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Infanta Antónia de Portugal com os seus netos: Stephanie, Carol, Augusta-Victoria (esposa do Rei D.Manuel II), Frivi "Friedrich-Viktor, Elisabeth, Maria Antonieta, Franz Josef, Maria, Albrecht e Nicolas.
A Capela do Paço Ducal em Vila Viçosa recebe esta sexta-feira, 28 de junho, mais um recital de música clássica, inserida na temporada de concertos deste ano comemorativa dos 200 anos do nascimento da rainha D. Maria II.
O concerto denominado “Hinos e Marchas para D. Maria II de Portugal” vai ser interpretado por Pedro Santos no acordeão e João Pedro Silva no saxofone.
Os concertos na capela do Paço Ducal, com entrada livre, decorrem até outubro, na última sexta-feira de cada mês, estando o encerramento agendado para o dia 13 de dezembro, com um concerto de Natal.
O espetáculo terá início às 21 horas e tem entrada livre.
Fonte: https://www.radiocampanario.com/
Fonte: Facebook Memorias do Reino de Portugal
A Exma Mesa Administrativa da Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora tem o prazer de comunicar a todos que, convidou para Aia honorífica (Aia de honra) de Nossa Senhora da Saúde e Madrinha da Irmandade, S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Heredia e Bragança, Duquesa de Bragança e que, S.A.R. aceitou o convite e estará presente nas cerimónias anunciadas da nossa Irmandade, para o próximo dia 7 de Julho na Igreja de Santo Antão na Praça de Geraldo em Évora, para tomar posse do lugar.
Anuncia a Casa de Bragança também que, S.A.R. a Senhora D. Isabel será acompanhada por Suas Altezas Reais, os Senhores Arquiduques de Habsburgo.( SAR o Arquiduque Michael de Habsburgo e sua Esposa SAR a Arquiduquesa Christiana de Habsburgo).
Fonte: https://www.radiocampanario.com/
João IV (Vila Viçosa, 19 de março de 1604 – Lisboa, 6 de novembro de 1656), apelidado de João, o Restaurador, foi o Rei de Portugal e Algarves de 1640 até à sua morte, e Duque de Bragança entre 1630 e 1645. D. João IV foi o líder da Guerra da Restauração pela conquista e reconhecimento da independência de Portugal do controlo da Espanha.
Início de vida:
Era filho de D. Teodósio II, sétimo duque de Bragança e da duquesa Ana de Velasco e Girón, nobre da corte espanhola e filha do duque Juan Fernández de Velasco, com a duquesa Maria de Téllez-Girón. João herdou o senhorio da casa ducal em 1630 como João II e foi o 8.º duque de Bragança, 5º duque de Guimarães e 3.º duque de Barcelos. Foi ainda 7.º marquês de Vila Viçosa e conde de Barcelos, Guimarães, Arraiolos, Ourém e Neiva, e também 14º Condestável de Portugal.
Por via paterna, era trineto do rei Manuel I de Portugal, através da duquesa Catarina, infanta de Portugal, sua avó paterna. Ficou para a história como O Restaurador (por haver sido restaurada a independência nacional, pois antes Portugal estava sendo dominada por uma Casa Realestrangeira, a Casa de Habsburgo, tendo acontecido isto por casamentos entre a realeza portuguesa e a do Reino de Espanha) ou O Afortunado (por aparentemente, uma vez "caída a coroa na sua cabeça", não ter querido reinar, e só se ter decidido após a intervenção da esposa).
Em «História de Portugal», volume V, Joaquim Veríssimo Serrão afirma - «do seu aio D. Diogo de Melo recebeu aprimorada educação e o gosto pela montaria; e do doutor Jerónimo Soares uma boa preparação nas letras clássicas e em teologia. Também se deu a estudos de música, ouvindo as lições do inglês Robert Tornar, que o duque Teodósio contratara para mestre da capela de Vila Viçosa.»
A Casa de Bragança tinha grande prestígio no reino e o oitavo duque tinha a vantagem de beneficiar da crescente degradação do governo filipino e de um ambiente mais propício à revolta, haja vista os excessos da tributação lançada por Olivares. O duque ajudou a construir sua própria imagem de homem não comprometido e permitiu que o erguessem como reserva única da Nação sedenta de autonomia política, segundo Veríssimo Serrão em sua «História de Portugal», vol. V, página 13.
