1143 - 1185 D. Afonso Henriques "O Conquistador" (25 Julho 1111 Guimarães-6 Dezembro 1185 Coimbra) Casou com D. Mafalda de Sabóia 1185 - 1211 D. Sancho I "O Povoador" (11 Novembro 1154 Coimbra-27 Março 1211 Coimbra) Casou com D. Dulce de Aragão 1211 - 1223 D. Afonso II "O Gordo" (23 Abril 1185 Coimbra-21 Março 1223 Alcobaça) Casou com D. Urraca 1223 - 1248 D. Sancho II "O Capelo" (8 Setembro 1202 Coimbra-4 Janeiro 1248 Toledo) Casou com D. Mécia Lopes de Hero 1248 - 1279 D. Afonso III "O Bolonhês" (5 Maio 1210 Coimbra-16 Fevereiro 1279 Alcobaça) Casou com D. Matilde de Bolonha e com D. Beatriz de Castela 1279 - 1325 D. Dinis I "O Lavrador" (9 Outubro 1261 Lisboa-7 Janeiro 1325 Odivelas) Casou com D. Isabel de Aragão 1325 - 1357 D. Afonso IV "O Bravo" (8 Fevereiro 1291 Coimbra-28 Maio 1357 Lisboa) Casou com D. Beatriz de Molina e Castela 1357 - 1367 D. Pedro I "O Justiceiro" (18 Abril 1320 Coimbra-18 Janeiro 1367 Alcobaça) Casou com D. Constança Manuel e com D. Inês de Castro 1367 - 1383 D. Fernando I "O Formoso" (31 Outubro 1345-22 Outubro 1383 Santarém) Casou com D. Leonor de Telles 1383 - 1385 Interregno
Segunda Dinastia – Avis
1385 - 1433 D. João I "O de Boa Memória" (11 Abril 1357 Lisboa-14 Agosto 1433 Batalha) Casou com D. Filipa de Lancastre 1433 - 1438 D. Duarte I "O Eloquente" (31 Outubro 1391 Viseu-9 Setembro 1438 Batalha) Casou com D. Leonor de Aragão 1438 - 1481 D. Afonso V "O Africano" (15 Janeiro 1432 Sintra-28 Agosto 1481 Batalha) Casou com D. Isabel de Lancastre 1481 - 1495 D. João II "O Príncipe Perfeito" (3 Maio 1455 Lisboa-25 Outubro 1495 Batalha) Casou com D. Leonor de Viseu 1495 - 1521 D. Manuel I "O Venturoso" (31 Maio 1469 Alcochete-13 Dezembro 1521 Belém) Casou com D. Isabel de Castela, D. Maria de Castela e com D. Leonor 1521 - 1557 D. João III "O Piedoso" (6 Junho 1502 Lisboa-11 Junho 1557 Belém) Casou com D. Catarina de Áustria 1557 - 1578 D. Sebastião I "O Desejado" (20 Janeiro 1554 Lisboa-4 Agosto 1578 África) Não Casou 1578 - 1580 D. Henrique I "O Casto" (31 Janeiro 1512 Almeirim-31 Janeiro 1580) Não Casou 1580 - 1580 D. António I "O Determinado" (1531 Lisboa-26 Agosto 1595 Paris) Não Casou
TerceiraDinastia – Filipina/Casa de Habsburgo
1581 - 1598 D. Filipe I "O Prudente" (21 Março 1527 Valhadolid-13 Setembro 1598 Escorial) Casou com D. Maria de Portugal; D. Maria Tudor, D. Isabel de Valois e com D. Ana de Áustria 1598 - 1621 D. Filipe II "O Pio" (14 Abril 1578 Madrid-31 Março 1621 Escorial) Casou com D. Margarida de Áustria 1621 - 1640 D. Filipe III "O Grande" (8 Abril 1605 Madrid-17 Setembro 1665 Escorial) Casou com D. Isabel de França
Quarta Dinastia – Bragança
