Pedro Maurício Correia Henriques ComA (Plön, Holstein, Dinamarca, 27 de Novembro de 1846 - Lisboa, 13 de Fevereiro de 1890), 2.º Visconde de Seisal e 2.º Conde de Seisal, foi um militar e político português.
Era filho de José Maurício Correia Henriques, 1.º Barão de Seisal e 1.º Visconde de Seisal, e de sua segunda mulher Alexandra Aline Stjernvall, Sueca.
Tirou o curso de Engenharia Militar na Escola Militar da Bélgica, que lhe foi revalidado na Escola do Exército por Decreto de 1 de Julho de 1867. Assentou Praça quatro dias depois e foi promovido a Alferes a 10 do mesmo mês e a Tenente a 14 de Julho de 1868. Colocado no Comando-Geral de Engenharia e no Batalhão da mesma Arma, a 6 de Julho de 1870 foi nomeado Adido Militar à Legação de Portugal em Londres e transferido para a de Paris a 28 de Outubro seguinte. Depois de promovido a Capitão a 2 de Outubro de 1873, passou a Ajudante-de-Campo do Infante D. Augusto de Bragança, Duque de Coimbra, de que foi exonerado, conservando as referidas honras, depois de colocado na Legação de Berlim. A 2 de Outubro de 1878 passou a Ajudante-de-Ordens de D. Luís I de Portugal, que exerceu depois das sucessivas promoções a Major a 12 de Outubro de 1881 e a Tenente-Coronel a 15 de Julho de 1885. A 13 de Maio de 1886 foi colocado fora do Quadro da Arma por ter sido nomeado Veador da Princesa Real D. Amélia de Orleães.
Foi Par do Reino por sucessão, Grã-Cruz da Ordem da Estrela Polar da Suécia e Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da Real Ordem de Isabel a Católica de Espanha, Comendador da Real Ordem Militar de São Bento de Avis de Portugal e Cavaleiro da Ordem de Leopoldo I da Bélgica.
O título de 2.º Visconde de Seisal foi-lhe renovado por Decreto de D. Pedro V de Portugal de 13 de Março de 1860 e foi elevado à Grandeza, como 2.º Conde de Seisal, por Decreto de D. Luís I de Portugal de 19 de Maio de 1886. Armas: escudo partido, na 1.ª Correia e na 2.ª Henriques; timbre: Correia; coroas de Visconde (depois de 13 de Março de 1860) e de Conde (depois de 19 de Maio de 1886).
Casou primeira vez em Lisboa a 24 de Janeiro de 1876 com D. Carolina Maria de Castro Pereira (Berlim, 16 de Agosto de 1854 - Lisboa, 5 de Dezembro de 1878), filha de D. Rodrigo Delfim Pereira e de sua mulher Carolina Maria Bregaro, da qual teve uma filha e um filho:
Carolina Maria Matilde Correia Henriques (Lisboa, Lapa, 16 de Abril de 1877 - 8 de Dezembro de 1953), casada em Sintra, Santa Maria e São Miguel, 12 de Agosto de 1898 com Salvador Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara (Torres Novas, Santiago, 14 de Dezembro de 1873 - Sintra, 12 de Junho de 1939), 9.º Visconde com Grandeza de Asseca, com geração
José Maurício Correia Henriques (Lisboa, 18 de Novembro de 1878 - Lisboa, 31 de Agosto de 1944), 3.º Conde de Seisal por Decreto de D. Carlos I de Portugal de 14 de Maio de 1902, casado em Lisboa, Pena, a 9 de Junho de 1902 com Maria Cândida de Almeida Cardoso de Albuquerque (9 de Setembro de 1884 - ?), filha do 1.º Visconde e 1.º Conde de Mangualde e sobrinha-neta do 1.º Barão de Salvaterra de Magos, da qual teve cinco filhos e uma filha
Casou segunda vez em Lisboa a 28 de Abril de 1884 com sua cunhada D. Maria Germana de Castro Pereira (Hamburgo, 19 de Junho de 1860 - Sintra), Dama Camarista da Rainha D. Amélia, da qual teve um filho:
Rodrigo Maurício Correia Henriques (Lisboa, 22 de Março de 1887 - Sintra, 3 de Setembro de 1906), solteiro e sem geração, vítima dum acidente de caça.