Quando em agosto de 1633 visitou o marquês de Ferreira em Évora, com seu irmão Alexandre, «a cidade acolheu-o com as marcas próprias de um soberano, na desejada antevisão da sua realeza». Para Veríssimo Serrão, «pode aceitar-se que o projeto de uma revolta tenha depois ocorrido no Paço de Vila Viçosa, no convívio do duque com dois precursores da ideia: o secretário João Pinto Ribeiro e Pedro de Mendonça Furtado, alcaide de Mourão.» A versão de que não queria tomar a chefia do movimento por receio ou hesitação nasceu porque seu desejo, «por não sentir a madureza do fruto», estava em aquietar o povo, por entender que motins trariam a inevitável reação da coroa espanhola. Teria também havido uma sondagem junto do seu irmão Duarte, que combatia no exército imperial e chegou a Lisboa em 12 de agosto de 1638, para «concertar os negócios da sua fazenda», em viagem de carácter particular. Mas sabe-se que o duque não quis arriscar o futuro e se limitou a promessas de auxílio no caso de o movimento triunfar. Diz Veríssimo Serrão que «a aparente indecisão do duque encobria, desde a primeira hora, uma vontade firme de triunfo, servindo plenamente o desejo dos conjurados. Não era D. João o chefe de uma revolta, mas a figura a quem cabia exercer a realeza, tendo de estar acima da organização militar que lhe abria as portas do trono.»
Restauração da independência:
Aclamação de João IV de Portugal, por Veloso Salgado, no Museu Militar de Lisboa.
Em 1640, quando a burguesia e a aristocracia portuguesas, descontentes com o domínio castelhano sobre Portugal que se propunha efectivar o valido Olivares, terminando com a monarquia dual, quiseram restaurar a dinastia portuguesa, foi ele o escolhido para encabeçar a causa. Dom João aceitou a responsabilidade com relutância, diz a lenda que incentivado sobretudo pela sua mulher Luísa de Gusmão. Este facto ter-se-á devido à prudência que se impunha na escolha da conjuntura favorável, e do tempo preparatório necessário para o efeito, visto Portugal nessa época estar quase desarmado, e Castela ser ainda ao tempo a maior potência militar na Europa. Luísa de Gusmão, sendo irmã do Duque de Medina Sidónia que sonhou revoltar-se com a Andaluzia de que chegou a sonhar ser rei, estaria talvez influenciada por ele.
A nomeação do duque para governador-geral das armas de Portugal veio a ser o motor da revolta, propiciando-a. Nos fins de junho de 1639 esteve em Almada, sendo visitado por muitos nobres, desesperados alguns com as violências do governo filipino. Entre eles, Pedro de Mendonça Furtado, acima referido, Jorge de Melo (irmão do Monteiro-mor), Antão de Almada e o velho Miguel de Almeida (da casa de Abrantes). O plano da conjura teria sido então apresentado ao Duque: eles, e seus parentes e amigos, aclamavam-no em Lisboa, apoderando-se do Paço, matando o detestado Miguel de Vasconcelos. Mas o Duque recusou, pela consciência de que «não havia ainda ocasião» e aconselhou prudência aos mais exaltados. No dia 1º de julho, o duque foi a Lisboa saudar a princesa Margarida e teve calorosa recepção da parte da nobreza, dos membros do clero e do povo.
Eram factores vivos de revolta a forçada presença de muitos nobres portugueses em Madrid, e a novidade de um recrutamento de tropas lusitanas para irem ajudar a reprimir a independência recentemente declarada da Catalunha. Em agosto de 1640, Filipe III de Portugalpretendeu convocar Cortes nos seus outros reinos de Aragão e de Valência, para aquietar o espírito dos catalães, ordenando que o acompanhassem nessa jornada também fidalgos portugueses, sobretudo aqueles que eram comendadores das ordens militares. «Todos compreenderam que partindo para a Espanha iriam acelerar o processo de absorção política que o conde-duque de Olivares pretendia», segundo Veríssimo Serrão, e «na recusa de muitos em cumprir o mandado régio terá de ver-se o detonador do movimento que veio a estalar em 1º de dezembro seguinte.»
Houve então uma reunião em 12 de outubro em casa de Antão de Almada. Mendonça Furtado foi a Évora, sondar o Francisco de Melo, marquês de Ferreira, também ele um Bragança, e outros nobres, e depois a Vila Viçosa, onde não escondeu ao duque a urgência dos conjurados em lançarem o movimento. Para a aceitação de Dom João teriam contribuído António Pais Viegas e a duquesa Luísa que, segundo a tradição romântica tardia, «de maneira varonil, quebrara os receios do marido ao afirmar que antes queria morrer reinando do que acabar servindo.»
