Tradicional mensagem de 1.º de Dezembro, efectuado por Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança
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As Reais Associações de Braga e Viana do Castelo vão realizar, no sábado, o “Jantar dos Conjurados” que decorrerá pelas 20:00, no Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Segurança Social e Saúde de Braga, com a presença do professor António Lemos Soares, docente da Escola de Direito da Universidade do Minho, que fará uma intervenção sobre o tema "A Restauração de 1640 - A Recuperação da Liberdade Portuguesa". As verbas angariadas com o jantar reverterão para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) .
Em comunicado, a Real Associação de Viana do Castelo explica que, “na noite de 30 de Novembro de 1640, um grupo de intrépidos e arrojados portugueses reuniu-se no Palácio de D. Antão de Almada, em Lisboa, para ultimar os preparativos da revolta que iriam perpetrar no dia seguinte, no sentido de libertarem o Reino de Portugal do jugo de uma dinastia estrangeira e usurpadora dos legítimos direitos da Casa de Bragança”.
“A vitória alcançada no dia 1 de Dezembro de 1640 veio finalmente permitir, que Portugal fosse devolvido à sua plena independência de nação livre e soberana. Para comemorar tão afortunado acontecimento, os simpatizantes do ideal Monárquico reúnem-se no tradicional «Jantar dos Conjurados», recordando ainda os heróis de outrora que nesta região, lutaram para expulsar os Castelhanos”, adianta a nota.
Segundo a Real Associação de Viana do Castelo trata-se de “uma das datas mais significativas da nossa história e fundamental para todos os portugueses, sejam eles monárquicos ou republicanos que importa evocar, numa época em que a nossa soberania é constantemente ameaçada”.
“Não nos podemos esquecer que se não fosse a Restauração da independência, não existiria o 10 de Junho, o 25 de Abril, etc., uma vez que a agenda dos feriados oficiais Portugueses coincidiria com a espanhola.Devemos ter presente a ocupação espanhola de Olivença, território onde durante muitas décadas a cultura portuguesa foi alvo de repressão e violência, designadamente em 1840 com a proibição do uso da língua portuguesa, incluindo nas igrejas. É pois, um imperativo patriótico, exigir que os governantes portugueses não reconheçam a soberania espanhola sobre este território. Temos de estar atentos às intenções espanholas sobre as Ilhas Selvagens, as ilhas portuguesas mais a sul do território, localizadas a 250 quilómetros do Funchal”, sustenta a nota hoje enviada à imprensa.
Fonte: radioaltominho.pt
“A Royal Lunch. A Visita a Sintra da Rainha Alexandra do Reino Unido. 24 de Março de 1905” é o título do segundo volume do projecto editorial da Parques de Sintra “Colecções Em Foco”, que é lançado no Palácio Nacional de Sintra, amanhã, dia 16 de Outubro, data do aniversário de nascimento da rainha D. Maria Pia.
Focando-se na memória de um dos últimos acontecimentos que esta soberana protagonizou, a obra reúne quatro estudos, realizados por conservadores dos Palácios Nacionais de Sintra e da Ajuda, que dão a conhecer novos aspectos da sua vida, o seu gosto por objectos luxuosos e o seu papel de anfitriã. Esta publicação digital é o segundo número de uma iniciativa editorial inédita, em Portugal, cujo objectivo é viabilizar o acesso fácil e gratuito aos resultados mais recentes do trabalho de investigação que é continuamente desenvolvido nos Palácios Nacionais de Sintra, de Queluz e da Pena, com vista a promover a partilha e a disseminação do conhecimento.
