O Rei D.Fernando II ( viúvo da Rainha D Maria II) ,sentado ao centro da foto acompanhado por sua segunda esposa a Condessa de Edla,por seu filho D.Augusto (também sentado) e por algumas outras pessoas. Sintra 1873
O Rei D. Manuel II sempre manteve uma relação de muita amizade e cumplicidade com a Condessa d’Edla, como se depreende pelas cartas, visitando-a no seu adorado chalet, que continuou a utilizar até pelo menos 1910. Após o Regicídio, numa carta datada de 19 de Junho de 1908, assinala o pesar pela tragédia ocorrida: Na nossa querida Pena era impossível imaginar uma desgraça destas – nunca mais haverá a tranquilidade de outrora mas mesmo assim poderíeis usufruir aqui do melhor lugar, creio eu (…) e poderei encontrar V. Majestade e o querido reizinho na Pena (…)5. Em Novembro de 1909, D. Manuel fez uma visita à Condessa: Escrevi ao rei para lhe desejar uma boa viagem (…) 6 de Nov. Para minha grande surpresa, tive hoje a visita do Rei! Disse-me que tinha preferido responder à minha carta com uma visita. Pobre criança! Tão bom, tão simpático! Que Deus lhe dê melhor sorte! Ele vai amanhã de viagem para Espanha, Inglaterra e Paris. Beijou-me como se, de facto eu fosse a sua avó. Disse-me que tinha imensas saudades e que era verdadeiramente meu amigo. Esta visita emocionou-me tanto que me senti mal duas vezes por causa dos meus achaques. (…) A nossa conversa surou meia hora ou mais, mas sendo algo confidencial não a posso confiar a estes papéis6.
D. Carlos com 4 anos, fardado com o uniforme do Regimento de Lanceiros II in «D. Carlos, História do seu reinado» de Rocha Martins, edição portuguesa de A. B. C. de 1926.
Das poucas informações que se sabe sobre os primeiros anos de vida do Rei D.Pedro I, sabe-se que a sua ama foi D.Leonor. Embora não existam muitas informações sobre ela.
Normalmente, as amas eram senhoras viúvas escolhidas pelas rainhas de entre as suas damas, para cuidarem dos príncipes e princesas logo que nascessem.
Ajudantes dos pais na criação e educação das crianças, as amas deviam ser sãs, de bons costumes e de boa linhagem, já se afirmava na Segunda Partida.
Muitas vezes, estas amas continuariam a viver na casa dos seus infantes quando estes se tornavam reis e/ou casavam até morrerem. De acordo com a biografia e a chancelaria de D. Pedro, Dona Leonor Vicente terá sido ama de D. Pedro.
Deduz-se que esta dama pertencesse à casa da rainha Dona Beatriz, pois quando Pedro tinha seis anos passa a ser sua ama.
Somente se encontram duas menções a Dona Leonor: na chancelaria do rei D. Pedro e outra na biografia do mesmo rei: Cristina Pimenta, na biografia, somente refere que esta dama era ama do príncipe D. Pedro.
Na Chancelaria de D. Pedro I, Dona Leonor é referida simplesmente numa doação de outra pessoa: “huas casas que del trazia dona lionor sua ama.