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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Qui | 31.05.18

O inventário de D. Teodósio em Vila Viçosa “é atualmente o maior do séc. XVI em Portugal” e “um dos maiores na Europa”, revela investigador

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O inventário de D. Teodósio em Vila Viçosa “é atualmente o maior do séc. XVI em Portugal” e “um dos maiores na Europa”, revela investigador (c/som e fotos)

O livro “De Todas as Partes do Mundo - O Património do 5.º Duque de Bragança, D. Teodósio I", foi apresentado na capela do Paço Ducal de Vila viçosa, por um dos coordenadores do projeto, o historiador Nuno Senos, no passado sábado, 26 de maio. Após uma incursão sobre o vasto património deixado pelo duque, foi possível percorrer os corredores do palácio, numa visita privilegiada, que culminou no oratório de D. Teodósio, recentemente restaurado e ainda inacessível ao público. 

O professor universitário da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, explica que o projeto nasceu “pelos tapetes” das casas nobres portuguesas, matéria de estudo da cocoordenadora Jessica Hallett, que percebeu “que havia uma lista muito extensa de tapetes pertencentes a D. Teodósio”, que por sua vez “estava incluída num inventário que se tinha feito dos bens de D. Teodósio” a quando da sua morte, em 1563. “Esse inventário é atualmente o maior inventário do séc. XVI que existe em Portugal” e “um dos maiores que existe na Europa”, revela o autor.

Aí, foi possível encontrar um conjunto de dados extremamente minuciosos, que catalogava desde as tapeçarias ao vestuário, passando pela comida, o mobiliário, os livros ou até os escravos. Por isso, “fomos juntando pessoas, para tratar, cada uma delas, a sua especialidade”, referiu o historiador. Além do mais, “tudo isto se passava no interior de um palácio, que é este, que ainda por cima temos a sorte de estar aqui” e “quase intocado”. E “aquilo que começou com uma equipa de 20 pessoas” acabou por ter mais de 40 colaboradores e investigadores.

Num projeto que dura “há quase uma década”, “foram-se juntando muitas pessoas” e “a dada altura, havia pessoas que vinham a todos os eventos que nós organizávamos, nomeadamente aqui em Vila Viçosa”. Pelo que “passámos a ter amigos aqui em Vila Viçosa”, condessa o autor, revelando que “até nos chamamos os amigos de D. Teodósio”.

Por outro lado, Nuno Senos sublinha que “a riqueza do inventário é tão grande, que nos permite tocar em vários aspetos da vida do duque”. Ao mesmo tempo, “atrás desse documento vieram outros”, como por exemplo “um documento extraordinário sobre a construção do palácio” e ainda “aquilo que se chama «o regimento», isto é, um documento que dita as regras de cerimonial que se cumpriam aqui dentro”. Permitindo assim, “reconstituir vários aspetos da vida do Paço, sobretudo do duque e da duquesa, mas também ficámos a perceber um bocadinho melhor as zonas de serviço, o que é que se guardava, quem é que lá estava, quantas pessoas lá trabalhavam”.

Algo que ajudou também a caracterizar a família dos duques de Bragança, que “ao contrário da restante aristocracia, que tende a seguir o rei (…) os Bragança raramente saem de Vila Viçosa”, o que “permitiu, que aqui em Vila Viçosa, se gerasse uma realidade também única no país, que é uma corte própria, uma espécie de corte régia, aqui”. Gerando um “cerimonial”, que “não o encontrei descrito para mais ninguém em Portugal, nem mesmo para os infantes”, o que “reforça precisamente essa ideia de lugar único” que os Bragança ocupavam, assim como o Palácio, “único quando foi construído e, na verdade, único até ao fim, único até hoje”.

Já para dia 15 de setembro, está marcada uma outra sessão sobre “aquele que é, com exceção do Palácio da Vila de Sintra, é o maior palácio gótico sobrevivente no país”.

Este livro agora lançado pela Tinta da China, pode ser encontrado em quase todas as livrarias nacionais, bem como na receção do Paço Ducal de Vila Viçosa.

Ver fotos aqui.

Qua | 30.05.18

Comunicado do Duque de Bragança sobre a entrevista concedida ao "Observador"

Blog Real

Esclarecimento

No passado dia 25 de Maio, a Revista Flash publicou um artigo com o título: Sem papas na língua, D. Duarte critica Meghan: “Deve ser complicado ver a mulher na cama com outro”. Esse artigo, foi realizado com base numa entrevista concedida pelo Duque de Bragança ao jornal online Observador, mas com frases truncadas e retiradas do seu contexto, tendo por objectivo passar uma imagem de intolerância e retrógrada.