A Rainha D.Amélia ,o Rei D.Carlos o Príncipe-Real D.Luis Filipe e o Infante D.Afonso com o Presidente da França Emile Loubet a bordo de uma galeota da Casa Real ,antes do desembarque no Cais das Colunas em Lisboa.
Sessão solene na Real Academia das Ciências de Lisboa em homenagem ao Rei D.Carlos,com a presença da Rainha Maria Pia e do seu filho D.Afonso. Esta homenagem da RACL foi feita após o assassinato do Rei e do Principe D.Luis Filipe cujas cadeiras vagas se encontram na tribuna real.
Uma história fascinante de um homem que não nasceu para ser rei, que chegou ao trono depois de ver morrer o sobrinho e ver assassinar o irmão e o cunhado.
Isabel, viúva de Afonso, filho de D. João II, resistiu ao casamento. Mas Manuel era determinado. Desde aquele dia em que os seus olhares se cruzaram em Moura, sabia que Isabel havia de ser sua.
Por ela faria tudo, inclusive expulsar os hereges de Portugal, e depois os judeus. Mas mais uma vez a roda da fortuna girava e a sua felicidade durou pouco. Isabel morria no parto, e o seu único filho não sobreviveria. Era preciso garantir a descendência. Maria, irmã de Isabel, esperara, apaixonada, e o seu tempo tinha chegado. Seria rainha de Portugal e mãe de dez filhos, entre eles seis varões.
Um dos reis mais importantes da nossa História, construtor do império global português, numa época fascinante dos Descobrimentos, em que Lisboa se enche de espiões e especiarias.
Um dos primeiros pontos altos do Verão tinha aliás data marcada: 31 de Julho, o aniversário do irmão do Rei D. Carlos, o Infante D. Afonso.
Os festejos começaram com recepções ao início da tarde, no Paço da Pena, e prolongaram-se até à noite, com um baile de gala na Sala dos Cisnes do Paço de Sintra, ao som de valsas tocadas pela banda de Infantaria 1.
Em 2 de Agosto de 1895, na página 3 do Diário Ilustrado, na secção High Life – o equivalente da época às revistas sociais – a notícia do acontecimento terminava com a lista de presenças, que se estendia por cerca de 50 linhas, e incluía os principais membros da aristocracia, mas também o presidente do Conselho, Hintze Ribeiro, e cinco ministros.
D. Mariana das Dores Palha de Vasconcelos Guedes (de Melo), 4ª condessa de Murça nasceu no dia 26 de Abril de 1856 e faleceu em 1952.
Era filha de D. João José Maria de Melo Abreu Soares de Vasconcelos Brito Barbosa e Palha, o 3.º conde de Murça, e de D. Ana de Sousa Coutinho Monteiro Paim.
Foi dama das rainhas D. Maria Pia e D. Amélia de Orleães e presidente da Associação Protectora das Escolas para Crianças Pobres.
Casou com António Vasco de Melo, 9º Conde de Sabugosa de quem teve os seguintes filhos:
D. António Vasco de Mello da Silva César e Menezes, 12º conde de São Lourenço * 12.10.1876 + Berta Munró dos Anjos
D. Ana de Melo * 24.08.1878
D. Maria do Carmo de Melo * 28.05.1880
D. João de Melo * 15.01.1883
D. Isabel Teresa Jesus de Melo * 12.06.1885 + D. Nuno Miguel de Almada e Lencastre
D. Jorge Maria de Melo, 5º conde de Murça * 05.09.1886 + Fernanda Falcão de Sommer
D. Pedro de Melo * 23.02.1888 + Maria Amélia Ramalho Ortigão
A Família Real Portuguesa à frente de uma pintura da rainha Maria Ana da Áustria, esposa do Rei Dom João V de Portugal, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, Brasil em 2008.
