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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Qua | 17.11.21

Na CARAS desta semana, Duques de Bragança contam como se adaptam à independência dos filhos

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Discretos na sua maneira de estar, D. Duarte e D. Isabel de Bragança poucas vezes dão entrevistas. Contudo, recentemente, posaram com Afonso, de 25 anos, Maria Francisca, de 24, e Dinis, de 22, revelando-se um casal unido e com uma grande proximidade com os filhos.

Esta sessão fotográfica foi também uma oportunidade para que o duque de Bragança, de 76 anos, nos desse declarações sobre a família feliz que começou a construir no dia 13 de maio de 1995, data em que o seu casamento com D. Isabel de Herédia, hoje com 54 anos, foi celebrado no Mosteiro dos Jerónimos, na presença de representantes de várias casas reais europeias com as quais têm laços familiares.

Fonte: https://caras.sapo.pt/famosos/2021-11-17-na-caras-desta-semana-duques-de-braganca-contam-como-se-adaptam-a-independencia-dos-filhos/

Qua | 10.11.21

Família Real Portuguesa visitou Exposição no Palácio da Ajuda

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O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio de Bragança, visitou a exposição temporária “D. Maria II. De Princesa Brasileira a Rainha de Portugal (1819 – 1853)”, acompanhado de sua mulher D. Isabel, dos filhos e dos primos. 

A visita guiada à exposição patente na Galeria de Pintura Rei D. Luís I do Palácio da Ajuda, foi conduzida pelo Dr. José Alberto Ribeiro, Director do Monumento, que explicou aos Duques de Bragança e seus filhos D. Afonso, Príncipe da Beira e D. Maria Francisca, Duquesa de Coimbra, a história das peças expostas que incluem a Coroa Real, o Cetro e o Trono mandados fazer para a Coroação da Rainha D. Maria II. 
É de recordar que as Fundações D. Manuel II e Oureana mantêm Protocolos com o Palácio Nacional da Ajuda para conservação, consultaria e divulgação de património.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: https://www.fundacaooureana.pt/
Seg | 08.11.21

Biografias - Afonso de Avis e Trastâmara

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Afonso de Portugal ou Afonso de Avis e Trastâmara (Évora, 23 de Abril de 1509 – Lisboa, 21 de Abril de 1540) foi o sexto filho do rei Manuel I de Portugal e da sua segunda esposa Maria de Aragão, sendo o quarto filho varão do casal após o príncipe D. João (futuro D. João III), o infante D. Luís, Duque de Beja, e o infante D. Fernando, Duque da Guarda; por esse motivo, foi desde cedo destinado por seu pai para a vida religiosa, tendo sido cumulado de benefícios eclesiásticos, tendo sido sucessivamente feito (mesmo não tendo ainda a idade legal para o exercício dessas dignidades) bispo da Guarda, cardeal-infante, bispo de Viseu, bispo de Évora e, por fim, arcebispo de Lisboa.

Educado na corte portuguesa, estudou humanidades, grego e latim sob a direcção dos mestres Aires de Figueiredo Barbosa e André de Resende.

Com apenas três anos de idade, em 1512, o seu pai D. Manuel tentou fazê-lo cardeal; contudo, o Papa Júlio II negou-lhe a pretensão, por não ser conforme às leis canónicas, segundo as quais só podia ser eleito cardeal homem com não menos de 30 anos de idade. Conseguiu, no entanto, que o Papa designasse o jovem infante como protonotário apostólico no reino de Portugal.

D. Manuel conseguiu também elevá-lo a bispo da Guarda, com apenas sete anos de idade, em 9 de Setembro de 1516; obteve dispensa papal para o exercício do cargo por não ter atingido ainda a idade canónica para a prelatura. Embora não desempenhasse qualquer acção pastoral, recebia as rendas do respectivo bispado.