O referido artigo tem por base um título que associa uma resposta dada a uma pergunta que nada tinha a ver com Meghan Markle, Duquesa de Sussex. A partir desse título truncado, a revista Flash utiliza uma série de frases descontextualizadas da entrevista com o objectivo de passar uma imagem distorcida do Duque de Bragança.

Essa situação pode ser facilmente comprovada lendo com atenção a entrevista ao Observador (https://observador.pt/especiais/e-d-duarte-estaria-preparado-para-ter-uma-nora-de-hollywood-absolutamente-nao/).

Em toda a entrevista o Duque de Bragança defende que hoje em dia o valor fundamental é a democracia e que em toda a Europa os casamentos reais demonstram essa realidade dos nossos dias.

Lamenta-se o conteúdo da referida notícia, que é sensacionalista e que faz uma truncagem de frases da referida entrevista ao Observador de uma forma totalmente irresponsável, manifestando vontade deliberada de prejudicar o bom nome do Duque de Bragança.

 

Lisboa, 28 de Maio de 2018

Fonte: http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/comunicadosrecentes.asp

Dom | 20.05.18

Entrevista de D.Duarte de Bragança ao "Observador"

Blog Real

A Rua dos Duques de Bragança, em Lisboa, deve o seu nome ao palácio da família aristocrata portuguesa, a mesma de que descende D. Duarte. Sem palácio, mas com uma casa num terceiro andar na dita rua, o duque, com 73 anos, recebe as visitas com o mínimo de cerimónia. “Vou pedir pizzas”, exclama. Dito e feito: meia hora depois, estavam três em cima da mesa, bem como pratos, talheres (à vontade não é à vontadinha) e um sortido de bebidas: uma coca-cola, uma cerveja artesanal e três sidras, duas delas de frutos vermelhos.

O casamento do princípe Harry e de Meghan Markle é já no sábado — D. Duarte, herdeiro da coroa portuguesa e um dos vários monarcas europeus não reinantes, tem as suas maiores afinidades distribuídas por outros reinos que não o de sua majestade, Isabel II. É onde estão os “primos”, como diz. Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Áustria, Baviera e por aí em diante, só para termos uma amostra de como estas árvores genealógicas são complexas e cheias de nós cegos.

Há 23 anos, foi o próprio casamento do duque que deu que falar. Três mil convidados, uma igreja monumental, a dos Jerónimos, preceitos protocolares até mais não, e uma multidão de gente à porta com direito a acepipes e ecrãs. Até convites falsos houve, uma verdadeira festa. Este fim de semana, D. Duarte e D. Isabel não vão a Windsor.

D. Duarte tem três filhos: Afonso, o mais velho, tem 22 anos, Maria Francisca já tem 21 e o mais novo, Dinis, tem 18. Não será completamente despropositado antecipar o próximo casamento real português. Por cá, a febre com a realeza pode não ser nem metade da dos ingleses, mas é preciso admitir que de um conto de fadas (ou de príncipes e princesas) todos precisamos de vez em quando.

Como é que anda a sua relação com a família real britânica?
Tenho uma relação próxima com o príncipe Eduardo e com o príncipe Carlos. Eu e o Príncipe Eduardo trabalhamos juntos num programa internacional chamado Prémio Duque de Edimburgo, que em Portugal se chama Prémio Infante D. Henrique, do qual sou o presidente honorário. Com o Príncipe Carlos tenho-me encontrado em várias ocasiões e tido conversas muito interessantes, nos aniversários dele, etc… Gostei muito da Camila, pareceu-me uma mulher interessantíssima, inteligente e muito culta. Tivemos uma conversa muito interessante.

Quando é que esteve, pela última vez, num evento oficial da família real?
Em primeiro lugar, costumo estar nas reuniões do grupo de apoio ao Prémio Duque de Edimburgo. Convidam-me duas vezes por ano para encontros muito interessantes que acontecem no Palácio de St. James, em Londres, ou em vários outros palácios históricos. São pessoas que dão uma contribuição para o prémio. Neste caso, um senhor do Porto, muito simpático, pagou a minha contribuição vitalícia. Depois, há aniversários e casamentos de outras famílias, dos meus primos. A minha bisavó materna foi a princesa Isabel, filha de D. Pedro II do Brasil, uma senhora interessantíssima, mas esse lado da família não é assim tão numeroso. O meu bisavô paterno foi o rei D. Miguel e descendem dele os reis da Bélgica, os grã-duques do Luxemburgo, os príncipes do Liechtenstein e mais uma dúzia de famílias reais europeias. É curioso porque se criou uma rede de solidariedade familiar muito forte, as pessoas gostam muito de se encontrar e de conviver.