1640 - 1656 D. João IV "O Restaurador" (19 Março 1604 V. Viçosa-6 Novembro 1656 Lisboa) Casou com Dona Luísa Francisca de Gusmão 1656 - 1683 D. Afonso VI "O Vitorioso" (21 Agosto 1643 Lisboa-12 Setembro 1683 Lisboa) Casou com Dona Maria Francisca Luísa Isabel d´Aumale e Sabóia, ou de Sabóia-Nemours 1683 - 1706 D. Pedro II "O Pacífico" (26 Abril 1648 Lisboa-9 Dezembro 1706 Lisboa) Casou com D. Maria Francisca de Sabóia e com D. Maria Sofia de Neuburgo 1706 - 1750 D. João V "O Magnânimo" (22 Outubro 1689 Lisboa-31 Julho 1750 Lisboa) Casou com Dona Maria Anna Josefa, arquiduquesa de Áustria 1750 - 1777 D. José I "O Reformador" (6 Junho 1714 Lisboa-24 Fevereiro 1777 Lisboa) Casou com D. Mariana Vitória de Bourbon 1777 - 1816 D. Maria I "A Piedosa" (17 Dezembro 1734 Lisboa-20 Março 1816 Rio de Janeiro) Casou com D. Pedro III 1816 - 1826 D. João VI "O Clemente" (13 Maio 1767 Queluz-10 Março 1826 Lisboa) Casou com Dona Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon
1826 - 1826 D. Pedro IV "O Rei Soldado" (12 Outubro 1798 Queluz-24 Setembro 1834 Lisboa) Casou com Dona Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo 1828 - 1834 D. Miguel I "O Tradicionalista" (26 Outubro 1802 Lisboa-14 Novembro 1866 Áustria) Casou com Dona Adelaide Sofia Amélia Luísa Joana Leopolodina de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg 1826 - 1853 D. Maria II "A Educadora" (4 Abril 1819 Rio de Janeiro-15 Novembro 1853 Lisboa) Casou com D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha 1853 - 1861 D. Pedro V "O Esperançoso" (16 Setembro 1837 Lisboa-11 Novembro 1861 Lisboa) Casou com Dona Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern
1861 - 1889 D. Luís I "O Popular" (31 Outubro 1838 Lisboa-19 Outubro 1889 Lisboa) Casou com D. Maria Pia de Sabóia 1889 - 1908 D. Carlos I "O Martirizado" (28 Setembro 1863 Lisboa-1 Fevereiro 1908 Lisboa) Casou com Dona Maria Amélia Luísa Helena de Orleães 1908 - 1910 D. Manuel II "O Rei Saudade" (15 Novembro 1889 Lisboa-2 Julho 1932)
Casou com Dona Augusta Vitória Guilhermina Antónia Matilde Luísa Josefina Maria Isabel de Hohenzollern-Sigmaringen
O rei D. Carlos, no coche real, é aplaudido pela população na sua chegada à cidade do Porto para participar nas comemorações do 5.º centenário do nascimento do Infante D. Henrique, em 1894.
Diadema das estrelas, de diamantes e ouro feito para a rainha Maria Pia de Sabóia
Este diadema foi originalmente encomendado para a Rainha consorte de Portugal D. Maria Pia, esposa do Rei D. Luis I de Portugal.
Este diadema foi feito em Lisboa pelo Joalheiro Real Estevão de Sousa. A tiara é composta por estrelas de diamantes, assentes numa armação, que faz com as estrelas sejam sensíveis ao movimento. O diamante maior da tiara é um diamante rosa conhecido como o Diamante da Maria Pia.
Na mesma altura foi encomendado um colar, conhecido por o Colar das Estrelas, para fazer conjunto com o diadema.
Após a morte do rei D. Luis I o conjunto passou para a última Rainha de Portugal, D.Amélia, esposa do Rei D.Carlos I.
Diadema de Brilhantes
O diadema de brilhantes pertencia à rainha D.Amélia e atualmente é usado por D.Isabel, duquesa de Bragança, que o usou no dia do seu casamento.
Esta tiara foi um presente de casamento do Rei Luís I de Portugal para a sua nora, a princesa Amélie de Orléans, em 1886, a peça tem um colar espelhado, concedido pela Rainha D.Maria Pia de Sabóia.
A tiara foi herdada por D.Duarte de Bragança e foi usada por D.Isabel de Bragança no dia do seu casamento em 1995.
