D. António de Portugal (Lisboa, 9 de março de 1539 - Lisboa, 20 de janeiro de 1540), foi um Infante de Portugal, nono e último filho do rei João III de Portugal e de Catarina de Áustria.
Nasceu no Paço da Ribeira, em Lisboa, a 9 de março de 1539. Foi baptizado pelo seu tio o Cardeal Afonso de Portugal no Hospital Real de Todos os Santos, que para esse fim foi adornado de ricas tapeçarias, tendo por compadres os infantes Luís e Henrique e por comadre a infanta Maria, todos seus tios. Levou-o à pia baptismal o infante Duarte, também seu tio. Foram encarregues das insígnias Teodósio I, 5.º duque de Bragança, que levava o saleiro, João de Lencastre, 1.º duque de Aveiro que levava o círio pascal e Pedro de Meneses, 3.º marquês de Vila Real que levava a oferta.
Seguiram-se vários festejos, incluindo touradas no Rossio à hora de nascimento do infante às custas do seu tio Duarte, dilatando-se estas festividades até tão tarde que chegou a incomodar à rainha Catarina, que, por se aproximar a Semana Santa, considerou ser tempo indecente para coisas daquela qualidade.
O contento que tinha tido o rei pelo nascimento deste filho foi rapidamente anulado devido à subsequente morte do filho, o príncipe Filipe, falecido a 29 de abril seguinte e da irmã, a imperatriz Isabel de Portugal, falecida a 1 de maio, factos que mergulharam a Corte e o Reino em profundo luto e consternação.
Faleceu no mesmo paço onde nasceu, a 20 de janeiro de 1540, com apenas 10 meses de vida, vítima de epilepsia. Finalizadas as cerimónias fúnebres, foi o seu corpo acompanhado ao anoitecer do mesmo dia pelo deão da Capela Real, arcebispo do Funchal, bispos do Algarve e de Lamego, marquês de Vila Real, condes de Linhares, Portalegre, Castanheira e Redondo e demais fidalgos da Corte ao Mosteiro dos Jerónimos, onde foi sepultado. Jaz no mesmo túmulo onde repousa o seu irmão Dinis, podendo ler-se o seguinte epitáfio em latim: «Immatura Antonius, & Dionysius Infans, Morte sub hoc pressi marmore membra tenent. At velut Empyreum florum exornantia dono, Gratus uterque suo vivit odoré Deo», que se poderá traduzir em português para «A morte prematura dos infantes António e Dinis seguram os membros deste mármore. Mas como um empíreo com lindas flores, cada um deles vive do odor da própria gratidão a Deus.»
João Manuel, príncipe herdeiro de Portugal, (Évora, 3 de junho de 1537 — 2 de janeiro de 1554) foi o oitavo filho do rei D. João III e da sua mulher, a rainha D. Catarina de Áustria.
D. João Manuel nasceu a 3 de junho de 1537 no Palácio de Dom Manuel e tornou-se herdeiro do trono de Portugal em 1539. Sobreviveu aos seus quatro irmãos mais velhos que morreram na infância, mas ele era um adolescente doentio. Acredita-se que os sucessivos casamentos entre as casas da Espanha e de Portugal tenham alguma responsabilidade por sua saúde precária. Em 1552 ele se casou com a princesa Joana de Áustria, outra princesa espanhola, sua prima direita pelos lados paterno e materno, pois seus pais eram primos direitos, netos dos reis católicos. Joana era filha do imperador Carlos V, irmão da rainha D. Catarina, e Isabel de Portugal irmã de seu pai o rei João III.
D. João Manuel morreu do que as fontes chamam de consumo, que pode se referir à tuberculose, em 2 de janeiro de 1554, mas alguns historiadores acreditam que sua morte ocorreu como resultado de diabetes, uma doença que ele pode ter herdado de seu avô materno Filipe I. Dezoito dias depois nasceu um filho póstumo do seu casamento: o futuro rei D. Sebastião I de Portugal.
Foi sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.
Descendência:
De seu casamento com sua prima, Joana de Áustria, Princesa de Portugal, tiveram um único filho:
D. Sebastião de Portugal (1554 – 1578), rei de Portugal; nunca se casou e nem teve filhos.
D. Dinis de Portugal (Évora, 26 de abril de 1535 - Évora, 1 de janeiro de 1537), foi um Infante de Portugal, sétimo filho do rei João III de Portugal e de Catarina de Áustria.
Nasceu no Paço de São Francisco, em Évora, onde então se encontrava a Corte, a 26 de abril de 1535. Foi baptizado a 3 de maio, pelo seu tio o Cardeal Afonso de Portugal na Capela Real do mesmo paço, tendo por compadres os infantes Luís e Henrique, seus tios e Teodósio I, 5.º duque de Bragança. Levou-o à pia baptismal o duque de Bragança. Foram encarregues das insígnias Rodrigo de Melo, 1.º marquês de Ferreira, que levava o saleiro, Francisco de Paula de Portugal e Castro, 1.º conde de Vimioso, que levava o círio pascal e Álvaro da Silva, 3.º conde de Portalegre, que levava a oferta.
Faleceu no mesmo paço onde nasceu, a 1 de janeiro de 1537, com apenas 1 ano e 8 meses de vida, estando a sua mãe grávida de seu irmão, o infante João Manuel. Foi sepultado no Mosteiro dos Jerónimos. Jaz no mesmo túmulo onde repousa o seu irmão António, podendo ler-se o seguinte epitáfio em latim: «Immatura Antonius, & Dionysius Infans, Morte sub hoc pressi marmore membra tenent. At velut Empyreum florum exornantia dono, Gratus uterque suo vivit odoré Deo», que se poderá traduzir em português para «A morte prematura dos infantes António e Dinis seguram os membros deste mármore. Mas como um empíreo com lindas flores, cada um deles vive do odor da própria gratidão a Deus.»