A 1 de dezembro deu-se o golpe palaciano e, em 15 de dezembro foi aclamado Rei de Portugal.
Reuniões secretas:
Depois da conversa definitiva com o Duque de Bragança, os conspiradores reuniram-se várias vezes em Lisboa para combinarem como e quando haviam de fazer a revolução.
Essas reuniões tinham de ser feitas às escondidas para que não chegassem aos ouvidos da regente Duquesa de Mântua e do secretário de Estado Miguel de Vasconcelos. Se a notícia se espalhasse, seriam acusados de traição e condenados à morte.
Mas, mesmo que não conseguissem provas para os incriminar, qualquer rumor acerca do que se preparava teria efeitos desastrosos porque os soldados castelhanos de guarnição em Lisboa ficariam em estado de alerta, eliminando-se o efeito surpresa. Todo o cuidado era pouco.
As reuniões realizaram-se em 3 sítios: no palácio de Jorge de Melo, em Xabregas, no Palácio dos Duques de Bragança em Lisboa, no Chiado, e no Palácio Almada, de Antão de Almada, no Rossio (hoje mais chamado Palácio da Independência por essa razão). Para não levantar muitas suspeitas os conspiradores nunca iam juntos e cada um seguia no seu coche com as cortinas corridas.
Bandeira pessoal de João IV (alternativa)
Bandeira pessoal de João IV
A Guerra da Restauração:
Após a restauração, o problema militar era primordial. Um decreto de 11 de dezembro de 1640 instituiu o Conselho de Guerra formado por 10 membros com experiência militar: o conde de Óbidos, Matias de Albuquerque, Francisco de Faro, Gastão Coutinho, João Pereira Corte-Real, Álvaro de Abranches, Jorge de Melo, Fernão da Silveira, Jorge de Meneses e Vasco Fernandes César.
Uma parte da nobreza e alguns prelados se mostraram hostis, e em Madrid assim que a «rebelião» do duque de Bragança foi conhecida, foi considerado traidor, versão que a diplomacia filipina espalhou nas capitais europeias. Os que viviam em Madrid recusaram a oferta de regresso e de perdão do monarca, «na inveja senhorial que mantinham pela casa de Bragança», segundo Veríssimo Serrão. Houve assim grave cisão no corpo da nobreza, que se confirma pelas tensas e lembranças concedidas desde 1641, e «a limpeza no tecido social alterou em muitas famílias o quadro da sucessão patrimonial, havendo muitos nobres que pagaram com o definitivo exílio o seu desamor ou falta de confiança na Restauração». Houve mesmo tentativa de assassinar João IV e no «Rossio, a 29 de agosto de 1641, pagaram os riscos da conspiração o marquês de Vila Real, o duque de Caminha, o conde de Armamar e Agostinho Manuel, assim como o doutor Belchior da Fonseca, Cristóvão Cogominho, guarda-mor da Torre do Tombo, Pedro de Baeça», alguns mercadores, e outros mais. «A sentença puniu os crimes de lesa-pátria e lesa-majestade, pelo que o silêncio foi tido por encobrimento.»
Seguiu-se uma guerra com Espanha na península e nas colónias, onde Portugal foi assistido pela Inglaterra, França e Suécia (adversários dos espanhóis na guerra dos trinta anos). Pese embora a conjura de 1641 contra o novo rei, da qual resultou uma severa punição para os seus responsáveis, João IV teve o apoio da grande maioria da sociedade portuguesa, o que lhe permitiu criar novos impostos, desvalorizar a moeda e recrutar voluntários para fazer face às necessidades monetárias e humanas de um confronto militar que se adivinhava próximo com a vizinha Espanha.
João IV enviou também diplomatas às principais cortes europeias com o objetivo de conseguir o reconhecimento da independência e de obter apoios financeiros e militares. Sendo necessário justificar que João IV não era um rebelde mas sim o legítimo herdeiro do trono, que havia sido usurpado por Filipe II de Espanha. João IV assume-se como o herdeiro de Catarina de Bragança, candidata ao trono e afastada por Filipe II em 1580.
Das Cortes de 1641 saiu uma nova doutrina que defendia que o poder provinha de Deus através do povo, que, por sua vez, o transferia para o rei. Em caso de usurpação ou tirania, o povo tinha o poder de destituir o rei, precisamente o que aconteceu com Filipe IV.
