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Fotografia: El-Rei o Senhor Dom Carlos I e John Burden Blandy no Campo de ténis da Quinta do Palheiro, Ferreiro, Funchal, em Junho de 1901, durante a Viagem Régia à ilha da Madeira. SS.MM.FF. El-Rei Dom Carlos I de Portugal e a Rainha D. Amélia visitaram a Madeira, naquela que era a primeira viagem de um Rei aos arquipélagos atlânticos. Recorde-se que El-Rei era um entusiasta do então chamado de Lawn Tennis, cuja modalidade foi um dos principais divulgadores no País.
Fotógrafo não identificado
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Aqui está a capa de mais um número do Correio Real, o boletim produzido pela Real Associação de Lisboa para a Causa Real que irá ser distribuído brevemente via CTT a todos os associados das Reais Associações com a sua situação regularizada. Este número, além duma pertinente entrevista a Teresa Côrte-Real, recém-eleita Presidente da Direcção da Causa Real, oferece-nos um ensaio de João Vacas sobre a manipulação ideológica patente nos manuais escolares “O Plano Nacional da Mentira ou a contrafacção da História de Portugal”, temas da actualidade como o confronto de ideias sobre a União Europeia, uma foto-reportagem sobre a acção de reflorestação na Beira Interior e um detalhado noticiário ilustrado sobre as actividades do movimento monárquico em Portugal e da casa Real Portuguesa.
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Os príncipes D. Manuel e D. Luís Filipe na Pena acompanhados por Mouzinho de Albuquerque, colecção Eduardo Nobre
Fonte: parquesdesintra.pt/
Nas mãos da Marinha Portuguesa desde há mais de cem anos, a antiga Quinta do Alfeite (e o território onde ela se inscreve, na margem Sul do Tejo, junto a Almada) teve, ao longo dos últimos 900 anos, uma ocupação que traduz exemplarmente a História de Portugal: foi pertença dos Cruzados ingleses que ajudaram D. Afonso Henriques na tomada de Lisboa em 1147; foi pertença de D. Nuno Álvares Pereira; integrou a Casa do Infantado a partir do séc. XVII; foi local de veraneio para diversas gerações da dinastia de Bragança.
D.Pedro II e D.Maria I, D. Pedro V e D.Estefânia, D. Carlos e D. Amélia são os três casais reais que mais marcaram este lugar.
Este ano a Real Associação de Lisboa celebra 30 anos e faz a festa na Lourinhã, com os Duques de Bragança. Conheça o programa e saiba como participar nestas inesquecíveis comemorações.
D. António, Prior do Crato (Lisboa, 20 de março de 1531 – Paris, 26 de Agosto de 1595), mais conhecido pelo cognome de o Prior do Crato (e, mais raramente, como o Determinado, o Lutador ou o Independentista, pela ênfase posta no recobro da independência de Portugal), era filho natural do Infante D. Luís e neto de D. Manuel I, tendo sido um dos candidatos ao trono português durante a crise sucessória de 1580. Segundo alguns historiadores [2], foi aclamado rei de Portugal e reinou efectivamente, em 1580, durante um curto espaço de tempo no continente, ficando, desde então e até 1583, a sua autoridade confinada a algumas ilhas dos Açores. Não consta, no ensino escolar, da lista de reis de Portugal.
Antecedentes:
António era filho do Infante D. Luís (1506 – 1555), e como tal neto do rei D. Manuel I. Sua mãe chamava-se Violante Gomes, de alcunha a Pelicana, e pertencia ao povo. Alguns autores afirmam que seria uma cristã-nova ou judia, como se convencionou chamar, pela qual o infante D. Luís se deixara fascinar e com quem teria casado em segredo.
Foi precisamente em virtude de ser conhecido como um bastardo e filho de cristã-nova, embora esta última afirmação não se possa ter por verdadeira, que a sua pretensão ao trono foi considerada inválida; ademais o seu pai fora também Prior da Ordem do Crato (o que o impedia de contrair matrimónio válido sem que antes obtivesse dispensa papal).
António foi discípulo de Frei Bartolomeu dos Mártires em Coimbra e entrou para a Ordem dos Hospitalários, cujo prior era o seu pai. Em 1574 foi governador da praça norte-africana de Tânger e em 1578 acompanhou o rei D. Sebastiãona campanha em Marrocos.
