantes e um par de alfinetes na forma de trevo. Na sequência da investigação do museu e das autoridades holandesas, o governo holandês pagou o montante de seis milhões de euros ao governo português para reparação. As jóias não foram recuperadas.

Actualmente as Jóias da Coroa portuguesa são mantidas à guarda do estado português e não estão abertas ao público. São vistas apenas em eventos especiais.

Ceptro do dragão, feito para a aclamação da rainha D. Maria II, simbolizando a Coroa de Portugal, a carta constitucional de 1826, e um dragão emblemático da Casa de Bragança

O Cetro do armilar , também conhecido como o Cetro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves pertence ás jóias da coroa portuguesa criadas originalmente para a aclamação de D.João VI, juntamente com a coroa de D.João VI e o manto de D.João VI.

Diadema das estrelas, de diamantes, ouro feito para a rainha Maria Pia de Sabóia.

O Colar das Estrelas é um colar de diamantes feito originalmente para a rainha Maria Pia de Sabóia. É uma peça das jóias da coroa portuguesa.

Manto do rei D. Luís I também conhecido como Manto dos Reis Constitucionais.

 

Manto do rei D.João VI, também conhecido como  o Manto do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

Qui | 01.08.13

Eventos Reais e Cerimónias - Beija-mão

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O beija-mão é uma tradição de reverência a personalidades eminentes, praticada em várias culturas desde tempos remotos.

Na cultura lusófona suas origens são medievais, sendo um costume da monarquia portuguesa em Portugal depois herdado pela corte imperial brasileira. O beija-mão era uma cerimônia pública em que o monarca se colocava em contato direto com o vassalo, o qual, depois da devida reverência, podia aproveitar a ocasião para solicitar alguma mercê. A cerimônia tinha grande significado simbólico, lembrando o papel paternal e protetor do rei, invocava o respeito pela monarquia e a submissão dos súditos. Era grande o fascínio que exercia sobre o povo. No tempo de dom João VI havia um protocolo preciso a ser seguido: a pessoa se aproximava, ajoelhava diante do rei, e beijava-lhe a mão estendida. Então levantava-se, fazia outra genuflexão e se retirava pelo lado direito.

Dom João VI recebia seus súditos todas as noites, salvo domingos e feriados. Era sempre acompanhada com música e às vezes a cerimônia se estendia por longas horas, dada a grande afluência de pessoas. Chegava a receber 150 pessoas por dia. José António de Sá elogiou as audiências afirmando que Dom João "exercita o amor, e a confiança para o Soberano, e contém os ministros". Outra lembrança foi deixada por Henry L Evêque

: "o Príncipe, acompanhado por um Secretário de Estado, um Camareiro e alguns oficiais de sua Casa, recebe todos os requerimentos que lhe são apresentados; escuta com atenção todas as queixas, todos os pedidos dos requerentes; consola uns, anima outros.... A vulgaridade das maneiras, a familiaridade da linguagem, a insistência de alguns, a prolixidade de outros, nada o enfada. Parece esquecer-se de que é senhor deles para se lembrar apenas de que é o seu pai". Oliveira Lima registrou que Dom João VI tinha um deleite especial na cerimônia, onde se misturavam livremente nobres e plebeus, e, "dotado da prodigiosa memória dos Braganças, nunca confundia as fisionomias nem as súplicas, e maravilhava os requerentes com o conhecimento que denotava das suas vidas, das suas famílias, até de pequenos incidentes ocorridos em tempos passados e que eles mal podiam acreditar terem subido à ciência d'el-rei".

Qui | 01.08.13

Os símbolos da monarquia portuguesa

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A Bandeira

A última bandeira da Monarquia entrou em vigência pelo decreto de 18 de outubro de 930, emitido pelo Conselho de Regência em nome da rainha Maria II de Portugal, Conselho esse que se achava exilado na Ilha Terceira, no quadro da guerra civil de 1832-1834.

Este, determinava que a bandeira nacional passasse a ser verticalmente bipartida de branco e azul, ficando o azul à tralha; sobre o conjunto, ao centro, deveria assentar as armas nacionais, metade sobre cada cor.

O branco e o azul tinham sido adoptados como cores nacionais por decreto das Cortes Gerais da Nação de 22 de Agosto de 1821, na sequência da revolução liberal do ano anterior. A bandeira nacional tinha, no entanto, mantido a mesma ordenação, com o campo totalmente em branco.

Reza a tradição que a primeira bandeira constitucionalista teria sido bordada pela própria rainha Maria II de Portugal e trazida para o continente pelos Bravos do Mindelo, quando desembarcaram nas proximidades em Vila do Conde para conquistarem o Porto, onde viriam a ficar situados ao longo de mais de um ano.

Tem-se gerado alguma controvérsia acerca das proporções do branco e do azul nesta bandeira; a bandeira para uso terrestre era igualmente bipartida de branco e azul; a para uso naval, essa sim, apresentava o azul e o branco na proporção de 1:2, um pouco à semelhança do que sucede com o actual pendão nacional português.

Ao mesmo tempo foi introduzido um novo Jaque Nacional para os navios de guerra. Era branco, com uma orla azul e as Armas Nacionais ao centro. Foi também introduzida uma nova Flâmula Nacional, azul e branca.

 

Brasão

 

Hino

Hino da Carta (Hymno da Carta na grafia antiga) foi o hino nacional de Portugal entre maio de 1834 e outubro de 1910. Escrito pelo Rei D.Pedro IV, em homenagem à Carta Constitucional que o próprio outorgou aos Portugueses em 1826.

O hino generalizou-se com a denominação oficial de Hymno da Carta, tendo sido considerado oficialmente como Hymno Nacional e por isso obrigatório em todas as solenidades públicas, a partir de Maio de 1834.

Com a música do Hymno da Carta compuseram-se variadas obras de natureza popular (modas) ou dedicadas a acontecimentos e personalidades de relevo, identificando-se em pleno com a vida política e social dos últimos setenta anos da Monarquia em Portugal.

Letra:

I
Ó Pátria, Ó Rei, Ó Povo,
Ama a tua Religião
Observa e guarda sempre
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

II
Ó com quanto desafogo
Na comum agitação
Dá vigor às almas todas
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

III
Venturosos nós seremos
Em perfeita união
Tendo sempre em vista todos
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

IV
A verdade não se ofusca
O Rei não se engana, não,
Proclamemos Portugueses
Divinal Constituição

(Coro)
Viva, viva, viva ó Rei
Viva a Santa Religião
Vivam Lusos valorosos
A feliz Constituição
A feliz Constituição

Qui | 01.08.13

Blog A Monarquia Portuguesa

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Este é um blog sobre a monarquia portuguesa. Aqui falamos da família real portuguesa, dos reis de Portugal, dos simbolos, das tradições e da história da monarquia portuguesa.