Que grande gôsto me deram as suas duas cartas, tão boas, tão bem escritas. Mas onde foi o meu amor de Príncipe descobrir tanta gataria? Faz-me curiosidade: mas nunca é bom atiçar as gatas mexendo-lhes nos filhos pequeninos. Mas, coitadas, julgam que lhos querem tirar e zangam-se, pudera!
Eu vou melhorando mas parece-me que não será ainda a 20 que terei o grandíssimo gôsto de O abraçar. Estou num calor horrível, mosquitos e traças a fartar. No Domingo à tarde houve ameaça de trovoada mas, G. a D., passou, só com um trovão, e longe, e bastante chuva depois. Bem, pode ser muito bom, ser muito obediente à Calita, que tanto trabalho tem com Os grandes Príncipes. Viu a passagem das rôlas, ou seriam andorinhas?
Aceite o mais saudoso beijo do
Manuel.
14 de Setembro – 71/2 da tarde.
(*) Estas cartas achavam-se em poder da sua extremosa Aia, a Exma. Sra. D. Carlota Campos, a qual Dom Manuel tratava por Calita.
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19-3-95
Na cama.
Meu querido Mano
Agradeço-lhe imenso o que me mandou. Eu estou melhor, no dia dos seus anos talvez já me levante, disse o Lencastre. Deus queira que me levante. O Mano se está bem. Aí vem a carruagem para o Mano sair. Tenho um balão muito teso, e uma bacia e um jarro. O balão é encarnado. Diga à Dama que a cama do boneco já está no escritório para ir para o colchoeiro. Faz hoje muito vento. O Mariano Reis veio saber de mim. Morreu o Manuel carroceiro. Deus leve a sua alma em paz, amén. Deus queira que a cama já cá esteja no dia dos anos do Mano. Hoje não tenho febre. Era uma vez uma gata chamada pata, morreu a gata acabou-se a carta.
Adeus meu querido Mano, dou-lhe um beijinho na pontinha do nariz. Seu querido Mano Manuel.
Do livro "O Rei Saudade", de José Dias Sanches, com Prefácio do Dr. Thomaz de Mello Breyner, Conde de Mafra
Entre 10 e 13 de Setembro, a Madeira recebe a 10ª Conferência Regional EMAS (Europa, Mediterrâneo e Países Árabes) do ‘The Duke of Edinburgh’s International Award’ (DofE).
A cerimónia de abertura – que contará com a presença do Duque de Bragança (Fundador e Patrono do Programa, Prémio Infante D. Henrique, em Portugal), de Miguel Horta e Costa (Presidente da Direcção do Prémio Infante D. Henrique), de John May, Secretário-geral do Programa Mundial ‘The Duke of Edinburgh’s International Award’, e do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque – terá lugar a 11 de Setembro, pelas 9 horas, no Hotel Pestana Casino Park, no Funchal.
Para além de Portugal, país anfitrião, estão confirmados representantes de 18 países: Alemanha, Bulgária, Eslovénia, Finlândia, Irlanda, Israel, Gibraltar, Holanda, Irlanda, Jordânia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, República Checa, Reino Unido, Roménia e Turquia.
É a segunda vez que a Conferência Regional EMAS do DofE se realiza em Portugal. A primeira teve lugar, em 2008, no Estoril.
Sobre o Prémio Infante D. Henrique
O Prémio Infante D. Henrique é a versão portuguesa do ‘The Duke of Edinburgh’s International Award’, fundado em 1956 pelo Duque de Edinburgo. Em 1988, no Porto, Dom Duarte, Duque de Bragança, fundou a versão portuguesa, que adoptou o nome Prémio Infante D. Henrique.
O Programa subjacente ao Prémio visa o desenvolvimento pessoal e social de actividades voluntárias e não competitivas, destinado a jovens entre os 14 e os 25 anos, encorajando-os a desenvolverem-se como cidadãos activos, participativos, com uma contribuição positiva na sociedade e preparando-os com experiências de vida para marcar a diferença com eles próprios, as suas comunidades, e o mundo.
É um programa nacional e internacional que reconhece os jovens por aquilo que fazem: participando num serviço à comunidade e aprendendo a prestar um serviço, os jovens são incentivados a apoiar o próximo; praticando um desporto, adquirem um desenvolvimento físico e hábitos desportivos; passando pela secção de talentos, descobrem novas facetas em si ou simplesmente adquirem experiência profissional tão necessária nos dias de hoje; e na secção aventura, considerado um teste à sobrevivência, realizada em grupo e onde se destacam as qualidades de liderança, responsabilidade e maturidade.
O programa promove a aquisição de competências sociais e pessoais, nos jovens, a mobilidade dos mesmos nos 140 países onde o programa existe, é reconhecido no acesso às Universidades Internacionais e mestrados e é ainda reconhecido pelo mundo empresarial a nível internacional.
Por outro lado, o programa promove a internacionalização das Universidades e Politécnicos, via Educação não formal, uma vez que se encontra disponível na rede de estabelecimentos de ensino espalhados por mais de 140 países em todos os Continentes.
Sendo um Prémio de candidatura livre, os alunos candidatos deverão, contudo, frequentar uma escola certificada para tal. Para que estas se possam candidatar, são desenvolvidas acções de formação, podendo as Escolas interessadas e os seus Professores, inscreverem-se na próxima formação, directamente para a Associação do Prémio Infante D. Henrique.
O Príncipe Albert II do Mónacochegou à Madeira, no início desta terça-feira. Foi no Funchal que procedeu ao descerramento da placa toponímica no Largo Príncipe Albert I do Mónaco, tetravô do actual monarca e um reputado oceanógrafo do século XIX e XX, que realizou várias viagens nas águas da Madeira. Esta foi uma forma da autarquia prestar homenagem a um cientista que contribuiu para o desenvolvimento cientifíco nesta área.
D.Duarte, Duque de Bragança esteve presente na cerimónia.
Fotografia de grupo da Família Real em 1887; impressão fotográfica; prova em papel albuminado; autor. D. Carlos I. Em primeiro plano, da esquerda para a direita, sentados: D. Luis, a rainha D. Amélia, com o príncipe D. Luis Filipe ao colo, D. Maria Pia e o rei D. Carlos - Palácio Nacional da Pena