O segundo número de “Coleções Em Foco” parte dos estudos e sinergias que uniram os investigadores dos Palácios Nacionais de Sintra e da Ajuda em torno do projecto expositivo “A Royal Lunch. A visita a Sintra da Rainha Alexandra do Reino Unido”, que esteve patente no Palácio Nacional de Sintra, integrado no programa “A Place at the Royal Table”, da Associação de Residências Reais Europeias, por ocasião do Ano Europeu do Património Cultural 2018. Entre 6 de Julho e 7 de Outubro do ano passado, cerca de 162 mil visitantes puderam contemplar o requinte de uma Mesa Real da fase final da monarquia em Portugal, evocativa do almoço oferecido pela rainha D. Maria Pia, no “Real Paço de Cintra”, em honra da rainha consorte do rei Eduardo VII, a 24 de Março de 1905. Nesta publicação, ilustrada por mais de 150 imagens, muitas delas de carácter inédito, Fernando Montesinos, conservador do Palácio Nacional de Sintra, e as conservadoras do Palácio Nacional da Ajuda, Cristina Neiva Correia, Teresa Maranhas e Maria João Burnay, apresentam o resultado das investigações que possibilitaram a reconstituição desta visita de Estado. Para além dos factos que permitem traçar o perfil da rainha D. Maria Pia, exploram-se, igualmente, outros temas de interesse, como o contexto sociopolítico da época, os convidados e a decoração dos espaços e da mesa.
“Colecções Em Foco” é um projecto editorial de continuidade da Parques de Sintra que tem por objectivo a publicação dos trabalhos de investigação recentes sobre temas relacionados com os Palácios Nacionais de Sintra, de Queluz e da Pena. As monografias que integram esta colecção são disponibilizadas online, gratuitamente, de acordo com o movimento “Open Access”. O primeiro volume, “Retrato de Jovem Nobre, Cavaleiro da Ordem de Calatrava”, venceu uma menção honrosa na edição de 2018 dos Prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), na categoria Investigação.
A edição portuguesa está disponível para consulta e download a partir de 16 de Outubro, no site da Parques de Sintra e na plataforma Google Books. As versões espanhola e inglesa serão publicadas posteriormente.
Fonte: infocul.pt/
O Infante D.Afonso entra num dos seus automoveis durante uma competição automobilística em 1907.
Fonte: Facebook Memorias do Reino de Portugal
Aqui está a capa do Nº 20 do Correio Real, o boletim produzido pela Real Associação de Lisboa para a Causa Real, no seu 10º aniversário de existência. Este número que breve irá ser distribuído brevemente via CTT a todos os associados das Reais Associações com a sua situação regularizada, além duma pertinente entrevista ao deputado social-democrata José Matos Correia, oferece-nos um ensaio de Paulo Cunha Porto sobre o legado de Henrique Barrilaro Ruas e um detalhado noticiário ilustrado sobre as actividades do movimento monárquico em Portugal e da casa Real Portuguesa.
Para receber em casa comodamente o Correio Real e participar nas nossas actividades faça-se sócio da Real Associação de Lisboa, aqui: http://www.reallisboa.pt/ral/index.php/registo
Joana de Eça (c. 1480 - d. 13 de Setembro de 1572) foi uma nobre portuguesa.
Filha de João Fogaça e de sua mulher D. Maria de Eça.
A 17 de Maio de 1546, D. Vitória d'Ornelas escreve-lhe uma carta, descrevendo-lhe o mau procedimento de seu genro para com sua filha.
A 13 de Maio de 1550, passa um recibo de 25.000 réis à conta de 100.000 réis que em cada ano tinha de tença.
A 17 de Agosto de 1554, recebe Alvará da Rainha D. Catarina de Áustria para se lhe dar 100.000 réis pela tença que tinha João Fogaça, seu filho.
Foi Camareira-Mor da Rainha D. Catarina, durante a menoridade de D. Sebastião I de Portugal. Parece ter exercido grande influência no ânimo da sua Real Ama, tendo sido a introdutora, no Paço, do Jesuíta Padre Luís Gonçalves da Câmara, seu sobrinho-neto por afinidade, que veio a ser Mestre de D. Sebastião I. Mais tarde, a luxuosa instalação da Camareira-Mor no Convento da Esperança deu origem a murmurações e protestos, aumentando as dificuldades da Regência, que veio a ser confiada ao Cardeal D. Henrique.