A Infanta Maria Francisca também usou esta tiara no dia do seu casamento no dia 7 de Outubro de 2023.
A rainha D.Amélia com o diadema:
A duquesa D.Isabel com o diadema
A Infanta Maria Francisca a usar o diadema
Tiara de Diamante de Maria Francisca de Orleans e Bragança
Esta tiara pertenceu à Princesa Maria Francisca de Orléans-Bragança, mãe do atual Duque de Bragança, esta peça foi usada por ela em muitos eventos, incluindo a gala do casamento do Juan Carlos de Espanha e Sofia da Grécia. D.Isabel de Bragança usa esta tiara em eventos reais estrangeiros, como casamentos reais.
Tiara Floral de Diamante
Esta peça foi usada pela Duquesa de Bragança em alguns eventos reais, tanto como colar e como tiara. Foi usada por exemplo no banquete da visita de estado que os Reis de Espanha fizeram a Portugal em 2016.
A tiara também já foi usada pela Infanta Maria Francisca.
Tiara de Diamante da Rainha D.Amélia
Esta peça foi criada para a Rainha D.Amélia por volta de 1900 , esta gargantilha de diamante (também conhecido como um collier de chien) era uma de suas peças favoritas, não só emparelhada com as suas jóias de diamante, incluindo o Diadema de Brilhantes, mas também com as suas parures coloridas. Após a sua morte em 1951, esta peça foi herdada pelo atual Duque de Bragança. A Duquesa de Bragança usou esta peça como tiara em múltiplas ocasiões.
Tiara da Infanta Maria Francisca:
Esta é uma tiara floral de pérolas de Maria João Bahia. Foi usada por a Infanta Maria Francisca de Bragança na gala do casamento da Princesa Victoria Romanovna Romanoff e do Grão-Duque George Mikhailovich da Rússia no Museu Russo de Etnografia em St. . Petersburgo no dia 1 de outubro de 2021.
Presentes estavam o Rei Eduardo e a Rainha Alexandra de Inglaterra, o Imperador e a Imperatriz da Alemanha, o Rei e a Rainha de Espanha, a Rainha Maud da Noruega, e a Rainha Amélia de Portugal. Depois de almoço, foi tirada uma fotografia .
Chegada numa caleça ao Paço de Sintra, da Rainha D. Amélia e do Presidente de França Émile Loubet. Em segundo plano, casas das aposentadorias de empregados, demolidas entre 1910 e 1921, à frente das quais se encontram alguns serviçais e músicos de uma banda a tocar. 1905
Retratos de grupo durante o almoço oferecido ao Presidente da República de França, Émile Loubet. Da esquerda para a direita: Presidente Loubet, Príncipe Real, D. Luís Filipe, Rainha D. Amélia, Infante D. Afonso e Rei D. Carlos. Em segundo plano, cadeiras de verga no terraço da Sala dos Cisnes, actual espelho de água.
Retrato de grupo durante o almoço oferecido ao Imperador Guilherme II no Paço de Sintra:
Em 1º plano, da esquerda para a direita: Rainha D. Maria Pia e Rainha D. Amélia. Em 2ª fila: Infante D. Afonso, Infante D. Manuel, Imperador Guilherme II e Rei D. Carlos. Em 3ª fila: Condessa de Seisal, D. Maria Francisca de Menezes, D. Isabel Saldanha da Gama, Marquesa de Unhão, Condessa de Figueiró e D. Ana de Sousa Coutinho. 1905
Retrato de grupo durante o almoço oferecido à Rainha Alexandra da Inglaterra Fotografia tirada no Pátio Central, tendo como pano de fundo as janelas da Sala dos Cisnes. Em primeiro plano, da esquerda para a direita, Rei D. Carlos (de pé); Infante D. Afonso: Rainha D. Maria Pia; Rainha Alexandra; Rainha D. Amélia e, na última cadeira, o Príncipe Real D. Luís Filipe. Em segunda fila, atrás da Rainha D. Maria Pia, o Infante D. Manuel e, por trás da Rainha Alexandra, o Príncipe Carlos da Dinamarca. 1905
Da esquerda para a direita: Rainha D. Maria Pia, Rainha Alexandra, Rainha D. Amélia e Condessa d’Autrim. De pé, pela mesma ordem, o Infante D. Manuel, O Príncipe Carlos da Dinamarca, a Condessa de Figueiró, o marquês de Soveral e o Conde Sabugosa (autor do livro O Paço de Sintra, publicado em 1903, ilustrado com desenhos e aguarelas da autoria da Rainha D. Amélia e de Enrique Casanova).