Na sequência da grandiosa embaixada liderada por Tristão da Cunha que em 1514 D. Manuel enviou ao Papa Leão X, e que muito impressionada deixou a Cúria Romana, o rei português voltou a propor o filho para o cardinalato. O Papa viria enfim a aceder ao pedido do monarca português, tendo-o criado cardeal no quinto consistório do seu pontificado, em 1 de Julho de 1517 (o qual foi o maior consistório da história da Igreja Católica até então, tendo sido criados 31 cardeais, recorde somente superado pelo consistório convocado pelo Papa Pio XII em 18 de Fevereiro de 1946 ter feito 32 cardeais), com o título de cardeal-diácono de Santa Lúcia in septisolio; no entanto, o título foi-lhe concedido apenas sob condição de não lhe ser entregue o barrete cardinalício até o jovem infante atingir os dezoito anos de idade; não obstante, em Portugal, foi sempre tratado e reverenciado como cardeal, mesmo antes de o título ter sido oficializado.

Entretanto, foi designado pelo monarca como abade de Alcobaça, e abade comendatário do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e do Convento de São João de Tarouca.

Em 23 de Fevereiro de 1519, renunciou ao episcopado da Guarda, sendo no mesmo dia transferido para a diocese de Viseu, de novo com dispensa por não ter ainda atingido a idade canónica.

Em 20 de Fevereiro de 1523, com apenas catorze anos, por morte do arcebispo D. Martinho da Costa, foi promovido a arcebispo de Lisboa pelo Papa Adriano VI, a súplicas de João III de Portugal, seu irmão; de igual modo, foi-lhe oferecido o governo do bispado de Évora (em sede vacante desde o ano transacto), acumulando as duas sés até à sua morte. Uma vez mais, foi-lhe conferida dispensa especial por não dispor ainda da idade canónica para presidir a uma diocese.

Designou como seu vigário na arquidiocese lisboeta o deão da Sé, Fernão Gonçalves, que conduziu os assuntos pastorais durante a sua menoridade. Fixou a sua residência habitual na cidade que o vira nascer – Évora – tal como depois o irmão mais novo, também devotado à carreira eclesiástica – o cardeal-infante D. Henrique – viria a fazer.

Cardinalato:

Em 6 de Julho de 1525, contando apenas dezasseis anos, recebeu enfim, em Almeirim, o barrete cardinalício, e dez anos mais tarde, a 6 de Julho de 1535, o pálio, fazendo-se enfim sagrar arcebispo de Lisboa.

Um mês volvido, alterou o seu título de cardeal de Santa Lúcia in septisolio pelo de São João e São Paulo (13 de Agosto de 1535).

A 25 de Agosto de 1536, celebrou um sínodo da arquidiocese de Lisboa, no qual tomou duas importantes decisões: a de instituir na arquidiocese livro de registo de baptismos (medida que mais tarde viria a ser adoptada pelo Concílio de Trento), e a de substituir o rito da Igreja de Salisbury (pelo qual a igreja lisboeta se regia desde a reconquista da cidade em 1147 e a restauração da sua diocese na pessoa do inglês Gilberto de Hastings) pelo rito romano, como resposta ao Acto de Supremacia pelo qual Henrique VIII de Inglaterra criava a Igreja de Inglaterra, desligada da obediência ao Papa (tendo esta medida sido autorizada por bula de Paulo III de 9 de Dezembro de 1538).

De resto, o seu receio pelas ideias reformistas que se divulgavam pela Europa levou-o a ordenar que todos os impressores e livreiros da capital apresentassem ao teólogo Álvaro Gomes os catálogos dos livros que imprimiam/vendiam, para que este seleccionasse quais os volumes que podiam conter heresias (sobretudo os que fossem oriundos da Alemanha), proibindo a sua venda e circulação, num prenúncio do que viria a ser a Inquisição.

Faleceu em Lisboa (embora outras fontes o afirmem falecido em Évora), em 21 de Abril de 1540, dois dias antes de completar os trinta e um anos. Foi primeiramente sepultado na Sé de Lisboa, tendo mais tarde o seu corpo sido trasladado para o Panteão Real no Mosteiro dos Jerónimos, onde repousa junto dos outros príncipes da Casa Real de Avis-Beja.