Aparece bastante documentada pelo menos ate 13 de Setembro de 1572, quando, já não exercendo como Camareira-Mor da Rainha D. Catarina, esta emite um Decreto em que manda Afonso de Freitas, seu Tesoureiro, dar a Maria da Silva, criada de D. Joana de Eça, 2.000 réis de que lhe fazia mercê.
Casou com Pedro Gonçalves da Câmara, filho de João Gonçalves da Câmara e de sua segunda mulher D. Maria de Noronha, com geração.
Esta noite (21 de novembro) no Palácio Tsaritsyno, em Moscovo, a Grã-Duquesa Maria da Rússia e D. Duarte, Duque de Bragança, participaram numa troca de ordens dinásticas. O Grão-Duque George da Rússia também esteve presente.
Foi no passado sábado que, a Real Associação do Porto celebrou o seu 30 aniversário.
Depois do discurso do presidente da Real Associação do Porto, Jorge Leão, evocando todas as actividades decorridas durante o ano de 2019, seguiu-se o de S.A.R. o Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, que marcou presença neste jantar juntamente com S.A.R. a Senhora D. Isabel, Duquesa de Bragança e, deste vez, também esteve presente S.A.R. o Senhor D. Afonso, Príncipe da Beira.
As intervenções musicais a cargo de A Pauta - Associação Academia de Música de Método Suzuki AMMS e do ensemble Moços do Coro. A Confraria do Vinho Verde, também marcou presença.
Fonte: Facebook Real Associação do Porto
Isabel de Portugal (em castelhano: Isabel de Aragón) (Dueñas, 2 de outubro de 1470 — Saragoça, 28 de agosto de 1498) foi filha de Fernando II de Aragão e de Isabel I de Castela, princesa consorte de Portugal pelo casamento com o príncipe D. Afonso e rainha consorte do mesmo reino pelo casamento com Manuel I de Portugal.
Biografia:
Isabel era a filha mais velha de Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Nascida durante o reinado de seu tio, Henrique IV de Castela, os primeiros anos da sua vida foram definidos pela tensão entre ele e sua mãe, como seu tio não iria perdoar sua mãe para se casar com Fernando sem a sua permissão. Com a morte de Henrique IV, em 1474, a mãe de Isabel assumiu o trono de Castela, e a jovem Isabel foi rapidamente jurada como herdeira presuntiva do trono.
Os primeiros anos do reinado de Isabel I foram envolvidos em uma guerra de sucessão, pois Henrique IV não havia nomeado especificamente um sucessor. Houve uma luta entre Isabel I e sua sobrinha Joana, que era conhecida como "a Beltraneja" devido aos rumores de que ela era filha ilegítima da rainha Joana de Portugal de Henrique IV e sua favorita, Beltrán de la Cueva, 1º duque de Alburquerque. Afonso V de Portugal, que era cunhado de Henrique IV e tio da jovem Joana, interveio em nome de Joana e Fernando e Isabel foram forçados a entrar em guerra com Portugal.
Durante a guerra, a jovem Isabel testemunhou um pouco do caos. Enquanto seus pais brigavam com os portugueses, a princesa foi deixada em Segóvia enquanto a cidade estava sob o controle de Andrés de Cabrera e sua esposa Beatriz de Bobadilla. Os moradores da cidade, descontentes com este novo governo, se levantaram e assumiram o controle da cidade. A princesa de sete anos ficou presa em uma torre do Alcázar por algum tempo até que sua mãe retornou a Segóvia e assumiu o controle da situação.