O rei D. Carlos, de pé, e na cadeira a seu lado, o irmão, o Infante D. Afonso, Duque do Porto. Na fila detrás, da esquerda para a direita, o Conde de Figueiró, o Coronel Benjamim Pinto e D. Fernando de Serpa.
O Príncipe Real, D. Luís Filipe, que três dias antes celebrara 18 anos
A Rainha D. Amélia e a Duquesa de Connaught, após terem a chegado a Sintra de comboio, dirigem-se numa caleça, ao Paço da Vila. 1905
Retrato de Grupo durante o almoço oferecido aos Duques de Connaught no Paço de Sintra. Fotografia tirada no Pátio Central. Em 1º plano, da esquerda para a direita: Infante D. Afonso; Princesa Victoria de Connaught; Princesa Luísa Margarida da Prússia, Duquesa de Connaught; Rainha D. Maria Pia; Princesa Margarida de Connaught; Príncipe Artur (1850-1942), Duque de Connaught, sétimo filho da Rainha Victoria de Inglaterra; Rainha D. Amélia e Rei D. Carlos. Na segunda fila, à direita, por detrás dos monarcas, encontram-se o Príncipe Real D. Luís Filipe e o Infante D. Manuel. 1905
Saída do Paço de Sintra após o almoço. No carro de passeio vis-a-vis, em frente à escadaria da entrada, à época colocada lateralmente, o Príncipe Real D. Luís Filipe, o Infante D. Manuel e o Infante D. Afonso. 1905
A primitiva ocupação do topo escarpado da serra de Sintra onde se localiza o atual palácio, ocorreu com a construção de uma pequena capela sob a invocação de Nossa Senhora da Pena, durante o reinado de João II de Portugal.
No século XVI, Manuel I de Portugal no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz. Doou-a à Ordem de São Jerónimo, determinando a construção de um convento de madeira, e substituindo-o, pouco mais tarde, por um edifício de cantaria, com acomodações para 18 monges.
No século XVIII a queda de um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, danos que foram agravados em decorrência do terramoto de 1755, que deixou o convento em ruínas. Apenas a zona do altar-mor, na capela, com um magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacta.
A reforma de Fernando II
No século XIX a paisagem da serra de Sintra e as ruínas do antigo convento maravilharam o rei-consorte Fernando II de Portugal. Em 1838 este decidiu adquirir o velho convento, a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e quintas e matas circundantes.
No tocante à área do antigo convento, promoveu-lhe diversas obras de restauro, com o intuito de fazer do edifício a sua futura residência de Verão. O novo projecto foi encomendado ao mineralogista germânico Barão von Eschwege, arquitecto amador. Homem viajado, Eschwege, que nascera em Hessen, deveria conhecer, pelo menos em forma de projecto, as obras que Frederico Guilherme IV da Prússia empreendera com o concurso de Schinkel nos Castelos do Reno, tendo passado em viagem de estudo por Berlim, Inglaterra e França, pela Argélia e por Espanha (Córdova, Sevilha e Granada).
Em Sintra, os trabalhos decorreram rapidamente e a obra estaria quase concluída em 1847, segundo o projecto do alemão, mas com intervenções decisivas ao nível dos detalhes decorativos e simbólicos do rei-consorte. Muitos dos detalhes, nos planos construtivo e decorativo, ficaram a dever-se ao ecléctico e exótico temperamento romântico do próprio monarca que, a par de arcos ogivais, torres de sugestão medieval e elementos de inspiração árabe, desenhou e fez reproduzir, na fachada norte do Palácio, uma imitação do Capítulo do Convento de Cristo em Tomar.