Feito prisioneiro na batalha de Alcácer-Quibir, conta-se que conseguiu a libertação com recurso à astúcia: Quando lhe perguntaram o significado da cruz de S. João que usava, respondeu que era o sinal de uma pequena mercê que tinha obtido do papa, e que a perderia se não voltasse até 1 de Janeiro. O seu captor, pensando que se tratava de um homem pobre, permitiu a sua libertação em troca de um pequeno resgate.
Pretensão ao trono:
Quando regressou a Portugal em 1578, D. António reclamou o trono. Pretensão essa que acabou por lhe ser negada por não ser reconhecido como filho legítimo, acabando por ser aclamado o seu tio D. Henrique.
A 23 de Novembro de 1579, uma carta régia retira a D. António a nacionalidade portuguesa; os seus bens são confiscados e é expulso do reino. Era conhecida a antipatia do cardeal que foi encarregado em Évora da sua educação e se empenhou para que este seguisse a vida eclesiástica.
Em Janeiro de 1580, estando reunidas as Cortes em Almeirim, nas quais se esperava designar um herdeiro para o trono português, faleceu o velho cardeal D. Henrique. Uma Junta Governativa, constituída por cinco governadores, assumiu a regência do reino.
O trono português era então disputado por diversos pretendentes. Entre eles, destacavam-se a duquesa de Bragança, D. Catarina, Filipe II de Espanha, e o próprio Prior do Crato. O mais legítimo herdeiro seria a duquesa, mesmo sendo mulher, já que descendia de D. Manuel por via masculina; Filipe II, por seu turno, era um estrangeiro e descendente de D. Manuel por via feminina; quanto a D. António, embora fosse também neto por via masculina, pesava sobre ele a suposta bastardia.
Filipe, no entanto, conseguiu subornar os grandes do reino com o ouro vindo das Américas, e a coroa começou a pender favoravelmente para o seu lado. Para estes, a ideia de uma união pessoal com a Espanha seria altamente proveitosa para Portugal, que estava a passar um mau momento económico.
D. António procurou, pois, seduzir o povo para a sua causa, à semelhança da situação vivida durante a crise de 1383-1385. Tal como nesse período, também o rei de Castela invocara argumentos de natureza familiar para herdar o trono português; também então, D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo do rei D. Pedro I, apresentou uma candidatura que acabou por sair vencedora nas Cortes de Coimbra de 1385 e foi ratificada por Aljubarrota.
Reinado:
A 24 de Julho de 1580, durante a preparação para a esperada invasão espanhola, D. António foi aclamado rei de Portugal pelo povo, no castelo de Santarém. D. António pedira ao povo que o aclamasse apenas regedor e defensor do reino, mas já o povo rejubilava. É aclamado também em Lisboa, Setúbal e em numerosos outros lugares. No entanto, um mês mais tarde, a 25 de Agosto, as suas forças são derrotadas na batalha de Alcântara pelas do duque de Alba.
Tendo sobrevivido ao combate, D. António foge para o Norte, com as tropas de Sancho de Ávila a persegui-lo até Viana do Castelo. Durante 6 meses, de Novembro de 1580 até Maio do ano seguinte, vive homiziado no seu «reino», abrigando-se quer em mosteiros quer em casas de partidários devotados. De Junho a Setembro de 1581 está em Inglaterra, na corte de Isabel I, procurando ali em vão auxílio militar, e em seguida dirige-se a França, onde o encontra. Em 1582 está na ilha Terceira, nos Açores, que havia tomado o seu partido e de onde continuou a governar. Era reconhecido apenas localmente, de modo que, em Portugal Continental e na Madeira, o poder passou a ser exercido por Filipe II de Espanha, reconhecido oficialmente pelas Cortes de Tomar de 1581 como Filipe I de Portugal. Iniciava-se, na História de Portugal, a Dinastia Filipina.
D. António desembarcou na vila de São Sebastião, ao invés de no porto de Angra, tendo marchado por terra até aos portões de São Bento nesta cidade. Ali era esperado por Ciprião de Figueiredo, pelo conde de Torres Vedras, por Manuel Silva e outras personalidades locais. À sua chegada, as fortificações de Angra salvaram, o mesmo tendo feito as guarnições, com seus mosquetes e arcabuzes. Ficou hospedado no Convento de São Francisco e, posteriormente, no palácio do marquês de Castelo Rodrigo. Na ilha, visitou a baía da Salga e a baía da Praia (atual Praia da Vitória). Frequentou ainda o Convento da Esperança, cujas religiosas também o apoiavam.