A guerra terminou em 1479 com o Tratado de Alcáçovas. Entre os termos estava a disposição de que a princesa Isabel se casasse com o neto de Afonso V, Afonso, que era cinco anos mais novo que a princesa. O tratado também previa que Fernando e Isabel pagassem um grande dote por sua filha e que a princesa residisse em Portugal como garantia de que seus pais cumprissem os termos do tratado. Em 1480, o príncipe Afonso foi morar na cidade de Moura com sua avó materna Beatriz, Duquesa de Viseu, e nos primeiros meses do ano seguinte a sua futura esposa, Isabel, de dez anos de idade. Ela passou três anos em Portugal antes de voltar para casa.
Isabel também passou uma parte considerável de sua juventude em campanha com seus pais, quando conquistaram os demais estados muçulmanos no sul da Espanha. Por exemplo, ela acompanhou a mãe na aceitação da rendição da cidade de Baza.
Seus avós paternos foram João II, rei de Aragão e Navarra e Joana Henriques, sua segunda esposa. Seus avós maternos foram João II, rei de Castela e Leão, e Isabel de Portugal.
Filha primogénita, foi irmã de Joana, a Louca, rainha de Castela e Leão, de Maria de Castela e Leão, rainha consorte de Portugal, de Catarina de Aragão, rainha consorte de Inglaterra, e de João, Príncipe das Astúrias.
Em consequência do tratado de Alcobozes (Tercerías de Moura), se casou em Évora, em 1490, com o príncipe Afonso de Portugal, herdeiro da coroa, filho do rei João II, que faleceu em 13 de julho de 1491.
Viúva, casou com o primo direito do sogro, o rei Manuel I em 1496.
O rei Manuel I, ao partir de Castelo de Vide para Valência de Alcântara em outubro para receber sua mulher Isabel, filha de Fernando de Aragão e de Isabel de Castela, levou como companhia seus grandes amigos Diogo da Silva, Conde de Portalegre; Fernando de Menezes, Conde de Alcoutim; Diogo seu irmão; João de Menezes, mordomo-mor, depois prior do Crato e conde de Tarouca; Martinho de Castelo Branco, vedor da Fazenda e depois Conde de Vila Nova de Portimão; Francisco de Almeida; Pedro da Silva, comendador-mor de Avis; Aires da Silva, regedor da Casa da Suplicação; Francisco de Sá, vedor da Fazenda da cidade do Porto; Jorge Mouto, guarda-mor do rei; João de Sousa; Fernando Martins Mascarenhas.
Em 29 de março de 1498 o rei Manuel I partiu de Lisboa para Castela com a rainha Isabel, deixando a irmã, a rainha Leonor, como regente. Entrou em Badajoz com Jorge (bastardo do rei João II de Portugal), Diniz (seu sobrinho, irmão de Jaime, duque de Bragança), Álvaro seu tio, Diogo da Silva, conde de Portalegre; o Bispo da Guarda, Pero Vaz, seu capelão-mor, e o de Tânger, Diogo Ortiz; D. João de Menezes, mordomo-mor; Francisco, filho de Afonso, Bispo de Évora, depois Conde de Vimioso; Francisco de Almeida, que foi depois o primeiro vice-rei da Índia; que todos iam vestidos de dó, por falecimento do príncipe João de Castela. Foram a Guadalupe, depois para Mérida no domingo de Ramos, e para Toledo, onde foram jurados príncipes herdeiros dos reinos de Castela e Leão. Partiram depois para o reino de Aragão, em Saragoça, onde chegaram a 1 de junho de 1498.
Em 24 de agosto, dia de São Bartolomeu, a rainha pariu com muito trabalho um filho, que chamaram Miguel, herdeiro dos reinos de Portugal, Castela, Leão, Sicília e Aragão, que morreria em Granada em 29 de julho de 1500 aos 23 meses. Ao tempo em que pariu, presentes o rei seu pai Fernando, a sua mãe rainha Isabel, e o rei Manuel seu marido, e a teve em seus braços Francisco de Almeida, de quem fiz menção. Morreu «à força de sangue que lhe soltara sem lho poderem estancar».
Faleceu no dia 28 de agosto de 1498 em Saragoça, Espanha e foi sepultada no Convento de Santa Isabel, em Toledo.