Após a morte de D. Fernando, o palácio foi deixado para a sua segunda esposa, Elisa Hendler, Condessa de Edla, o que à época gerou grande controvérsia pública, dado que se considerava já o histórico edifício como monumento. A viúva de D. Fernando procurou então chegar a um acordo com o Estado Português e recebeu uma proposta de compra por parte de Luís I de Portugal, em 1889, em nome do Estado, que aceitou, reservando então para si apenas o Chalé da Condessa, onde continuou a residir.
Com essa aquisição, o Palácio passou para o património nacional português, integrando o património da Coroa.
Durante o reinado de Carlos I de Portugal, a Família Real ocupou com frequência o palácio, tornando-se a residência predilecta da Rainha D. Amélia, que se ocupou da decoração dos aposentos íntimos. Aqui foi servido um almoço à comitiva de Eduardo VII do Reino Unido, aquando da sua visita oficial ao país, em 1903.
Após o regicídio, a Rainha D. Amélia retirou-se ainda mais para o Palácio da Pena, rodeada de amigas e dos seus cães de estimação. Aqui recebia amiúde a visita do filho, Manuel II de Portugal, que nele tinha os seus aposentos reservados. Quando rebentou a revolta de 4 de Outubro, em 1910, D. Amélia aguardou na Pena o evoluir da situação, chegando com a sua comitiva a subir aos terraços para observar sinais dos combates em Lisboa. No dia seguinte, partiu ao encontro de D. Manuel, em Mafra, voltando na mesma tarde ao Palácio da Pena, onde passou a noite de 4 para 5 de Outubro, a última que passou em Portugal antes da queda da Monarquia. No dia seguinte, conhecido o triunfo da República, partiu de novo para Mafra, ao encontro do filho e da sogra, de onde partiriam todos para o exílio.
Com a implantação da República Portuguesa, o palácio foi convertido em museu, com a designação oficial de Palácio Nacional da Pena. Em 1945, a rainha D. Amélia, de visita a Portugal, voltou ao Palácio da Pena, onde pediu para estar sozinha durante alguns minutos: era o seu palácio predilecto.
Interior de uma das salas do Palácio Real da Pena em Sintra em 1900
Interiores
A concepção dos interiores deste Palácio para adaptação à residência de verão da família real valorizou os excelentes trabalhos em estuque, pinturas murais em "trompe-l'oeil" e diversos revestimentos em azulejo do século XIX, integrando as inúmeras colecções reais em ambientes onde o gosto pelo bricabraque e pelo coleccionismo são bem evidentes.
Destacam-se ainda:
a Sala dos Veados, ampla e cilíndrica, com uma larga coluna como eixo, atualmente utilizada para exposições;
a Sala de Saxe, onde predomina a porcelana de Saxe;
o Salão Nobre, onde estuques, lustres, móveis e pedaços de vitrais variam do século XIV ao século XIX, e onde se misturam elementos maçónicos e rosacrucianos;
o Atelier do Rei D. Carlos, estúdio com telas pintadas por D. Carlos
o Terraço da Rainha, de onde melhor se pode observar a arquitetura do Palácio, o Relógio de Sol com um canhão que disparava ao meio-dia
o Claustro Manuelino, parte original do antigo mosteiro do século XVI revestido de azulejos hispano-árabes (c.1520)
a Capela, parte original do antigo mosteiro dos frades Jerônimos
os aposentos, onde se identifica o grande baixo relevo em madeira de carvalho quinhentista, de autor desconhecido, ilustrando a Tomada de Arzila, adquirido por D. Fernando em Roma;
a Sala Indiana, com valiosas obras de arte, como o lustre em cristal da Boémia e baixo relevo "Cólera Morbus", de autoria de Vítor Bastos;
a Sala Árabe, que expõe algumas das pinturas de Paolo Pizzi; e
as pinturas em pratos do rei-artista, numa outra sala.
Imagens do Palácio:
Um guarda no portão do Palácio da Pena em Sintra.
D.Duarte e D.Isabel, Duques de Bragança com os seus filhos no Palácio da Pena:
Inauguração do monumento aos restauradores de 1640, na Praça dos Restauradores em Lisboa no dia 1 de Dezembro de 1886. Na tribuna estava presente o Rei D. Luis.
D. Luís Filipe, bebé, sentado ao colo de sua avó, a rainha D. Maria Pia. Sentados à frente, ao lado da rainha, D. Maria Amélia e o rei D. Luís. D. Carlos é o 3.º em pé (da esquerda para a direita), logo atrás de D. Maria Pia, sua mãe.