Cortes em Lisboa em 1653:
As cortes juraram herdeiro Afonso, futuro Afonso VI de Portugal, dada a morte aos 19 anos do seu irmão, o brilhante príncipe Teodósio e permitiram um novo esforço militar e financeiro que esteve na base das vitórias alcançadas um decénio mais tarde.
D.João IV músico:
D. João IV foi um monarca que cultivou a música quer enquanto compositor, quer enquanto tratadista. Tinha a maior biblioteca musical da Europa que infelizmente pereceu com o terramoto de 1755. Algumas das suas obras:
Morte e juízo dos cronistas:
O rei faleceu em 6 de novembro, devido ao «mal da gota e da pedra» de que fala o conde da Ericeira, doença que se manifestara em 1648. Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. No seu testamento, datado de 2 de novembro de 1656, confiou a regência à mulher, Luísa de Gusmão.
Diz Veríssimo Serrão que «a historiografia liberal procurou denegri-lo na ação de governo, mas as fontes permitem hoje assentar um juízo histórico completamente diferente. (...) Deve pôr-se em relevo a ação do monarca na defesa das fronteiras do Reino (....). Também providenciou no envio de várias embaixadas às cortes europeias, para a assinatura de tratados de paz ou de trégua, a obtenção de auxílio militar e financeiro e a justificação legítima de 1640.»
Deve-se-lhe a criação do Conselho de Guerra (1640), da Junta dos Três Estados (1643), do Conselho Ultramarino (1643) e da Companhia da Junta de Comércio (1649), além da reforma em 1642 do Conselho da Fazenda. E a regulamentação dos negócios da Secretaria de Estado, para melhor coordenação das tarefas de Governo. Esta em 29 de novembro de 1643 foi dividida em Secretaria de Estado, de um lado, que coordenava toda a política interna e externa, e à «das Mercês e Expediente», do outro, que tratava de «consultas, despachos, decretos e ordens» não dependentes da outra Secretaria.
Promulgou abundante legislação para satisfazer as carências de governo na Metrópole e no Ultramar. E, para além do monarca e do restaurador, impõe-se considerar nele o artista e o letrado, o amador de música que, no seu tempo, compondo o hino Adeste Fideles, esteve à altura dos maiores de Portugal.»
Túmulo de D. João IV, em mármore.
Títulos, estilos e honrarias:
O estilo oficial de D. João IV enquanto Rei de Portugal: "Pela Graça de Deus, João IV, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."
Enquanto monarca de Portugal, D. João IV foi Grão-Mestre das seguintes Ordens:
Casamento e descendência:
O Rei D.João IV casou com D. Luísa Maria Francisca de Gusmão e Sandoval no dia 12 de janeiro de 1633. Tiveram os seguintes filhos:
Em 11 de novembro de 1907, o rei D. Carlos era fotografado no terraço da Cidadela durante uma entrevista concedida ao jornal francês Temps.
A entrevista foi publicada no dia 11 de Novembro de 1907 e foi publicada no dia 14 de Novembro, sobre o governo de João Franco e os seus objectivos políticos.
Fonte: https://realfamiliaportuguesa.blogspot.com/
Filipe IV (Valladolid, 8 de abril de 1605 – Madrid, 17 de setembro de 1665) Cognominado "O Grande" foi o Rei da Espanha de 1621 até sua morte, e também Rei de Portugal e Algarves como Filipe III até o início da Guerra da Restauração em 1640. Filipe é lembrado por seu patrocínio das artes, principalmente do pintor Diego Velázquez, e por governar o Império Espanhol durante o período da Guerra dos Trinta Anos.
Vida:
Nasceu em Valladolid e morreu em Madrid e teve os cognomes de o Gordo, El Grande, o Rei Planeta. Foi, como Filipe III, rei de Portugal, de Nápoles, da Sicília, rei titular de Jerusalém, rei da Sardenha. Príncipe das Astúrias, aclamado rei de Espanha em 31 de março de 1621 aos 16 anos. Rei dos Países Baixos, foi Duque de Milão, Conde da Borgonha e Conde de Charolais, Conde de Artois.
Reinou 44 anos. Envolvida em guerras, a Espanha teve momentos difíceis. No Brasil, em 1621, favoreceu a divisão em dois Estados: o Estado do Brasil, com as capitanias ao sul do Rio Grande do Norte atual, e o Estado do Maranhão, do cabo São Roque à Amazónia.