Fonte: resumofotografico.com/
Leonor de Avis ou Leonor de Portugal ou Leonor de Lencastre ou Infanta Leonor, e mais recentemente, no estrangeiro, "Leonor de Viseu", do nome do título secundário de seu pai o infante Fernando de Portugal, Duque de Viseu (Beja, 2 de maio de 1458 — Paço de Xabregas, Lisboa, 17 de novembro de 1525), foi uma princesa portuguesa da Casa de Avis, e rainha de Portugal a partir de 1481, pelo casamento com seu primo João II de Portugal, o Príncipe Perfeito. Pela sua vida exemplar, pela prática constante da misericórdia, e mais virtudes cristãs, alcançou de alguns historiadores o epíteto de "Princesa Perfeitíssima", inspirado no cognome do rei seu marido, a cuja altura sempre se soube manter para o juízo da história.
A rainha Dona Leonor de Avis é também a terceira e última rainha consorte de Portugal nascida em Portugal, tendo a primeira sido Leonor Teles e a segunda, a sua prima e sogra, Isabel de Avis, mulher de Afonso V, sendo assim tia pelo casamento, pois o rei é irmão do pai de Leonor. Com o seu casamento acabam os casamentos endogâmicos continuados entre os descendentes da Ínclita Geração, entre a prole de João I e da sua rainha Filipa de Lancastre, entre os reis e as primas portuguesas. Leonor foi sem dúvida uma das mais notáveis soberanas portuguesas de todos os tempos, pela sua vida, importância, influência, obra, e legado aos vindouros.
Foi também a primeira dos ocupantes do trono português com sangue Bragança, pela sua avó materna, a infanta Isabel de Barcelos, filha do 1º duque de Bragança - logo se lhe seguindo seu irmão Manuel I, como primeiro rei reinante, e seu sobrinho Jaime I, Duque de Bragança, como primeiro Bragança herdeiro jurado do trono, na permanente relação entre a Casa Real, de origem ilegítima, e o seu ramo Bragança, igualmente ilegítimo, sempre casando entre si.
Primeiros anos:
Os membros da realeza, em Portugal, não tiveram, usaram ou assinaram jamais qualquer sobrenome até ao século XIX. No entanto, duas das netas da rainha Filipa de Lencastre, parecem terem usado por algum tempo, ou sido conhecidas por Lencastre, em homenagem a essa sua avó ou bisavó: Filipa, filha do Infante D. Pedro, e D. Leonor.
Leonor era filha do infante D. Fernando, duque de Viseu e Condestável do Reino (filho do rei Duarte I de Portugal e da rainha Leonor de Aragão) e de sua mulher a Infanta D. Beatriz, também ela uma princesa de Avis, sendo esta neta materna de D. Isabel de Bragança (filha do 1º duque de Bragança) e do infante João, condestável do Reino, o penúltimo dos infantes da Ínclita Geração.
Entre os seus irmãos o mais velho foi o infante João, 3º duque de Viseu e Beja, que morreu novo, solteiro, logo sucedido pelo infeliz secundogénito, Diogo e Mestre da Ordem de Cristo. Outra sua irmã, com apenas menos um ano de idade, foi a infanta Isabel, Duquesa de Bragança pelo seu casamento, e finalmente o benjamim da família, onze anos mais novo do que a futura rainha, Manuel I. Era ainda prima direita de Maximiliano I, filho de uma irmã de seu pai, e de Isabel a Católica, rainha de Castela, filha de uma irmã de sua mãe, entre outros.
Leonor foi destinada ao nascer a João II de Portugal o "Príncipe Perfeito" por vontade e promessa de seu tio Afonso V, quando nasceu, ao seu único irmão e melhor amigo, pai da noiva, o infante D. Fernando. Casou com o primo João quando apenas tinha 12 anos de idade, e o noivo 15. Tendo crescido juntos e amigos, tiveram um casamento unido, que nem, quando o rei teve de executar o irmão mais velho da rainha, o seu primo e cunhado Diogo, duque de Viseu e Beja, e mandar julgar e decapitar ao seu outro cunhado e primo, Fernando II, Duque de Bragança, ambos por traição e conjura a favor dos primos dos Bragança, os Reis Católicos, se viu afectado.