De imediato determinou reforçar as defesas de Angra, face à iminência de um ataque espanhol e à acção dos corsários, tendo contado para tal com o incondicional apoio de Dona Violante do Canto, inclusive financeiro. Ainda com relação às finanças, cunhou moeda – um acto típico de soberania e realeza. Por essas razões, aqueles já mencionados autores não hesitaram em considerá-lo o derradeiro príncipe da Casa de Avis, ao invés do Cardeal D. Henrique, e o décimo oitavo rei de Portugal.
Em Julho de 1580, D. António já havia escrito à rainha de França, Catarina de Médici, uma carta pedindo auxílio. Na ilha Terceira, em 1581, regista-se a primeira tentativa de desembarque de tropas espanholas, dando origem à batalha da Salga, onde os Espanhóis foram completamente derrotados. Participaram neste combate os escritores Cervantes e Lope de Vega.
Finalmente em 1583, quando D. António já ali não se encontrava, forças espanholas muito superiores, sob o comando de D. Álvaro de Bazán, (vencedor da batalha de Lepanto), logram dominar a ilha após violentos combates.
Após a derrota de suas forças nos Açores, D. António instalou-se em França – inimigo tradicional dos Habsburgos de Espanha – onde se exilou.
Depois de alguns meses, onde andou escondido em casas de amigos e mosteiros, D. António viajou até à Inglaterra, congregando também o auxílio da rainha Isabel I, que se tornara também inimiga figadal da Espanha. O auxílio seria prestado ao longo de vários anos, como durante os planos de D. António em tomar Lisboa a Julho de 1589, a troco de facilidades no Brasil e Açores, e ajuda na luta contra a casa da Áustria.
Atacou Lisboa a 3 de Junho de 1589 com o exército inglês que o auxiliava pela Porta da Trindade e Portas de Santa Catarina, fazendo grande destruição e pondo fogo a todos os edifícios exteriores à muralha.[7] Porém, a armada inglesa, comandada pelo famoso almirante Francis Drake foi atacada de peste e retirou-se. D. António, desembarcado em Peniche e já a caminho de Lisboa, que contava com o apoio popular, viu assim fracassada a sua tentativa de tomar a cidade, bem guarnecida pelos espanhóis. O povo, com medo e desinteressado, não reagiu, e D. António seria obrigado a partir novamente para o exílio. Há notícia também de uma tentativa de desembarque ao largo do Cabo de São Vicente, que viria a fracassar.
D. António acabou por perder os meios económicos. Os diamantes que trouxera do reino para o exílio foram sendo gastos gradualmente. O último e o melhor foi adquirido por M. de Sancy, de quem foi comprado por Sully e mais tarde incluído nas jóias da coroa inglesa. Nos seus últimos dias viveu com uma pequena pensão oferecida por Henrique IV da França.
Continuou ainda a lutar até ao fim da sua vida pela restauração da independência do seu país. Não chegaria a assistir ao fim do domínio filipino. D. João, neto da sua prima, a duquesa D. Catarina de Bragança, seria aclamado como rei D. João IV após o golpe vitorioso de 1 de Dezembro de 1640. Desapareceu assim, proscrito e esquecido, o último príncipe de Avis.
D. António, prior do Crato, morreu em Paris, em 1595, deixando vários filhos, esses sim ilegítimos, o que à partida lhes dificultaria sustentar as pretensões paternas. A sua descendência foi vastíssima, conta centenas de descendentes até à actualidade. Radicados fundamentalmente na Holanda, Bélgica e Suíça, curiosamente não houve mais sangue deste príncipe que brotasse em Portugal.
Para além dos documentos que publicou para defender a sua causa, D. António foi o autor do Panegyrus Alphonsi Lusitanorum Regis (Coimbra, 1550), e de um cento dos Salmos, Psalmi Confessionales (Paris, 1592). Esta obra foi traduzida para a língua inglesa com o título The Royal Penitent by Francis Chamberleyn (Londres, 1659), e para a língua alemãcom o título Heilige Betrachtungen (Marburg, 1677).
D. António, na hora extrema, pediu que os seus ossos fossem trasladados para Alenquer, e os sepultassem no coro do convento de S. Francisco. O seu filho D. Manuel também manifestou este desejo, porém não se cumpriram as suas últimas vontades. Foi sepultado no convento grande dos franciscanos em Paris, mas o coração ficou depositado no convento da Avé-Maria, da ordem de Santa Clara, na mesma cidade de Paris.
Títulos, estilos e honrarias:
Títulos e estilos:
Filha de mãe desconhecida:
* Maria de Portugal (1558-1599)
Filhos de Ana Barbosa:
* Filipa de Portugal (1560-?)