D. Filipe de Portugal (Évora, 25 de março de 1533 - Lisboa, 29 de abril de 1539), foi um Infante de Portugal e depois Príncipe herdeiro de Portugal, sexto filho do rei João III de Portugal e de Catarina de Áustria.
Nasceu no Paço de São Francisco, em Évora, onde então se encontrava a Corte, a 25 de março de 1533. Segundo o cronista de João III, Francisco de Andrada, não constavam informações acerca do seu baptismo em nenhuma escritura, que, provavelmente, terá ocorrido na Capela Real do mesmo paço.
Com a morte do seu irmão mais velho, o príncipe Manuel, a 14 de abril de 1537, foi jurado Príncipe herdeiro de Portugal.
Faleceu no Paço da Ribeira, em Lisboa, a 29 de abril de 1533, com apenas 6 anos de idade, facto que mergulhou a Corte e o Reino em profundo luto e consternação e, em especial, os monarcas, que no jovem príncipe tinham boas esperanças de sucessão. Finalizadas as cerimónias fúnebres, foi o seu corpo acompanhado ao anoitecer do mesmo dia pelo deão da Capela Real, duque de Bragança, marquês de Vila Real, arcebispos, bispos e demais fidalgos e sacerdotes da Corte com grande quantidade de tochas acesas ao Mosteiro dos Jerónimos, onde foi sepultado. No dia seguinte, o rei permaneceu retirado e sozinho, ordenando que não se mudasse o vestuário, chegando-lhe a notícia da morte da sua irmã, a imperatriz Isabel de Portugal, três dias depois. Por sua morte, o título de príncipe herdeiro recaiu sobre o seu irmão mais novo, o infante João Manuel.
Jaz no mesmo túmulo onde repousa o seu irmão Afonso, podendo ler-se o seguinte epitáfio em latim: «Cernitur hoc duplici lacrymari Principe marmor, Durior heu teneris marmore Parca tulit. Ah! Puer Alfonsus latet hîc sociante Philippo, Proh Regum soboles, quàm attenuata jaces!»
D. Manuel de Portugal (Alvito, 1 de novembro de 1531 - Évora, 14 de abril de 1537), foi um Infante de Portugal e depois Príncipe herdeiro de Portugal, quinto filho do rei João III de Portugal e de Catarina de Áustria.
Nasceu no Castelo de Alvito, onde então se encontrava a Corte, a 1 de novembro de 1531. Foi-lhe posto o nome de Manuel, em homenagem ao avô paterno, o rei Manuel I. Por ter nascido com débil saúde e muito fraco, foi baptizado logo à nascença por perigo de vida e oficialmente onze dias depois, pelo capelão-mor e bispo de Lamego Fernando de Meneses Coutinho e Vasconcelos. Levou-o à pia baptismal o infante Luís, seu tio. Foram encarregues das insígnias o infante Fernando, também seu tio, que levava o saleiro, Teodósio I, 5.º duque de Bragança, que levava a oferta e o círio pascal e Rodrigo de Melo, 1.º marquês de Ferreira, que levava a fogaça.
Tendo em conta o prematuro falecimento do seu irmão mais velho, o príncipe Afonso e o facto de ocupar o lugar de princesa herdeira a sua irmã Maria Manuela, enquanto varão, Manuel foi jurado Príncipe herdeiro de Portugal a 13 de junho de 1535, em Évora. Naquele dia, o rei assistiu com toda a Corte a uma missa pontifical, presidida pelo bispo de Lamego, que crismou de seguida o príncipe Manuel e a sua tia, a infanta Maria.
A cerimónia de juramento foi descrita pormenorizadamente por Francisco de Andrada e, posteriormente, por António Caetano de Sousa. Naquele ato esteve presente todo o clero, nobreza e povo. Além dos monarcas e das infantas Maria e Maria Manuela, estiveram presentes o duque de Bragança, que serviu de Condestável, o núncio do Papa, o embaixador de Castela, as damas e moços fidalgos, o conde de Vimioso, que foi mordomo-mor do príncipe, o Cardeal Afonso e os infantes Luís, Henrique e Duarte, seus tios, o secretário António Carneiro, Francisco de Melo, mestre em Teologia, Gonçalo Vaz, procurador da cidade de Lisboa e doutor em Leis, Guiomar Coutinho, o marquês de Ferreira e os condes de Portalegre, Feira, Prado, Castanheira e Vidigueira, os procuradores do conde de Linhares, os procurados dos prelados ausentes, os bispos de Coimbra, Viseu, Silves, Guarda e outros.
Faleceu no Paço de São Francisco, em Évora, a 14 de abril de 1537, com apenas 5 anos de idade, três meses após a morte do seu irmão Dinis e estando a sua mãe grávida de outro irmão, o infante João Manuel. Foi sepultado no Mosteiro dos Jerónimos. Por sua morte, o título de príncipe herdeiro recaiu sobre o seu irmão mais novo, o infante Filipe.
Jaz no mesmo túmulo onde repousa o irmão João Manuel, podendo ler-se o seguinte epitáfio em latim: «Hîc partitur lethi Joannes vulnera Princeps, Et puer, & Princeps, proh dolor! Emmanuel Joannes uno multos haerede reliquit, Unos pro multis namque Sebastus erat.»
Beatriz, Infanta de Portugal (15 de fevereiro de 1530 – 16 de março de 1530) foi uma filha do Rei João III de Portugal e Catarina da Áustria. Faleceu com um mês de idade.
Isabel, Infanta de Portugal (28 de abril de 1529 – 22 de maio de 1530) foi uma filha do Rei João III de Portugal e Catarina da Áustria. Faleceu com um ano de idade.