A princesa mais rica da Europa:
Em 18 de janeiro de 1471, casou-se com o rei João II, o qual era seu primo direito, pelo lado paterno e segundo, pelo lado materno. De facto, tanto o rei como a rainha eram netos do rei Duarte, ambos pelo lado paterno; pelo lado materno, João é neto do infante Pedro e Leonor é neta do irmão de Pedro e Duarte: o infante João. Após a morte do rei, em 1495, subiu seu irmão Manuel ao trono, e ao casar-se este, a rainha passou a ser conhecida como "Rainha Velha" até à sua morte.
As rainhas de Portugal contaram, desde muito cedo, com o rendimento de bens senhoriais e patrimoniais independentes destinados à sua sustentação e dignidade, património este que era designado por Casa das Rainhas. Leonor, além das vilas anteriores mencionadas nas rainhas que a precederam, foi dotada pelo rei com as cidades de Silves e Faro, e as terras de Aldeia Galega e Aldeia Gavinha. Na Casa das Rainhas, que manteve em viúva, mesmo depois de D. Manuel casar, estava também incluída a cidade das Caldas que ela própria fundara.
Leonor reinou no apogeu da fortuna da expansão portuguesa, quando Lisboa se transformara na capital europeia do comércio de riquezas exóticas: e foi por isso mesmo no seu tempo a mais rica princesa da Europa, conforme demonstra uma obra recente a respeito da administração da sua grande casa.
Essa grande fortuna, que cresceu exponencialmente com a chegada à Índia e com o comércio ultramarino, visto seu pai ter sido filho adoptivo e herdeiro universal do Infante D. Henrique, o Navegador, e das grandes mercês que recebeu dos reis seu marido e seu irmão, empregou-a depois de viúva na prática da caridade constante, da devoção verdadeira, no patrocínio de obras religiosas, e sobretudo na assistência social aos pobres: assim, encorajou, fomentou e financiou o projecto de Frei Miguel Contreiras de estabelecimento de Misericórdias gerida por irmandades em todo o reino, notável iniciativa precursora em toda a Europa. A rede de Misericórdias portuguesa chegou até aos nossos dias, sempre activa no papel social e caritativo a que a rainha a destinou.
A rainha velha: obra e legados:
A rainha Leonor, em viúva, manteve grande destaque na corte lusitana, sendo regente do reino mais do que uma vez. Desprezando a vida mundana, retirou-se a viver no seu Paço de Xabregas, junto com a imensa casa dos seus servidores e criados. Apesar de se situar relativamente perto do Terreiro do Paço, a residência independente em Xabregas permitia-lhe uma vida mais serena e propícia à devoção e austeridade religiosas que se determinou a seguir, ao tomar o hábito laico de viúva.
Apoiou D. Manuel na fundação do Hospital Real de Todos os Santos, no Rossio de Lisboa, o melhor hospital da Europa no seu tempo; e esteve ainda na origem da fundação do hospital termal das Caldas da Rainha, cuja construção e funcionamento custeou, e que dela tira o seu nome. Ainda hoje as Caldas da Rainha mantêm como armas as da rainha Leonor, ladeado à esquerda pelo seu próprio emblema (o camaroeiro) e, à direita, pelo emblema de João II (o pelicano). Ao manter estas armas, a cidade tornou-se uma das poucas povoações portuguesas a manter um brasão anterior à normalização republicana da heráldica municipal, levada a cabo no princípio do século XX.