Foi convidado para o casamento do príncipe Harry?
Não.

Mas estava à espera de ser?
Não. Pessoalmente, não conheço a lista de convidados, mas imagino que seja muito mais pessoal do que política. No casamento do príncipe herdeiro, a lista foi sobretudo política, com governantes, Commonwealth, casas reais reinantes e com os amigos pessoais. Neste, julgo que será muito mais à base de relações pessoais. Não estou a ver a família a convidar figuras políticas, provavelmente porque a rainha achou que o casamento devia ser mais familiar.

Isso por ser o casamento do número seis na linha de sucessão, certo?
Sim, não tem peso nenhum. Tem um peso mediático muito simbólico pelo facto da rapariga ser de origem africana, mista. Isso tem um impacto muito grande em todas as comunidades que não são de ascendência europeia. Imagino que estejam muito contentes com isso. Os ingleses têm tido a habilidade de aproveitar circunstâncias que, à primeira vista, saem fora do comum e de lhes dar uma mensagem política inteligente.

Nesse sentido, acha que a família real faz um balanço positivo deste casamento?
Creio que sim. Quer dizer, conversando em particular com ingleses, percebe-se que há muitos, obviamente, muito chocados. Aliás, nesse aspeto, os ingleses nunca foram conhecidos pela sua tolerância. Tudo o que não seja inglês… Mesmo que fosse uma rapariga escocesa já iam discutir, quanto mais uma americana, meio africana. Acho eu. Lembro-me de uma história de um amigo cujo filho ia casar com uma escocesa. E ele dizia: “Esta coisa de o meu filho ir casar com uma mestiça”. “Mestiça?” “Sim, com uma escocesa”. E isto só porque não era bem inglesa.

Portanto, se não fosse Meghan Markle, este casamento passaria mais despercebido.
Estes casamentos são um ótimo negócio para Inglaterra, não é? Vão imensos turistas, vendem-se imensas lembranças, fazem-se selos de correio. Mas acho que estão a fazer um esforço para não dar a impressão de que, por ser com esta, o casamento é menos solene, para não parecer que há menos entusiasmo. Ou então, foi o governo a dizer que convinha aproveitar o momento para distrair as pessoas do Brexit. Para as relações com os Estados Unidos, por exemplo, o casamento é certamente muito bom. A grande preocupação do Estados Unidos é que não haja qualquer tipo de discriminação e isto mostra uma modernidade da Inglaterra, por aceitar bem um casamento destes. Podia ser mais chocante, mas até está dentro de uns certos limites, apesar de tudo.

Mas hoje as pessoas já olham para as famílias reais de forma diferente. Acha que a casa real britânica tem contribuído para esta mudança de perspetiva?
Há uma caricatura muito engraçada de uma artista inglesa em que se vê o príncipe Philip desmaiado no chão e a rainha a dizer: “Philip, querido, ela é Markle, não é Merkel”. Acredito que deve ser bastante chocante para a rainha e para o príncipe Philip que o neto case com uma rapariga divorciada e já com uma história de vida complicada. Mas aceita-se. Porquê? Porque faz parte da cultura da nossa época. E o que acontece é que, em todas as alturas, as famílias reais se adaptaram sempre aos valores culturais da sua época, tentando moderá-los, tentando dar exemplos de outro tipo de comportamento mais clássico. Mas acabam por se adaptar e isso é uma constante histórica. Na Idade Média, os reis participavam nas batalhas, porque tinham de ser guerreiros. Na Renascença, preocupavam-se muito com a cultura, com o progresso e com a ciência, eram os valores da época. Hoje em dia, qual é o valor aparentemente mais fundamental? É a democracia. Então as famílias reais fazem casamentos muito democráticos. Também aconteceu na Suécia e na Noruega. A própria rainha de Espanha é um exemplo. Até agora, a força e o prestígio da instituição monárquica tem sabido ultrapassar problemas que surgiram, às vezes por falta de preparação das rainhas e dos príncipes que casam com elas. Já o marido da rainha da Holanda, o príncipe Bernardo, teve um problema muito complicado porque recebeu dinheiro de uma indústria americana para favorecer a compra de uns aviões. A reação dos holandeses foi: “Coitada da rainha que tem de aturar a estupidez deste marido”.

