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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Seg | 19.10.20

Martinho de Mascarenhas, 3.º Marquês de Gouveia, Mordomo-Mor da Casa Real

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Martinho de Mascarenhas (? — 9 de março de 1723), 3.º Marquês de Gouveia e 6.º Conde de Santa Cruz, foi um aristocrata português que se notabilizou na corte do rei D. João V de Portugal, onde exerceu grande influência política.

O seu pai, o 4.º conde de Santa Cruz, casara com D. Juliana de Lencastre, irmã do 2.º Marquês de Gouveia D. João da Silva, morto sem herdeiros: eram filhos do 1.º Marquês de Gouveia e 6.º conde de Portalegre D. Manrique da Silva e de sua 3.ª mulher, D. Maria de Lencastre, filha do 3.º duque de Aveiro. D. Martinho era assim filho do 4.º conde de Santa Cruz e irmão do 5º conde, morto sem herdeiro. Morreu em 9 de março de 1723 e foi mordomo-mor de D. Pedro II e de D. João V. Foi do Conselho de Estado, senhor de Lavre, Estepa, Santa Cruz e Lajes, e das ilhas de Santo Antão, Flores e Corvo, com todas as suas jurisdições, comendador de Mértola na Ordem de Santiago, e de Mendo Marques e Vargem na Ordem de Cristo, alcaide-mor dos castelos de Mértola, Grândola, Alcácer do Sal.

O título de Gouveia lhe foi renovado por carta de 17 de janeiro de 1714, de D. João V, com tratamento e honras de parente.

Casou em 2 de junho de 1698 com D. Inácia Rosa de Távora, filha do 2º Marquês de Távora. A qual, enviuvando, professou no mosteiro da Luz.

Seu filho, D. João Mascarenhas, herdou o título.

Seg | 19.10.20

O Processo do Rei

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Filme do cineasta português João Mário Grilo com Carlos Daniel, Aurelle Doazan e Antonino Solmer, que retrata o processo que levou à destituição do Rei D. Afonso VI

Portugal oferecia neste tempo um estranho espectáculo à Europa. D. Afonso, filho do feliz D. João de Bragança, reinava, era louco e imbecil. A mulher, filha do Duque de Nemours, prima de Luís XIV, ousou conceber o projeto de destronar o marido. A estupidez do rei justificou a audácia da rainha. Apesar de ser senhor de uma força muito além do normal, de ter dormido durante muito tempo com a mulher, foi por ela acusado de impotência, e tendo Marie Françoise adquirido no reino, pela habilidade, o que Afonso tinha perdido pelo furor, fê-lo aprisionar (Novembro 1677) e depressa obteve de Roma uma bula que lhe confirmou a virgindade e lhe abençoou o casamento com o cunhado, Pedro.

O rei Luís XIV de França (1638-1715) decide que deverá ser uma francesa, Maria Francisca de Sabóia (1646-1683), a tornar-se na esposa do débil rei de Portugal, Afonso VI (1643-1683). Espera deste modo conseguir encontrar um aliado para a guerra contra a Espanha. O problema é que Afonso é um militar incapaz e um soberano medíocre que deixa o ministro Castelo Melhor governar no seu lugar. A rainha está bastante descontente com a situação e o seu irmão, D. Pedro (1648-1706), está à espera de uma oportunidade para suceder ao trono. Luís XIV decide enviar um emissário, Monsieur de Preyssac, para relembrar Afonso dos seus deveres como aliado. Só que o monarca não tem em conta o aviso. Entretanto, com a cumplicidade da rainha, o enviado do Rei Sol tenta desacreditar o soberano português acusando-o de impotência sexual. Constitui-se assim um tribunal de urgência para julgar o rei e são chamadas a depor uma série de mulheres. Como todos os testemunhos coincidem chega-se a um veredicto: o rei será deposto. Condenado e preso, Afonso abdica a favor do irmão que contrai matrimónio com Maria Francisca.