No dia 6 de abril de 1900 veio de visita a Thomar, inesperadamente, a rainha Senhora D.Amelia de Orleans, acompanhada pelos seus dois filhos D. Luiz Filipe e D. Manuel, e pelos dignitários de serviço. Foi recebida pela Camara que a foi esperar ao principio da estrada de Payalvo.
Visitou os Paços do Concelho, o convento de Christo, e as igrejas da Senhora da Conceição, de S. João, de Santa Iria e de Santa Maria dos Olivaes e as fabricas do Algodão e do Prado. A Camara, que sempre a acompanhou nestas visitas, acompanhou-a tambem até a estacão de Payalvo, onde entrou no comboio expresso em que viera e em que regressou a Lisboa, mostrando - se satisfeita peIa maneira como foi recebida. Em sessao de 19 do referido mes a Camara deIiberou congratuIar-se com esta visita.
A rainha deixou ao presidente da Camara, a quantia de 100$000, sendo 60$000 rs. para os pobres e 40$000 rs para as duas phiIarmonicas que tocaram durante as poucas horas que sua Magestade foi visitante da nossa cidade; assim foram distribuídos.
As Ordens dinásticas portuguesas são Ordens honoríficas outrora atribuídas pelo Rei de Portugal, numa tradição multissecular que remonta aos tempos do Império. Desde a implantação da República em Portugal até aos dias atuais, as três ordens dinásticas portuguesas existentes passaram a ser atribuídas pelo Chefe da Casa Real de Bragança.
As Ordens:
Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa:
A Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, de seu nome completo Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, é uma ordem honorífica dinástica portuguesa cujo Grão-Mestre é o Duque de Bragança.
A ordem foi instituída pelo rei D. João VI, em 6 de Fevereiro de 1818, dia da sua aclamação, no Rio de Janeiro, Brasil. O objectivo do rei, Grão-Mestre da nova Ordem Militar Leiga, era homenagear a padroeira (designada por alvará de 1646), por Portugal ter sobrevivido, como país independente, às guerras napoleónicas que tinham assolado o país e a Europa. Até 1910 foram agraciados com esta ordem várias personalidades, essencialmente oriundas da nobreza e da aristocracia. O governo provisório, em Outubro de 1910, extinguiu-a como ordem militar, embora o rei D. Manuel II no exílio e os Duques de Bragança que lhe sucederam tenham continuado a utilizar as insígnias desta ordem, só recentemente o actual Duque de Bragança a reabilitou a título privado, como ordem dinástica honorífica da família real portuguesa, distinguindo várias personalidades que agracia com o grau de cavaleiros da ordem, na festa de 8 de Dezembro, em Vila Viçosa.
Insígnia
A insígnia desta ordem (de banda azul com risca branca ao meio) é constituída por um medalhão coroado, em forma de estrela, com um círculo ao centro onde se lêem as letras AM, com a inscrição Padroeira do Reino. A insígnia foi desenhada por Jean-Baptiste Debret, em 1818.
Graus
Os graus em ordem decrescente são:
Grão-Mestre (o Rei)
Grã-Cruz (GCNSC)
Comendador (ComNSC)
Cavaleiro / Dama (CvNSC / DmNSC)
Servente (SNSC)
Ordem Real de Santa Isabel
A Ordem Real de Santa Isabel ou Real Ordem de Santa Isabel, também conhecida por Ordem da Rainha Santa Isabel ou Ordem da Rainha Santa é uma ordem honorífica dinástica portuguesa, cuja Grã-Mestra é a Duquesa de Bragança.