Considera então que a monarquia britânica soube lidar com essas transformações.
Há um filme chamado “A Rainha” que retrata isso muito bem. O facto de a população dos países onde há monarquias vibrar imenso e sentir-se muito próxima dos problemas das famílias reais mostra exatamente a importância da instituição. Ninguém  fica muito preocupado se a filha do Presidente da República se divorcia, por exemplo. No entanto, existe uma ligação afetiva que dá uma face humana ao Estado e que nos leva a considerar o Estado não só como aquela máquina dos políticos e dos cobradores de impostos, mas com qualquer coisa de humano. Os presidentes inteligentes e competentes, como o nosso atual ou como foi o general Ramalho Eanes, sabem interpretar isso e sabem perceber que o que o povo quer de um presidente é que ele tenha o comportamento de um rei.

Voltando à comparação com o divórcio da filha de um presidente, porque é que há menos tolerância? É porque a monarquia está intrinsecamente associada a determinados valores e a república não?
Por um lado sim, é isso. Por outro lado, porque é uma ligação familiar. Os povos conhecem os seus reis desde sempre. São muitas gerações, em geral. Qual é o inconveniente principal das monarquias? É exatamente essa ligação afetiva muito forte que, quando as coisas correrem mal, causa também perturbação e infelicidade às populações. Houve, recentemente, o caso de uma monarquia em que as coisas correram muito mal, o Nepal. Aparentemente, tinha havido ali um assassinato dentro da família real, foi um drama enorme e o país acabou por cair nas mãos dos maoistas. São casos extremamente raros. O Japão tem uma monarquia de 2000 anos, com a mesma dinastia, e nunca teve um drama com a família real. Pelo menos, que se saiba. Deve ter havido mas foram abafados. Quando as coisas correm mal, como foi o caso da princesa Diana, há um drama nacional. Nós temos dramas parecidos, mas com o futebol.

Mas, para alguém que tinha entrado em cena há relativamente pouco tempo, a princesa Diana teve um grande impacto, interferindo mesmo na relação dos britânicos com a Rainha. Na história das monarquias europeias, há um pré e um pós princesa Diana?
Depois desse drama, houve uma sondagem em que se perguntou ao povo inglês se, caso a Inglaterra se tornasse numa república, quem é que seria o candidato mais provável. O segundo foi o Richard Branson e o número um foi o príncipe Carlos. De facto, a popularidade do príncipe Carlos não teve nada a ver com aquilo que veio nos jornais. Os jornais estiveram muito hostis contra ele, mas na verdade fabricaram muito o drama. Eram dominados por grupos económicos e o que aconteceu foi que a alta finança inglesa estava muito incomodada com as posições que o príncipe Carlos estava a assumir em defesa dos mineiros, da arquitetura rural e da justiça e fizeram aquela campanha toda para desestabilizá-lo. Ele também se prestou, obviamente. Hoje, toda a imprensa quer que ele abdique e seja o filho, mas acho que isso não vai acontecer.

Esteve no casamento de William, em 2011?
Não. Casamentos de famílias reais fui ao da Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Marrocos, Jordânia e de outras famílias reais não reinantes na Europa, da Áustria, Baviera. É onde estão os nossos primos, os familiares mais chegados. Ah, e da Dinamarca, sou muito amigo da família real dinamarquesa.

Imagina, nestes momentos, como será quando um dos seus filhos casar?
Atenção dos media vai haver, de certeza. Impõe-se também saber se o casamento é em Portugal ou no estrangeiro, porque, normalmente, os casamentos são a convite da família da noiva. O importante para eles é que seja um casamento equilibrado, com pessoas do mesmo meio cultural e, sobretudo, que haja uma identidade espiritual, fundamental para um casamento ser feliz. Os outros aspetos são menos importantes. Quando o marido ou a mulher têm vergonha de coisas que o outro faz, porque acha que é ridículo ou que é possidónio, ou que dá mau aspeto, já é um problema cultural. Pelo que tenho visto a nível internacional, quando o nível cultural é semelhante, a raça tem muito pouca importância. Vejo casamentos muito felizes de europeus com africanos ou asiáticos, porque conseguiram ter uma identidade e valores espirituais semelhantes, mesmo com religiões diferentes. Aliás, acho que hoje em dia o racismo tem muito pouco a ver com a raça propriamente dita, tem a ver com a cultura. Lembro-me, por exemplo, do tempo português em Angola. Havia casamentos mistos que funcionavam lindamente bem porque, precisamente, eram pessoas que tinham o mesmo nível cultural, fosse ele popular ou erudito.