Entregue aos dez anos ao homem forte do reino, D. Gaspar Filipe de Guzmán, conde-duque de Olivares, cuja queda aconteceria em 17 de janeiro de 1643. Adepto de política centralizadora e de submissão das províncias espanholas ao governo de Madrid, com Olivares aumentou o descontentamento de Portugal[carece de fontes]. Depois, seu valido até 1661 foi Luís de Haro, sobrinho de Olivares.
Em 14 de julho de 1619 foi jurado príncipe de Portugal. No começo do reinado, chamou D. Gaspar de Guzmán, fez dele conde-duque de Olivares, seu Ministro e homem forte, em que depositava a maior confiança e a quem encomendou a administração. Os portugueses aceitaram de bom grado a demissão do marquês de Alenquer, vice-rei de Portugal, substituindo-o por uma junta de três membros, composta do Conde de Basto, D. Nuno Álvares Portugal e o bispo de Coimbra. Promulgou decretos sobre bens da Coroa, sobre a fiscalização financeira, que feriam os interesses do povo e provocaram indignação; arrancou tributos, a título de subsídios voluntários, ameaçou fechar outra vez os Portos do Reino aos holandeses, medidas que contribuíram para a ruína de Portugal, que esperara lucrar com a atividade do novo ministro.
A trégua com as Províncias Unidas estava concluída, e a luta recomeçava, não muito desvantajosa, na Europa, onde Spínola mantinha o prestígio das armas da Espanha.
As colónias portuguesas eram menos protegidas que as de Espanha. Em 1623, Ormuz caiu em poder dos persas auxiliados pelos ingleses; em 1624, os holandeses tomaram a Bahia; Macau e a Mina repeliram os holandeses, e a Bahia foi reconquistada em 1625 por uma forte esquadra que Olivares mandou aprestar. A França, porém, aliara-se aos protestantes da Alemanha, à Dinamarca e à Holanda, e um dos planos dos aliados era o enfraquecimento da Espanha pelos repetidos assaltos às suas colónias pelas esquadras holandesas. Olivares aumentou os impostos aos diversos reinos. Olivares de tal forma o oprimiu que o povo se revolucionou. Os governadores do reino, o Conde de Basto e D. Afonso Furtado de Mendonça protestaram contra os tributos e vexações. As ordens de Olivares tinham executores em Diogo, secretário do conselho de Portugal em Madrid, e no seu parente, Miguel de Vasconcelos, nomeado escrivão de fazenda e secretário de Estado de Portugal, quando a Duquesa de Mântua, parenta do rei, foi nomeada em 1631 vice-rainha de Portugal.
A política europeia estava marcada pela influência dos cardeais Mazarino e Richelieu, que procuraram quebrar a hegemonia de Espanha na Europa. Neste período se reacendeu a guerra da Espanha com as Províncias Unidas. Apesar de todas as medidas de Filipe IV, o poderio da Holanda tornava-se cada vez maior, como o demonstra a criação da Companhia das Índias Ocidentais em 1621. Não é de estranhar, portanto, o interesse dos holandeses pelo Brasil, que levou à conquista da Bahia em 1624 e de Pernambuco em 1630. Um pouco mais tarde, os Ingleses apoderaram-se também da ilha da Jamaica.
Vasconcelos tornou-se impopular aos portugueses. Os impostos eram cada vez maiores. Olivares tivera a ideia de obrigar os portadores de títulos de divida publica a um empréstimo forçado, mandando que os tesoureiros das alfândegas retivessem um trimestre de juros aos portadores, a quem os pagavam. Com esta simplicidade entendia também Vasconcelos que se deviam cobrar os tributos. Em Évora ocorreram tumultos. O movimento propagou-se no Alentejo, Algarve, Porto e em alguns pontos do Minho.
Restauração de Portugal:
Em 1640, Portugal restaurou a independência de Espanha através de um golpe organizado pela aristocracia e classe média do país, descontentes com o domínio espanhol. Seria posta no trono outra dinastia, iniciada por D.João IV, o duque de Bragança.
A tirania do governo do duque de Olivares foi uma das causas das revoltas na Catalunha e em Portugal. O descontentamento dos portugueses tinha levado o duque a colocar à frente do governo de Portugal a duquesa de Mântua, sendo secretário desta Miguel de Vasconcelos. Em 1 de dezembro de 1640 estalou a revolta em Lisboa, tendo rapidamente alastrado ao resto do país. A 15 do mesmo mês de dezembro foi coroado D. João como rei de Portugal. Filipe IV procurou ainda impedir a revolução, entrando numa guerra com Portugal que terminou em 1668.