“Saudade, Gratidão. São as duas primeiras palavras, que o coração me dita, ao escrever estas linhas sobre aquele grande Português e amigo admirável, que foi António Vasco, Conde de Sabugosa. Saudade, a mais portuguesa de todas as palavras, ...cheia de sentimento, que tanto significa; palavra que para mim representa, - Portugal!
E o pensar no amigo querido, recordo o passado, com ele vivido desde o meu nascimento; as horas alegres, as horas trágicas, os risos da adolescência, as lágrimas da juventude!
Bem-haja, Amigo, que a meu lado, até à morte, mesmo de longe sempre encontrei, firme como um rochedo, modelo de caracteres, exemplo de dedicações.
Se pode haver uma consolação da minha tristeza, é o poder, publicamente, patentear a minha gratidão à memória daquele que DEUS chamou a SI.
Em tudo, foi António Vasco um verdadeiro Português, fidalgo pelo nascimento, fidalgo pelos seus sentimentos. Para falar dele faltam-me «engenho e arte», mas sobejam-me «Saudade e Gratidão».
Com orgulho posso dizer, que poucos, dos vivos, conheceram tão inteiramente o Conde de Sabugosa: longas conversas durante a «rosa divina» tão portuguesa; o nosso desabafo trazia a talho de foice todos os assuntos; uma correspondência seguida, que ligava a nossa amizade, deram-me o privilégio de poder na verdade apreciar, não só o valor, as qualidades excepcionais, mas a «Ideia» do Conde de Sabugosa. Foi bela essa Ideia, sobre a qual tantas vezes me falou e me escreveu: - Mostrar aos novos, o Passado.
Sabugosa dedicou os últimos anos da sua vida, já doente, à ideia do ressurgimento do nome português, e de tal forma o fez, que dele se pode dizer: Bem serviu e bem honrou a sua Pátria.
Desfez lendas peçonhentas, com colaboração de um outro amigo querido e ilustre homem de ciência, António de Lancastre, e, no seu estilo encantador, fez reviver o Passado, para que sirva de exemplo ao Futuro!
Saudade, Gratidão. Ao terminar, o meu coração dita-me as palavras com que iniciei estas linhas. No primeiro aniversário da morte do grande Português, do Amigo, inclino-me prestando homenagem Àquele que morreu como viveu, tendo sempre como lema a tão bela divisa Portuguesa: «Deus, Pátria e Rei»!
Prova fotográfica montada sobre cartão, representando num cenário campestre três figuras femininas: duas de pé, identificadas como a Rainha D. Amélia e a sua irmã, Princesa Luísa, e uma sentada, correspondente à mãe de ambas, Maria Isabel de Orleães, Condessa de Paris.
Foi captada por ocasião de uma deslocação da família real a Vila Viçosa..
Luís de Vasconcelos e Sousa 6.º conde da Calheta e 3.º conde de Castelo Melhor (1636 - 15 de agosto de 1720) era filho do 2.º conde de Castelo Melhor, D. João Rodrigues de Vasconcelos e de sua mulher D. Mariana de Lencastre e Vasconcelos.
Foi Reposteiro-mor da Casa Real, escrivão da puridade, conselheiro de Estado, primeiro-ministro e valido de D. Afonso VI, e depois do Conselho de Estado de D. João V, senhor de Valhelhas, Almendra e Mouta Santa, alcaide-mor e comendador de Pombal; senhor do condado da Calheta, de que foi o 6.° conde, etc.