É essa a expectativa que deposita nos seus filhos, que escolham alguém do mesmo nível cultural?
Exatamente.

Tendo em mente a possibilidade de não casarem com aristocratas.
Pois, exatamente. O importante é que os maridos e as mulheres dos meus filhos percebam que, ao entrarem na nossa família, assumem obrigações e que não podem fazer o mesmo que fariam se estivessem noutra família qualquer. Têm que ter uma certa responsabilidade para com o país. Se estivessem noutra família qualquer, a prioridade era somente ter sucesso na vida, sem se preocuparem muito com outras causas. No nosso caso, espero que mantenham esse sentido de responsabilidade para com Portugal e para com o futuro do país.

E está preparado para a possibilidade de ser uma atriz ou um ator de Hollywood?
Absolutamente, não. Deve ser muito problemático ver a mulher ou o marido na cama com outro, deve ser muito complicado. E deve ser quase como estar casado com um piloto de linha aérea, sempre fora de casa.

Quem é que acha que vai casar primeiro?
Não faço ideia, só espero que não sigam o exemplo do pai.

Imagina os portugueses a acompanharem esse momento, tal como agora vemos no Reino Unido?
Bem, o nosso casamento teve mais sucesso do que alguns casamentos reais europeus. Todas as pessoas que convidei vieram, o que foi um problema. Contava que muitos não viessem, pela distância geográfica ou por opções políticas, e acabei por ter 40 presidentes de câmara e metade eram do Partido Comunista, não estava à espera que viessem assim tão entusiasticamente. Depois, também vieram convidados de países longínquos, da Nova Guiné, da Austrália, de África. Tivemos de fazer uma receção no claustro dos Jerónimos, depois da missa. Na parte de fora, havia imensa gente a ver. Com a ajuda de amigos, organizou-se uma festa de rua com comidas, bebidas e música. Tínhamos ecrãs grandes lá fora. Não digo que vá ser um casamento tão espetacular como o nosso… Não faço ideia, tudo depende da situação. Se os portugueses estiverem em crise, então a festa vai ser muito grande. Se estiverem todos muito bem, de barriga cheia, então talvez seja um pouco mais discreta.

Mas acha que a mobilização será a mesma?
Creio que sim. Também depende do orçamento, não é? Não vou convidar tanta gente. No nosso estiveram 3000 e depois houve os que não tinham sido convidados. Falsificaram convites. Houve situações muito cómicas. Pessoas que eram conhecidas dos jornais e que os seguranças, por isso, deixaram passar, mas que não tinham sido convidadas, receberam convites falsos. Houve quem tivesse falsificado convites e mandado para algumas personalidades conhecidas, entre as quais a Lili Caneças. Eu não conhecia a senhora, não tinha razão nenhuma para convidá-la. Na altura, vieram perguntar-me o que fazer e eu deixei entrar. O Mário Soares foi o último a entrar, ainda o recebi. Quando cheguei, estava com o meu irmão Miguel. Vínhamos num carro descapotável e com uma escolta voluntária dos alunos do Colégio Militar. Na altura, havia uma campanha para o uso do cinto de segurança e perguntaram se podiam usar uma imagem para essa promoção. Dissemos que sim, claro. Mal entrámos no carro, pusemos o cinto. No final, as pessoas ficaram muito ofendidas porque acharam que tínhamos vendido as imagens.

Fonte: https://observador.pt/especiais/e-d-duarte-estaria-preparado-para-ter-uma-nora-de-hollywood-absolutamente-nao/

Ter | 15.05.18

Fundação Versailles paga na totalidade restauro do manto da rainha D. Amélia

Blog Real

O restauro do manto, exposto no antigo edifício do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, custa 6 mil euros

De acordo com Isabel Raposo de Magalhães, da direção do Grupo de Amigos do Museu Nacional dos Coches (GAMNAC), o valor total do restauro, de 6000 euros, vai ser entregue hoje, numa cerimónia que decorrerá no antigo Picadeiro Real.

O donativo foi realizado no âmbito de uma campanha pública de angariação de fundos para o restauro do manto, lançada no início deste ano.