O mais belo e notável dos monumentos, ou edifícios que a rainha ordenou fossem construídos, e onde repousa, o convento da Madre de Deus, em estilo gótico manuelino, abriga hoje o Museu Nacional do Azulejo, constituindo um dos mais ricos patrimónios culturais portugueses. Nele mandou ser sepultada. Foi mandado construir em 1509, e desde então ficou sempre integrado na Casa das Rainhas. Foi ocupado por clarissas, Franciscanas Descalças da primeira regra de Santa Clara, à qual a própria rainha, enquanto viúva, fez voto, e quis obedecer.
O majestoso Convento da Madre de Deus foi sujeito a magníficas intervenções arquitectónicas e a luxuosa decoração ao longo dos séculos, tendo possuído um excepcional património em ourivesaria e obras de arte. Do tempo da sua fundação restam sobretudo no interior o piso térreo, notável pelo seu Claustrim, e a chamada Capela de D. Leonor. E, sobrevivente ao terremoto de 1755, no exterior existe ainda a fachada, ornamentada com belos portais e janelas em puro estilo manuelino, que dantes davam directamente para as areias da praia de Xabregas, sobre o Tejo.
A rainha e a sucessão ao trono português:
A rainha teve apenas dois filhos: um morto à nascença, e o outro o príncipe, D. Afonso, o herdeiro do trono morto precocemente num infeliz e inesperado acidente de cavalo no Vale de Santarém em 1491, pouco depois de casado com a princesa Isabel de Aragão, herdeira dos Reis Católicos nos seus tronos de Aragão, Castela, Nápoles e Sicília.
Durante o seu casamento com D. Leonor, nasceu ao rei um filho bastardo com Ana de Mendonça (dama da rainha Joana, 2ª mulher de D. Afonso V) — Jorge de Lencastre, a quem, ao legitimá-lo, criou mestre da Ordem de Santiago e a quem mandou que fosse 2º duque de Coimbra, em homenagem ao seu avô, o infante-regente D. Pedro, cuja Casa foi reconstituída ao seu favor.
Tendo o rei chamado para a corte este seu filho, pediu a D. Leonor que lhe servisse de mãe, o que a rainha aceitou, vivendo D. Jorge junto do infante Manuel e do príncipe Afonso, seu meio-irmão, até à sua morte. Depois desta data, no entanto, D. Leonor distancia-se do enteado, custando-lhe vê-lo vivo e o seu único filho já desaparecido, tanto mais que descobre que o rei seu marido determinara agora torná-lo sucessor na coroa, apesar de o direito constitucional português não o autorizar a isso, pois jamais a escolha da sucessão coube ao soberano em Portugal.
No entanto, e com essa finalidade, D. João tentou uma acção diplomática junto da Santa Sé, querendo obter o seu reconhecimento pelo papa como filho legítimo capaz de lhe suceder na coroa - no que foi contrariado pela rainha, que defendeu os direitos sucessórios de seu irmão Manuel — o varão legítimo mais próximo do rei, que subiria ao trono em 1495 após a sua morte, como D. Manuel, O Venturoso.
Ao subir ao trono o seu irmão mais novo, ainda solteiro, a rainha tornou-se automaticamente herdeira do trono. E se este tivesse falecido por essa altura, teria passado de rainha consorte a rainha reinante. Porém, viúva e já sem idade para vir a ter sucessão própria, além de consagrada às boas obras, não quis nunca ser jurada Princesa herdeira, pelo que o rei se determinou a mandar voltar do exílio em Castela sua outra irmã, a infanta Isabel, que ali se acolhera viúva com os filhos desde a sentença que lhe condenara o marido, fazendo por acordo de família jurar como sucessor e herdeiro a Jaime I de Bragança, filho desta, até lhe nascer sucessão do seu futuro casamento.
Morte e sepultura:
A rainha Leonor faleceu no seu Paço de Xabregas, nos arredores de Lisboa, junto ao convento do mesmo nome.
Ali mesmo, em Xabregas, quis ficar sepultada, no seu magnífico Convento da Madre de Deus, em campa rasa de fria e nua pedra, num lugar de passagem, para que todos a pisassem: gesto de grande humildade, que comove, e que quis que demonstrasse aos vindouros, que por ali viessem a passar, o sinal da pequenez das coisas do mundo diante da eternidade.