Dom | 07.11.21

Lançamento do livro "Memórias dum Roialista"

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A JMP anuncia para o próximo dia 11 de Novembro, quinta-feira pelas 18:30 o lançamento do livro "Memórias dum Roialista" da autoria de Tomás Moreira, uma obra ilustrada que dá testemunho dos cerca de 30 anos que o autor dedicou ao serviço da Causa Real.
A obra será apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e o evento terá lugar na Sala do Arquivo dos Paços do Conselho da Câmara Municipal de Lisboa, contando com a presença dos Duques de Bragança.
O livro, agora publicado pela chancela Razões Reais da Real Associação de Lisboa, tem 270 páginas, numa edição de 300 exemplares numerados, inclui um prefácio de Augusto Ferreira do Amaral e estará à venda no local, com o preço especial de 20,00 €.
Sab | 06.11.21

Biografias - Fernando de Portugal, Duque da Guarda

Blog Real

Fernando, Infante de Portugal, 1º Duque da Guarda, Duque de Trancoso e Senhor de Abrantes (Abrantes, 5 de junho de 1507 – Abrantes, 7 de novembro de 1534) foi um Infante de Portugal, filho do Rei Manuel I e da sua segunda esposa, a Rainha Maria de Aragão e Castela.

Foi feito Duque da Guarda e de Trancoso, e Senhor de Abrantes ainda bastante jovem, e recebeu as rendas de diversas vilas portuguesas, como Alfaiates, Sabugal, Abrantes, Lamego e Marialva.

Casou em 1530 com Guiomar Coutinho, 5ª Condessa de Marialva e 3ª Condessa de Loulé, tendo do enlace nascido dois filhos, um morto à nascença, e outra, de nome Luísa.

Fernando faleceu em Abrantes em 1534, sendo sepultado na Igreja de São Domingos daquela cidade. Filipe I de Portugal fez trasladar os restos mortais do Infante para os Mosteiro dos Jerónimos.

Manuel de Faria e Sousa na sua Europa Portuguesa afirma que D. João III o criou Duque de Trancoso aquando do seu casamento com D. Guiomar Coutinho, em 1530, sem referir a criação do título de Duque da Guarda. D. António Caetano de Sousa na sua História Genealógica da Casa Real Portuguesa afirma que não se encontra registo dessa mercê, considerando a afirmação de Faria e Sousa equivocada, por troca com o Ducado da Guarda efectivamente criado nessa ocasião pelo mesmo soberano, e do qual existe registo.

Já António Lourenço Caminha afirma, em obra de 1807, que o Infante D. Fernando era titulado como Duque da Guarda e de Trancoso, e Senhor de Abrantes.

O Infante D. Fernando manifestou um grande interesse pelas letras e por História. Procurou recolher informações para fazer uma enorme árvore genealógica, desde Noé, conforme é documentado por Damião de Góis:

«Este Infante D. Fernando, assim na mocidade, como depois de ser homem feito, foi homem de bom parecer e bem disposto, muito inclinado a letras, e dado ao estudo das Historias verdadeiras e inimigo das fabulosas, e por haver as verdadeiras trabalhava muito, do que eu sou testemunha, porque estando em Flandres, em serviço del Rei D. João terceiro, seu irmão, me mandou pedir todas as crónicas que se pudessem achar escritas de mão, ou imprimidas, em qualquer linguagem que fosse, as quais lhe mandei todas. E por tirar a limpo as crónicas dos Reis de Espanha desde o tempo de Noé, até o seu, despendeu muito com homens doutos, a que dava ordenados e tenças, e fazia outras mercês; e me mandou um desenho da árvore e tronco de toda esta progénie, desde o tempo de Noé, até o del Rei dom Manuel seu pai, para lhe mandar fazer de iluminura, pelo maior homem daquela arte que havia em toda Europa, por nome Simão, morador em Bruges, no condado de Flandres. Na qual árvore e outras coisas de iluminura, despendi per sua conta uma grande soma de dinheiro

Uma parte desta grande iluminura atribuída a António de Holanda e a Simão Bening pode ser vista no Museu Britânic.

Túmulo de D. Fernando na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos

Casamento e filhos:

Em 1530 casou-se com Guiomar Coutinho , 5ª Condessa de Marialva e 3ª Condessa de Loulé , herdeira rica de uma família nobre portuguesa. O casamento foi arranjado pelo rei D. João III de Portugal , irmão mais velho de Fernando. O casal se estabeleceu em Abrantes, onde nasceram seus dois filhos que morreram na infância:

  • Luísa de Portugal (1531 - 3 de outubro de 1534);
  • Filho sem nome (1 de agosto de 1533), morreu logo após seu nascimento.

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