Isabel Raposo de Magalhães explicou à Lusa que o afilhado da rainha D. Amélia, Duarte Pio de Bragança, "empenhou-se pessoalmente na campanha de mecenato promovida em prol do restauro do manto da rainha", tendo conseguido o apoio da Fundação Versailles, com sede em Nova Iorque, presidida por Barbara de Portago.

De acordo com a diretora do Museu Nacional dos Coches, Silvana Bessone, existe a intenção de requalificar uma sala do Picadeiro Real para expor o manto, depois de restaurado, bem como outras peças.

O objetivo é criar um núcleo dedicado à rainha D. Amélia, a quem se deve a preservação da coleção e a criação do atual Museu Nacional dos Coches.

Por outro lado, a direção do GAMNAC pretende destinar a totalidade do dinheiro entretanto angariado na campanha, de muitos doadores anónimos, para o restauro do quadro a óleo da rainha, pintado por Vítor Corcos, em 1905, que se encontra na escadaria do museu.

A campanha tinha sido lançada porque o manto - classificado como bem de interesse nacional - se encontra "muito degradado", segundo fonte da entidade.

O manto - exposto atualmente no edifício do antigo museu, no Picadeiro Real - foi oferecido pela cidade de Paris à rainha D. Amélia, por ocasião do seu casamento com o príncipe D. Carlos - futuro rei -, em 1886.

Tanto quanto se sabe, o manto foi usado apenas duas vezes pela rainha. "Usou-o em pouquíssimas ocasiões, porque ele é pesadíssimo", explicou há alguns meses ao DN Maria Ana Bobone, conservadora do museu. E especifica: "Usou-o numa ocasião muito importante, na entrega da Rosa de Ouro, uma distinção atribuída pelo Papa [Leão XIII], numa cerimónia na Capela das Necessidades [a 4 de julho de 1892]. Sabemos que voltou a usá-lo numa receção de gala realizada no Palácio da Ajuda para comemorar o décimo aniversário do filho mais velho [príncipe D. Luís Filipe]."

O GAMNAC existia desde 2015, mas nunca teve atividade nem associados, e Isabel Raposo de Magalhães, que é funcionária do museu e esteve muitos anos ligada à área da conservação e restauro, decidiu reativá-lo, contando agora com 150 associados.

Esta campanha é a primeira iniciativa do Grupo de Amigos. O manto será restaurado na oficina de conservação do Museu dos Coches, com supervisão do Instituto José de Figueiredo, por se tratar de uma peça classificada.

Sobre o valor necessário, Isabel Raposo de Magalhães explicou que "os materiais envolvidos são caros, e qualquer intervenção em têxteis é muito demorada, além de que o manto é de grandes dimensões".

De corte em veludo rosa argenté, a peça é forrada de cetim da mesma cor, constituída por nove tiras de veludo unidas entre si longitudinalmente, de modo a formarem pequenas abas na extremidade superior e um leve estrangulamento a meia altura.

Um delicado bordado contorna a peça, desenhando uma cercadura fitomórfica onde pontuam rosas, folhagem diversa e fino reticulado a ponto de fundo, segundo a descrição da peça no inventário do museu.

Fonte: https://www.dn.pt/artes/interior/fundacao-versailles-paga-na-totalidade-restauro-do-manto-da-rainha-d-amelia-9339007.html

Dom | 13.05.18

Tíulos - Duque de Barcelos

Blog Real

O título de Duque de Barcelos foi criado pelo Rei D. Sebastião de Portugal, por carta de 5 de Agosto de 1562 a favor de João I de Bragança, futuro 6.º Duque de Bragança. Este título, substituiu o de Conde de Barcelos e destinava-se a ser atribuído aos herdeiros presuntivos da Casa de Bragança, ou seja os filhos primogénitos dos Duques de Bragança. Depois da Restauração de 1640 e a consequente subida dos Bragança ao trono português, o título de Duque de Barcelos continuou a ser atribuído ao herdeiro do Ducado de Bragança, que simultâneamente passou a ser o segundo na linha de sucessão à coroa.