Francisco Maria da Cunha (Angra do Heroísmo, 22 de dezembro de 1832 — Lisboa, 13 de janeiro de 1909) foi um militar, político e administrador colonial português. Entre outras funções de relevo, foi governador da Índia Portuguesa, deputado e par do reino.
Nasceu no Castelo de São João Baptista, filho de Maria Cândida da Franca e Horta e Francisco Jacques da Cunha, um dos Bravos do Mindelo e depois general de divisão, que ao tempo integrava o regimento liberal aquartelado naquela praça. Frequentou o Colégio Militar, entre 1842 e 1848, tendo neste último ano, aos 16 anos de idade, assentado praça no Exército Português, como voluntário. Depois de cursar a Escola Politécnica de Lisboa e a Escola do Exército, a 11 de outubro de 1865 foi promovido a alferes e iniciu a sua carreira como oficial de Infantaria.
Como oficial do Exército, serviu nas colónias portuguesas de África e Oceania. Em 1869 foi nomeado comandante do Batalhão de Macau. Em 1877 foi nomeado governador-geral de Moçambique, cargo que exerceu até 1880. Durante seu governo, debelou com eficácia uma revolta na Zambézia e tomou posse de Inhaca, pelo que foi muito elogiado pelos governos português e britânico. Em 1891, foi nomeado 104.º governador-geral da Índia Portuguesa, cargo que exerceu até 1892.
Foi diretor do Colégio Militar de 1882 a 1890 ou de 1883 a 1891. Entre 1888 e 1890, foi presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa. Em 10 de janeiro de 1895 alcançou o posto de general de divisão. Em 1899, foi nomeado comandante do Conselho Superior de Disciplina do Exército.
Foi ainda Ministro da Guerra (1897) e 1.º Secretário do Presidente do Conselho José Luciano de Castro (1898); comandante da Escola do Exército (atual Academia Militar, 1895/96 e 1898/1900); Chefe da Casa Militar, ajudante de campo e membro do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima do rei D. Carlos; presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (1905/1909), do Montepio Geral e da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Avis e foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem da Torre e Espada e da Ordem de Cristo.
Domingos Maria Frutuoso, Manuel Rosa Frutuoso, O.P., (Santarém, Santa Iria da Ribeira de Santarém, 13 de Fevereiro de 1867 — 6 de Julho de 1949) foi um bispo católico português.
Frequentou o Seminário de Santarém, tendo entre 1888 e 1893 sido ali professor e prefeito, ensinando latim e geografia. Em 15 de Junho de 1889 foi ordenado sacerdote, sendo nomeado pároco de Santa Maria de Óbidos, mantendo-se professor no Seminário. A 15 de Outubro de 1893 entrou na Ordem dos Pregadores, no Convento de Maria Madalena em Saint Maxim-Var (França) assumindo o nome religioso de Domingos Maria.
Estudou Teologia no Instituto Católico de Toulouse e em 1897 regressou a Portugal. Tornou-se pregador itinerante, tendo sido confessor no Colégio do Bom Sucesso. Foi preceptor religioso dos filhos do Rei D.Carlos e da Rainha D. Amélia, o Princípe D. Luís Filipe e D. Manuel.
Fugido de Portugal, em virtude da perseguição religiosa iniciada com a instauração do regime republicano em 1910, regressou apenas em 1913. Em 27 de Dezembro de 1920 foi sagrado bispo de Portalegre.
O coronel António Costa foi o preceptor militar do Rei D.Manuel II quando este ainda era infante.
Também foi director de estudos do Príncipe Real Luís Filipe.
Boeyé de Pascal foi o professor de língua e literatura francesa do Rei D.Manuel II enquanto este ainda era infante.
Também foi professor de francês do Príncipe Real Luís Filipe.