A Ordem foi instituída em 4 de Novembro de 1801 pelo Príncipe Regente D. João, que atribuiu o grão-mestrado da mesma ordem à sua mulher, D. Carlota Joaquina. Tratando-se de uma obra exclusivamente feminina, o seu objectivo é distinguir senhoras católicas, num número limitado de vinte e seis damas, e é decalcada da Ordem das Damas Nobres de Espanha. Durante a Monarquia as rainhas/Grã-Mestras desta Ordem, além das senhoras distinguidas pelos objectivos desta ordem (na sua maioria pertencentes à nobreza), agraciaram também Rainhas católicas estrangeiras. Com a proclamação da república, em 1910, a ordem foi extinta pelo Governo Provisório. D. Augusta Vitória, esposa de D. Manuel II, ainda que no exílio, utilizou a insígnia de Grã-Mestra. Após algumas décadas de inactividade, a ordem foi recentemente reactivada a título privado, com o estatuto de ordem dinástica da Família Real Portuguesa, sendo actualmente Grã-Mestra a Duquesa de Bragança (D. Isabel de Herédia), que costuma agraciar novas damas da Ordem, na festa da Rainha Santa Isabel (no dia 4 de Julho dos anos pares), em Coimbra.
Insígnia
A insígnia desta ordem, (com banda de cor-de-rosa com lista branca ao centro) é um medalhão coroado, com a figura de Santa Isabel de Portugal dando esmola a um mendigo, sobrepujando a legenda latina Pauperum Solatio.
Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala
A Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala, conhecida por Ordem de São Miguel da Ala, Real Ordem de São Miguel da Ala ou, simplesmente, Ordem da Ala, foi uma ordem de cavalaria, supostamente fundada pelo rei D. Afonso I de Portugal depois da tomada de Santarém aos muçulmanos, em 1147 e depois reactivada pelos partidários de D. Miguel I.
O Palácio foi construído em 1559 pelo fidalgo D. Manuel de Portugal. Situa-se na zona sudoeste da cidade de Lisboa, em Belém. O palácio tinha jardins à beira do Tejo, quando o rio tinha a margem mais próxima do que na actualidade.
No século XVIII, D. João V que enriquecera com o ouro proveniente do Brasil, comprou-o ao conde de Aveiras, tendo-o alterado radicalmente. Acrescentou-lhe uma escola de equitação (as cavalariças são hoje o esplêndido Museu Nacional dos Coches) e adaptou o interior.
Na posse da Casa Real:
Aquando do Terramoto de 1755, o monarca D. José I e a família encontravam-se a passar o dia feriado na zona de Belém e sobreviveram à devastação. Receando outro sismo, a família real instalou-se em tendas nos terrenos do palácio, cujo interior foi usado como hospital. O Palácio entrou assim no património da Casa Real, que construiu nos seus anexos o seu Picadeiro Régio.
Alojamento de convidados estrangeiros
D. Maria II habitou alguns anos o Palácio de Belém (quando o Palácio das Necessidades estava em obras), aqui ocorrendo uma tentativa de golpe a que se chamou a Belenzada. A partir do reinado de D. Luís I, o Palácio de Belém foi destinado a receber os convidados oficiais que visitavam Lisboa. Assim, aqui estiveram, entre outros, a Rainha Isabel II de Espanha e seu sucessor, o efémero Rei Amadeu de Sabóia.
Residência do Príncipe Real
Em 22 de Maio de 1886 foi dada nova missão ao Palácio de Belém, a de residência oficial dos Príncipes Reais D. Carlos, Duque de Bragança e sua jovem esposa D. Amélia de Orleães. Aqui nasceram os seus filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel II, que foram baptizados na capela palatina. Após a subida de D. Carlos ao trono, em 1889, não tendo Belém as dimensões de residência oficial da coroa, D. Carlos e D. Amélia mudaram-se para o Palácio das Necessidades, voltando Belém à sua condição de residência dos convidados estrangeiros (albergando, então, entre outros, Afonso XIII de Espanha, Guilherme II da Alemanha e o Presidente francês Émile Loubet. Em 1905, por iniciativa do espírito culto da Rainha D. Amélia, o elegante Picadeiro Real foi transformado em Museu dos Coches Reais (hoje Museu Nacional dos Coches), preservando-se assim a valiosa colecção de coches e viaturas da Casa Real. Ainda sob a égide da Monarquia, o Palácio de Belém albergou o Presidente eleito da República Brasileira, Marechal Hermes da Fonseca, em 2 de Outubro de 1910. Foi neste palácio, durante a recepção ao presidente do Brasil, que o Rei D.Manuel II teve conhecimento da revolução que dias depois lhe roubou a coroa.