O título de Conde de Barcelos tinha sido originalmente instituído em favor de João Afonso de Meneses, por carta do rei Dinis de Portugal de 8 de Maio de 1298. Como então o título tinha uma função administrativa e não era ainda uma dignidade hereditária, entre os seis primeiros condes, apenas quatro pertenceram à família dos Teles de Meneses (da qual saíria, mais tarde, a rainha D. Leonor Teles); porventura um dos mais célebres representantes da casa condal foi o filho bastardo do Rei D. Dinis, D. Pedro Afonso, trovador célebre e que foi o terceiro conde do título (c. 1312-1354). Com a morte do sexto conde, João Afonso Telo, irmão de Leonor Teles, que apoiara Castela na crise de 1383-1385, o título passou para o Condestável de Portugal, D.Nuno Álvares Pereira, tornando-se hereditário. D. Nuno Álvares Pereira, alguns anos volvidos, doou-o ao genro, Afonso I de Bragança, filho bastardo do rei D. João I de Portugal. Desde então o título tem estado associado ao Ducado de Bragança.

Condes não-hereditários de Barcelos:

1 - João Afonso Teles de Meneses, filho de Rodrigo Anes de Meneses - filho de João Afonso Telo de Meneses, 2º senhor de Albuquerque e de Elvira Gonçalves Girão—e de Teresa Martins de Soverosa, casou-se com Teresa Sanches, filha bastarda de Sancho IV de Leão e Castela.
2 - Martim Gil de Riba de Vizela, casou com Violante Sanches, filha de João Afonso Teles de Meneses, 1.º conde de Barcelos, e de sua esposa Teresa Sanches.
3 - Pedro Afonso
4 - João Afonso Telo de Meneses, 1.º conde de Ourém
5 - Afonso Telo de Meneses, 5.º conde de Barcelos

6 - João Afonso Telo, 6.º conde de Barcelos, irmão de Leonor Teles de Menezes

7 - Nuno Álvares Pereira

Condes hereditários de Barcelos:

1 - D. Nuno Álvares Pereira
2 - D. Afonso, depois 1.º Duque de Bragança
3 - D. Fernando I de Bragança, 2.º Duque de Bragança
4 - D. Fernando II de Bragança, 3.º Duque de Bragança
5 - D. Jaime I de Bragança, 4.º Duque de Bragança
6 - D. Teodósio I de Bragança, 5.º Duque de Bragança

Duques de Barcelos:

1 - D. João de Bragança, depois 6.º Duque de Bragança
2 - D. Teodósio de Bragança, depois 7.º Duque de Bragança
3 - D. João de Bragança, depois 8.º Duque de Bragança e Rei D. João IV
4 - D. Teodósio de Bragança, depois 9.º Duque de Bragança e Príncipe do Brasil
5 - D. Afonso de Bragança, depois 10.º Duque de Bragança e Rei D. Afonso VI
6 - D. João de Bragança, depois 11.º Duque de Bragança e Rei D. João V
7 - D. José de Bragança, depois 12.º Duque de Bragança e Rei D. José I
8 - D. Maria Francisca de Bragança, depois 13.ª Duquesa de Bragança e Rainha D. Maria I
9 - D. José de Bragança, depois 14.º Duque de Bragança e Príncipe do Brasil
10 - D. Pedro de Alcântara de Bragança, depois 15.º Duque de Bragança, Imperador do Brasil e Rei D. Pedro IV
11 - D. Maria da Glória de Bragança, depois 16.ª Duquesa de Bragança e Rainha D. Maria II
12 - D. Pedro de Bragança, depois 17.º Duque de Bragança e Rei D. Pedro V
13 - D. Carlos de Bragança, depois 18.º Duque de Bragança e Rei D. Carlos I
14 - D. Luís Filipe de Bragança, depois 19.º Duque de Bragança e Príncipe Real de Portugal

Sab | 12.05.18

Correio Real nº 17

Blog Real

Neste número, além de uma divertida entrevista ao Professor Carvalho Rodrigues, o “Pai do 1º Satélite Português” e patrono da Real Regata de Canoas do Tejo, de um noticiário sobre as principais actividades das Reais Associações e da Fundação Dom Manuel II, destacamos um ensaio sobre a nacionalização pelo Estado Novo dos bens da Casa de Bragança da autoria de José Manuel Quintas e uma crónica de Nuno Resende sobre o Douro como refúgio de escritores monárquicos no tempo da I República.

Seg | 07.05.18

XXIX Aniversário da Real Associação de Lisboa

Blog Real

No próximo dia 19 de Maio de 2018 a Real Associação de Lisboa irá celebrar o seu XXIX Aniversário, que como vem sendo tradição será assinalado com um passeio convívio que desta vez decorrerá na Margem Sul, com uma visita ao Convento da Arrábida guiada pelo nosso associado Joel Moedas Miguel, à qual se seguirá um Almoço em Alcochete para o qual está confirmada a presença de S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Bragança em representação da Família Real Portuguesa, seguindo-se um passeio livre no centro da vila e visita à Igreja Matriz.