Acompanhando seu pai durante a campanha de 1658, mostrou então grande bravura e intrepidez, mas os campos da batalha eram estreito recinto para quem, reconhecendo em si inteligência não vulgar, pensava em subir aos mais elevados cargos do estado, e por isso trocando a vida agitada dos acampamentos pela não menos difícil e espinhosa da câmara do palácio real, tratou de conquistar o valimento do jovem príncipe, que pela morte de D. João IV herdara a coroa portuguesa, mas que se conservava ainda sob o domínio da rainha regente, sua mãe. A grande dificuldade, porém, a vencer, não era só o assenhorear-se do ânimo do futuro monarca, mas em lhe dar força bastante para assumir o poder e em contrariar e desfazer os planos do marquês de Marialva e de outros áulicos, que, tendo grande importância no tempo da regência, se dispunham a conservá-la quando o novo soberano fosse aclamado. Aproveitando habilmente a prisão de António Conti, valido do príncipe, ordenada pela rainha, e valendo-se do auxilio do conde de Atouguia e de outros fidalgos que atraíra ao seu partido, o conde de Castelo Melhor conseguiu levar D. Afonso a um golpe de Estado, e entrando com ele numa liteira foi para a quinta de Alcântara onde o rei mandou chamar toda a nobreza, e expediu a todas as autoridades a comunicação de haver tomado posse do governo. A rainha tentou resistir por boas razões e bons conselhos, mas, reconhecendo as dificuldades da luta entregou definitivamente a seu filho o governo do reino a 29 de junho de 1662, e o conde de Castelo Melhor começou por assim dizer, a ser o verdadeiro rei de Portugal, embora só com o título de escrivão da puridade. Para melhor assegurar o seu domínio, procurou cercar o monarca de pessoas exclusivamente suas, introduzindo no palácio de Corte Real em que vivia o infante D. Pedro, homens da sua completa confiança, para o informarem da intriga que ali se urdia, e desconfiando que a rainha viúva ainda conservava alguma influencia no animo do rei, procurou afastá-la, fazendo com que fosse viver numa quinta no sítio do Grilo.
Quando o conde de Castelo Melhor se viu senhor omnipotente da administração, eram bem críticas e desesperadas as circunstâncias do país. O tratado dos Pirenéus, pelo qual a França nos havia traiçoeiramente abandonado, permitia a Filipe IV voltar contra Portugal todas as forças disponíveis da sua vasta monarquia, e de facto D. João de Áustria, atravessando a fronteira do Alentejo com um grande exército, veio pôr cerco a Évora, tomou essa cidade, e cinco mil castelhanos chegaram até Alcácer do Sal, quase à vista de Lisboa. Em tão graves circunstâncias o novo ministro tornou-se incansável em reunir e organizar novas tropas, em vencer as rivalidades dos generais, e em empregar finalmente todos os elementos para afastar o perigo que ameaçava a nossa independência. Concentrando no Alentejo todos os recursos de que podia dispor, habilitou D. Sancho Manuel a ganhar a vitória do Ameixial, e sem descansar continuou a juntar novas forças e a prestar a maior atenção aos preparativos militares. O conde de Castelo Melhor buscava também o auxílio das cortes estrangeiras, e para estreitar as relações de Portugal e da França, e interessar esta nação nos nossos destinos, tratou de negociar o casamento de D. Afonso VI com uma princesa da família de Luís XIV. Aproveitando o sucesso obtido pelas nossas armas em Montes Claros e a vontade do soberano francês, que se apresentou como medianeiro para ir tratar da paz entre Portugal e Espanha, o conde de Castelo Melhor impôs condições duríssimas para o orgulho espanhol, que não chegaram a realizar-se, mas, enquanto elas duraram, mostrou uma firmeza e energia admiráveis, qualidades que também manifestou depois nas relações que teve com o representante de Luís XIV em Lisboa para se ajustar a liga ofensiva e defensiva entre Portugal e a França. Desejava sinceramente o soberano francês essa aliança, mas queria conservar para si a liberdade de acção e fazer o menor número possível de sacrifícios, ao mesmo tempo que Portugal se empenhasse na luta com todas as suas forças. O conde de Castelo Melhor não acedeu a estes princípios, e conseguiu afinal que se ajustasse a liga com perfeita e completa reciprocidade de direitos e deveres para os dois estados contratantes, embora um deles fosse a poderosa França e o outro a pequena nação cuja independência poucos anos antes estivera ainda em grave risco. O conde pensava, quando se tratasse da paz definitiva, obter alguma porção de Espanha, que anexando-se ao nosso país, alargasse o território de Portugal, ficando pertencendo a este toda a faixa ocidental da península, e tendo o mar por limites ao norte, ao sul e ao ocidente.
