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Foram inaugurados esta segunda-feira em Twickenham, Inglaterra, dois vitrais alusivos ao sacrifício dos militares portugueses na batalha de La Lys, que ocorreu há precisamente 100 anos, na Flandres.
A batalha acabou por ser a mais marcante ação da Força Expedicionária Portuguesa, tendo resultado num desastre militar, apesar de os portugueses terem sido louvados pela sua bravura.
Um século mais tarde esta bravura fica recordada num memorial inaugurado na igreja de Saint James, em Twickenham, que assim celebra também a sua forte ligação histórica a Portugal.
Twickenham foi a terra escolhida por D. Manuel II para o seu exílio, depois da implantação da República em Portugal. O Rei deposto frequentava aquela paróquia, e por sua vez doou dois vitrais à igreja, havendo já um memorial em sua honra dentro da mesma. Nestes vitrais ele não é esquecido.
Diplomaticamente os vitrais incluem tanto a coroa real portuguesa como o escudo português sobre a esfera armilar, que passou a ser usado durante a república, mas o mais importante são as representações dos militares portugueses em pleno combate, num dos vitrais e noutro um militar ferido a ser auxiliado por uma enfermeira.
Atualmente, no Reino Unido, apenas existe um memorial aos militares portugueses na Primeira Guerra Mundial. Trata-se da lareira da cozinha do acampamento de uma unidade militar portuguesa que esteve durante a guerra no Reino Unido a ajudar a comunidade local a produzir lenha, para o esforço de guerra.
A lareira foi restaurada e pode ser visitada na floresta, em Lyndhurst, tendo uma placa explicativa.
Captada quando, acompanhado pela Rainha Senhora Dona Amélia, desembarcava na estação de vapores Sul e Sueste, junto ao Terreiro do Paço, às 5 horas da tarde de 1 de Fevereiro de 1908; poucos minutos antes do atentado.
Aires de Ornelas e Vasconcelos, 1.º Senhor de Dornelas e do Caniço, 15.º Senhor do Morgado do Caniço, na Ilha da Madeira, foi um militar, escritor e político do último período da Monarquia Constitucional Portuguesa.
Aires de Ornelas e Vasconcelos foi filho sucessor do Deputado e Conselheiro Agostinho de Ornelas e Vasconcelos Esmeraldo Rolim de Moura e Teive e de sua mulher D. Maria Joaquina de Saldanha da Gama, pertencendo pelo lado paterno a uma das mais antigas e distintas famílias madeirenses, a dos Senhores do Morgado do Caniço. Pelo lado materno era neto dos 8.º s Condes da Ponte.
Como militar destacou-se nas Campanhas de Conquista e Pacificação das colónias portuguesas de África. Após a implantação da República Portuguesa foi lugar-tenente do rei D. Manuel II de Portugal, então no exílio, representando-o perante as forças monárquicas no país e junto das instituições da Primeira República Portuguesa.
Para além dos seus estudos militares, interessou-se pela escrita, tendo fundado em 1893 a ''Revista do Exército e da Armada'', em colaboração com outros alunos da Escola do Exército, da Escola Naval e com militares no activo. Foi um dos mais assíduos colaboradores daquele periódico. Foi também colaborador e depois director do ''Jornal das Colónias''; também colaborou no jornal O Correio: semanário monárquico.
Quando em Maio de 1906 o Partido Regenerador-Liberal, liderado por João Franco, foi chamado por D. Carlos I para formar governo, coube a Aires de Ornelas o cargo de Ministério da Marinha e Ultramar. Nestas funções, em 1907, acompanhou S. A. R. o Príncipe Real D. Luís Filipe na sua viagem às colónias da África, visitando Cabo Verde, Angola e Moçambique. Teve, também, o título de Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima a 6 de Junho de 1906 e foi Ajudante-de-Campo Honorário dos Reis D. Carlos I e D. Manuel II e Secretário da 1.ª Secção de Estudos do Conselho General do Exército.
Monárquico convicto, com a implantação da República pediu a demissão de Oficial Tenente-Coronel do Estado-Maior do Exército, demitiu-se do Exército e abandonou Portugal, residindo em Londres durante algum tempo. Quando as condições políticas permitiram o seu regresso a Lisboa, foi um dos obreiros da reorganização da causa monárquica, sendo nomeado Lugar-Tenente do Rei D.Manuel II de Portugal, então exilado em Londres, substituindo no cargo, que ocupou durante muitos anos, por iniciativa do monarca, o seu amigo João de Azevedo Coutinho.
Envolvido na tentativa de restauração monárquica de 1919, o episódio da Monarquia do Norte, liderada pelo seu correlegionário Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, foi preso durante alguns meses na Penitenciária e no Forte de São Julião da Barra, de onde saiu graças a uma amnistia oferecida aos revoltosos de 1919.
SMF el-Rei D. Manuel II foi um dos que deu mais dinheiro ao monumento de Taborda, como SMF a Rainha D.Amélia, a Viscondessa de Alferrarede que deu 30 mil réis....
Empatado com o Rei estava Casimiro José de Lima
A pensão a Taborda foi outorgada pelo avô de D.Manuel II, el-Rei D.Luís
A alma do monumento foi Solano de Abreu
Recorte de Ocidente de 30-8-1910