PROGRAMA:

09:00 – Partida de Lisboa, em autocarro, da Praça de Espanha, junto ao parque de estacionamento na esquina com Avenida de Berna;

10:20 – Chegada à Arrábida, seguindo-se visita guiada ao Convento;

13:00 – Almoço no restaurante “Alternativa" no Largo de S. João em Alcochete, que será presidido por S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Bragança;

15:00 – Passeio livre e visita à Igreja Matriz;

16:30 – Regresso a Lisboa (Praça de Espanha).

Preço por pessoa (transporte, entradas nos monumentos e almoço):

30,00 €  Adultos

25,00 €  Jovens até aos 25 anos

  As inscrições estão abertas até dia 15 de Maio directamente na nossa sede, na Praça Luís de Camões, 46 2º Dto | 1200-243 Lisboa (de segunda-feira a quinta-feira, das 15:00 às 18:00), pelo endereço electrónico secretariado@reallisboa.pt ou pelo telefone: 213428115 no horário de atendimento. 

Fonte: reallisboa.pt

Sex | 04.05.18

Títulos - Marquês de Vila Viçosa

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Fernando I, Duque de Bragança, foi o primeiro Marquês de Vila Viçosa

O título de Marquês de Vila Viçosa foi originalmente instituído em favor de Fernando I de Bragança, Conde de Arraiolos, filho de Afonso I de Bragança, Duque de Bragança, como recompensa pelos serviços prestados à Coroa, por carta de 25 de Maio de 1455. Esta instituição seguia-se à criação, pelo mesmo monarca, do título de Marquês de Valença atribuído ao seu irmão mais velho, Afonso de Bragança, Marquês de Valença, Conde de Ourém (1451), a fim de manter a paridade entre os herdeiros da maior casa nobiliárquica do reino. Com a ascensão de D. Fernando ao ducado de Bragança, o título de Marquês de Vila Viçosa (onde os Duques têm o seu mais conhecido Paço) tem sido um dos títulos subsidiários da ''Sereníssima Casa de Bragança'', sendo seu actual representante Duarte Pio de Bragança.

Marqueses de Vila Viçosa:

  • Fernando I de Bragança
  • Fernando II de Bragança
  • Jaime I de Bragança
  • Teodósio I de Bragança
  • João I de Bragança
  • Teodósio II de Bragança
  • Rei João IV de Portugal
  • Teodósio III de Bragança, príncipe herdeiro de Portugal
  • Rei Afonso VI de Portugal
  • Rei João V de Portugal
  • Rei José I de Portugal
  • Rainha Maria I de Portugal
  • José de Bragança, príncipe herdeiro de Portugal
  • Rei João VI de Portugal
  • Rei Pedro IV de Portugal
  • Rei Miguel I de Portugal
  • Rainha Maria II de Portugal
  • Rei Pedro V de Portugal
  • Rei Carlos de Portugal
  • Luís Filipe, Duque de Bragança, príncipe herdeiro de Portugal
Sex | 04.05.18

D. Carlos I, o Rei Caçador, 1976

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Um documentário que destaca a paixão do rei D. Carlos I pela caça e montaria, com recurso abundante a fotografias da época. Exímio atirador, os feitos desportivos do monarca português cruzaram fronteiras e celebrizaram-no como um dos maiores caçadores do seu tempo. É ainda referido o seu talento de ilustrador, de que é exemplo o célebre "Catálogo Ilustrado das Aves de Portugal".

Qua | 02.05.18

Já está disponível a Real Gazeta do Alto Minho nº 15

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Já está disponível a Real Gazeta do Alto Minho, N.º 15
Neste número pode ler:
- Entrevista a Tomás Moreira, Vice-Presidente da Causa Real
- É Rei Quem Deve, É Presidente Quem Pode!, por Miguel Villas-Boas
- O novo papel do Casamento real, por David Luís de Mendonça
- Isabel “A Redentora” Os Escravos – As Camélias, por Carlos Aguiar Gomes
- Príncipe Alberto I do Mónaco nas suas viagens aos Açores, por Luísa Vasconcelos
- Assembleia Geral da Real Associação de Viana do Castelo
- António Pinheiro Caldas, por Porfírio Pereira da Silva
- É vianense. É português!, por Susana Cunha Cerqueira

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