O ministro não pôde realizar este grandioso projecto, porque as intrigas contínuas da corte e a vergonhosa trama que tirou a D. Afonso a esposa e o trono, fizeram cair do poder o homem que dirigia os negócios públicos e o governo com tanta fineza e inteligência. Enquanto viveu a rainha D. Leonor de Gusmão, as discórdias entre os dois irmãos conservaram-se quase na sombra, mas apenas faleceu as hostilidades romperam-se abertamente. O conde de Castelo Melhor, receando uma guerra civil que transtornasse os seus planos políticos e que num instante desfizesse as vantagens adquiridas à custa dos trabalhos e sacrifícios de uns poucos de anos, cedeu ás exigências de D. Pedro, mas longe de ficar serenada a tempestade nascente, esta redobrou de intensidade e fervor com a vinda da princesa D. Maria Francisca de Sabóia, escolhida para esposa de D. Afonso VI. Apenas chegou a Portugal, logo a rainha procurou por todos os meios possíveis insinuar-se no ânimo do monarca, seu marido, e como o escrivão da puridade, não só por ciúme mas porque não queria ver o país sujeito completamente à vontade de Luís XIV, tratou do estorvar esses desejos, donde se originou a decidida inimizade entre a soberana e o ministro, que ao princípio se conservou encoberta, mas que dentro em pouco se manifestou clara a abertamente, apesar do astuto diplomata evitar com a maior diligência, que a rainha tivesse motivo para se queixar do seu procedimento.
A injustificada exigência feita pela rainha a seu marido, para demitir o secretário de Estado António de Sousa de Macedo, exigência que não foi satisfeita por conselho do conde de Castelo Melhor, forma o primeiro acto do drama tristíssimo e indecoroso em que a rainha e o infante representaram os principais papéis. As intrigas prosseguiram, dando o resultado bem conhecido da deposição do monarca, da subida de D. Pedro ao trono, o casamento com sua cunhada, e a demissão do ministro. O conde de Castelo Melhor saiu então do reino, a depois de ter viajado pela França a pela Itália, fixou a sua residência em Londres em 1677, e tais serviços prestou à rainha D. Catarina de Bragança, mulher de Carlos II, e irmã de D. Pedro, que esta conseguiu que o conde regressasse ao reino em 1685, indo residir então para Pombal, onde permaneceu até 1687, ano em que lhe foi permitido voltar a Lisboa. Mais tarde, D. João V readmitiu-o no conselho do Estado.
O conde de Castelo Melhor era casado com D. Guiomar de Távora, viúva de D. .Jorge de Ataíde, 3.º conde de Castro de Aire, filha e herdeira de Bernardim de Távora, reposteiro-mor, senhor das ilhas do Fogo, Santo Antão e Santa Maria, comendador de Santa Maria de Cacela na ordem de Cristo, e de sua mulher, D. Leonor de Faro, filha do conde de Faro, D. Estêvão de Faro.
António Cavide foi escrivão da puridade de D. João IV, e homem muito da sua confiança.
Já o servia antes da sua aclamação, e quando subiu ao trono, um dos primeiros cuidados de D. João IV foi nomeá-lo, ainda em 1640, escrivão da câmara para servir no Desembargo do Paço. Teve uma comenda da Ordem de Cristo, a de S. Pedro de Babe, e serviu também o cargo de monteiro do rei.
Foi casado com D. Maria de Castro, senhora de alta nobreza. Jazem ambos na sacristia da igreja de N. Sr.ª da Penha de França, em Lisboa. Foi António Cavide quem contribuiu para a construção da igreja, que até então não passava de uma pequena capelinha.