Portugal encontrava-se descontente, no país se lhe atribuía o cognome de O Opressor[carece de fontes]. As frotas eram atacadas no mar por piratas e corsários, causando grande prejuízo e registam-se ataques às colónias na África, na Ásia e também no Brasil.
A Companhia das Índias Ocidentais, criada pelos holandeses, invadiu o Brasil em 1624 conquistando a cidade de Salvador e por lá permanecendo durante quase um ano, até à reconquista levada a cabo por uma armada ibérica em 1625. Em 1630, Pernambuco caiu nas mãos da mesma Companhia e, no ano seguinte, Recife e Olinda, que passaram a ser administrados por Maurício de Nassau. Goa, Macau, Angola e Guiné eram sítios onde se sentia a pressão dos holandeses.
Para sustentar as guerras no Brasil, na Índia e na costa africana, à par das demais contendas em que o império estava envolvido, Olivares fez aumentar os impostos e os portugueses se sentiam explorados. A revolta cresceu, sobretudo com os rumores de que o dinheiro desaparecia na construção do Palácio do Bom Retiro, nos arredores de Madrid. Surgem tumultos. Em Évora, a 21 de agosto de 1637, o povo amotinou-se contra os aumentos dos impostos e, para ocultar os impulsionadores da revolta, as ordens aparecem assinadas pelo "Manuelinho". Noutros pontos do país, o motim de Évora faz eco do descontentamento geral e levantam-se tumultos.
O recrutamento de homens para auxiliar o exército espanhol na revolta da Catalunha e de parte da nobreza para acompanhar o rei nas Cortes de Aragão e Valência fora importante em Lisboa, facilitando a ação do pequeno grupo liderado pelo que seria D. João IV. Em 1 de dezembro de 1640, um grupo denominado de Os Conjurados invadiu o Palácio da Ribeira, residência da Duquesa de Mântua e matou a tiros Miguel de Vasconcelos, ao serviço dos espanhóis. É então consumada a Restauração do Reino, acabando-se o poder da dinastia Filipina em Portugal. A notícia do sucedido chegou a Madrid sete dias após a sublevação, enquanto continuava uma revolta na Catalunha. A 15 de dezembro de 1640, o Duque de Bragança é aclamado publicamente D. João IV, rei de Portugal.
Olivares foi substituído por D. Luís de Haro. Deram-se em seguida grandes batalhas, como as das Linhas de Elvas, do Ameixial, de Castelo Rodrigo, terminando a campanha. da Independência com a de Montes Claros, em 1665. Filipe faleceu nesse mesmo ano, pouco depois desta batalha.
Casamentos e descendência:
Filhos bastardos:
Foi no passado dia 9 de Junho, Domingo de Pentecostes e véspera do dia de Portugal (e no ano em que pela primeira vez se celebrou a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, em lugar da memória do Santo Anjo da Guarda de Portugal), que a comunidade paroquial de Nossa Senhora da Conceição do Seixal se vestiu de festa para receber a Senhora Dona Isabel de Herédia, Duquesa de Bragança, que coroou solenemente a imagem centenária da Padroeira da Paróquia e de Portugal, no 235º Aniversário da bênção da mesma.
Pouco passava das 11:45 quando se ouviram, em toque festivo, os sinos da torre da igreja a anunciar a chegada da Senhora Duquesa, que foi recebida no largo da igreja pelas crianças da catequese, que lhe ofereceram flores e a encaminharam para a guarda de honra do Agrupamento 253 do CNE que a esperava.
O Prior, Pe. Tiago Ribeiro Pinto, acompanhou a convidada de honra até ao seu lugar, na nave da igreja, onde a aguardavam os representantes das autoridades locais (Presidente da Junta de Freguesia, Dr. António Santos, representantes do executivo camarário e outras associações do Seixal) bem como vários representantes das Ordens Militares (Ordem de Malta, Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Ordem Constantiniana de São Jorge e Irmandade Militar de Nossa Senhora da Conceição).
Esteve também presente o Senhor Embaixador Luís Barreira de Sousa e a sua mulher Maria da Conceição Barreira de Sousa.
Fez também a Paróquia, neste dia, uma recolha de bens alimentares para os mais pobres que assistimos, cerca de cinquenta famílias, imitando Nossa Senhora, que é a Rainha da Caridade.
No final da Santa Missa, a Senhora Duquesa fez questão de cumprimentar, no adro da igreja, todos os presentes que demonstraram grande afecto e alegria por a poder conhecer de perto.
Fonte: diocese-setubal.pt
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