* Luísa de Portugal (1562-?)
* Afonso de Portugal (1566-?)
* Manuel de Portugal (1568 - 1638)
* Cristóvão de Portugal (1573 - 1638)
* Pedro de Portugal (1575-?)
* Dinis de Portugal (1576-?)
* Violante de Portugal (1577-d.1602)
* Antónia de Portugal (1578-d.1602)
* João de Portugal (1579-?)
D.Duarte de Bragança, Presidente da Fundação Dom Manuel II, reuniu-se em Washington, DC, EUA com o Congressman Luso-Português Devin Nunes com quem conversou prolongadamente sobre vários assuntos que tocam a Comunidade Lusa Emigrante nos Estados Unidos da América. O Duque de Bragança também falou de alguns projectos culturais da Fundação que estão em curso nas Américas e que mereceram o apoio do distinto Membro do Congresso. .
Acompanham D.Duarte, Duque de Bragança na sua visita aos Estados Unidos da América, Dom Manuel António Mendes dos Santos, Bispo de São Tomé e Príncipe e os Luso - Descendentes, Coronel Stephen Besinaiz e Francisco Semião.
Fonte: Fundação Dom Manuel II
A Fundação da Casa de Bragança vai aprofundar no Dia Internacional dos Museus “uma área que normalmente não está tão visível”, o património documental que consta no Paço Ducal de Vila Viçosa, adiantou á RC a diretora do Museu-Biblioteca, Maria de Jesus Monge.
Uma das vertentes que tem sido trabalhada pela arquivista Marta Pascoa “tem sido a relação da Casa de Bragança com os cristãos novos” nos territórios geridos pela Casa de Bragança. Será esse o tema que a arquivista vai abordar numa conferência no Dia dos Museus, dia 18 de maio às 16h00, no Paço Ducal de Vila Viçosa.
No entanto o estudo a ser apresentado e debatido representa apenas uma pequena parte daquele que é “o maior arquivo privado português” que a Fundação detém no Palácio de Vila Viçosa, composto por “uma memória vastíssima do trabalho desenvolvido ao longo de séculos pelos diligentes cronistas da Casa de Bragança, que tinham como função primeira gerir o património”, explicou a diretora.
No fundo a gestão feita hoje em dia não difere muito daquilo que era realizado em séculos passados, uma vez que “para gerir é necessária informação que na altura era vertida em papel”, a partir do qual “conseguimos gerar conhecimento”, explicou Maria de Jesus Monge.
Nesse sentido a Fundação da Casa de Bragança está “permanentemente a tentar retirar informação do imenso arquivo que é esta casa em todas as vertentes”, um arquivo tão vasto que a Fundação “pede com muita frequência aos de fora para vir trabalhar esses temas” que depois se transformam em publicações, concertos ou atividades para que qualquer um possa ter acesso, acrescentou.
Questionada sobre as aéreas de trabalho que o arquivo pode gerar, Maria de Jesus Monge refe que “podemos pegar numa personagem e trabalhá-la sobre uma infinidade de perspetivas” e exemplifica com D. Maria II (não fosse este ano o ano em que se celebra o bicentenário do seu nascimento) que foi “duquesa de Bragança mas também Rainha de Portugal, e a partir dai abre-se toda uma panóplia de temas possíveis” como a materialização do regime constitucional em Portugal, acrescentou a diretora.
Em cada personagem à sempre a vertente familiar, onde os objetos “permitem ler como é que se vivia no século XIX”, a preparação educacional, a música, o interesse pelas ciências da natureza, as coleções de arte como pintura e escultura, mas também a numismática e a medalhística, citou Maria de Jesus Monge que conclui que “não tem fim”.
Fonte: radiocampanario.com
Fonte: alamy.com
O Infante D.Dinis, Duque do Porto concedeu uma entrevista à edição nº19 da "Real Gazeta do Alto Minho". Pode consultar a entrevista aqui.
D.Duarte, Duque de Bragança, foi entrevistado para o programa "Verdade ou Consequência" da SIC Notícias. Contou também com uma partipição do seu filho mais velho, Afonso.
Pode ver a entrevista aqui.
D.Isabel, Duquesa de Bragança e a Princesa Miriam da Bulgária estiveram no Luxemburgo para assistirem ao funeral do Grão-Duque Jean. E a Princesa Miriam da Bulgária partilhou uma foto com a Duquesa de Bragança na sua página do Instagram.