Casamento do Rei D.Manuel II e D.Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen em 1913
Em 4 de setembro de 1913, Manuel casou-se com D. Augusta Vitória, princesa de Hohenzollern-Sigmaringen (1890-1966), sua prima (por ser neta da Infanta Antónia de Portugal), e filha do príncipe Guilherme de Hohenzollern-Sigmaringen. Durante a missa na manhã do enlace, que teve lugar na capela do Castelo de Sigmaringen, Manuel assistiu de pé, ostentando a Ordem da Jarreteira e o Grande cordão da Banda das Três Ordens, sobre um caixote cheio de terra portuguesa.
A cerimónia foi presidida por José Neto, cardeal-patriarca de Lisboa, à altura exilado em Sevilha, e que já havia baptizado Manuel, e assistiram: o herdeiro do trono britânico, Edward, príncipe de Gales, bem como representantes das casas reinantes ou reais da Espanha, Alemanha, Itália, França, Roménia e de vários principados e reinos alemães próximos.
Em Lisboa, os monárquicos fazem uma subscrição, cujo responsável é Monteiro Milhões, para a compra de um presente de casamento.
O casamento, uma união calma e serena, durou até à morte súbita do rei, mas não teve descendência, fonte de grande descontentamento para os monárquicos portugueses. Nunca se ouviram falar em gravidezes de Augusta Vitória, pelo que se julga que os dois eram geneticamente incompatíveis.
Ementa do casamento: