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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Dom | 29.05.22

Escritos do Rei D.Pedro V

Blog Real
Em Abril de 1886, 25 anos após o Seu falecimento, abriam-se os apartamentos d’El-Rei Dom Pedro V no Palácio das Necessidades.
O óbito de D. Pedro V consternara profundamente o Povo Português - a quem dera Esperança e alento, novamente, para se Cumprir Portugal -, e a Europa monárquica em geral.
Acompanhado dos áulicos, El-Rei Dom Luís I - a quem cumprira reinar depois da morte do amantíssimo irmão – rodou a chave do quarto de Dom Pedro e foi invadido pelo cheiro a mofo saído de outra época. Sobre um cabide repousava o manto real do Rei de cujus afastando qualquer dúvida de quem tinha sido o real ocupante daqueles aposentos.
Então, Dom Luís dirige-se à secretária do irmão, começa a abrir as gavetas e resgata do oblívio a sabedoria em forma de ‘Escritos’ d’El-Rei Dom Pedro V.
‘Enquanto qualquer reforma útil tenha de depender forçosamente de considerações pessoais, as mais das vezes prejudicialíssimas para o bem público, nunca faremos coisa capaz, e nunca resolveremos satisfatoriamente as grandes questões económicas de que depende o nosso bem-estar’; ‘O espírito utilitário do nosso século abaixa o nível das ideias do homem, e produz a enfeudação do espírito à matéria.’, escreveu, entre milhares de páginas, El-Rei Dom Pedro V de Portugal.
Numa escrita quase mecanográfica, pérolas de sabedoria saíam dos imensos cadernos de Dom Pedro V, pois nunca um Rei fora tão preparado para reinar, instruído numa noção voluntarista de governação e em prol do bem da coisa comum. Monarca infatigável e meticuloso dedicava-se afincadamente no governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas e o impacto delas.
Miguel Villas-Boas - Plataforma de Cidadania Monárquica
Dom | 29.05.22

Descrição das celebrações do Natal no Paço da Ajuda no tempo de El Rei Dom Luiz I e da Rainha Dona Maria Pia

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Uma descrição das celebrações do Natal no Paço da Ajuda no tempo de El Rei Dom Luiz I e da Rainha Dona Maria Pia:
 
"Os convites, feitos em nome do Príncipe Real e de Seu Irmão o Infante D.Affonso, eram mandados aos filhos das pessoas da Côrte, da casa militar, dos ministros d'Estado e do Corpo Diplomático. Neste anno houve duas árvores de Natal às quaes assisti. Uma delas foi de tarde, mas a outra foi à noite, depois do jantar.
 
As creanças, levadas pelos Paes, juntavam-se na grande salla d'espera que se segue à Salla chamada dos Archeiros. Estou a ouvir a algazarra da pequenada impaciente, e a ouvir também a exclamação de toda ella quando o Visconde de Mossamedes de cara amável abria de par em par as portas da salla do Conselho d'Estado, onde estava toda a Família Real.
 
No meio via-se um enorme pinheiro illuminado e cheio de presentes. Uma onda de creanças invadia a salla com fúria, e era tal o deslumbramento de todas ellas, que nos primeiros minutos se calavam, para depois recomeçarem em gritaria reforçada. Restabelecida com difficuldade a ordem, começava a distribuição dos presentes.
 
De uma vez tive um uniforme de hussard, e d'outra uma caixa de jogos da qual ainda conservo restos, e já la vae mais de meio século. Além do presente grande, cada pequenino convidado levava para casa uma carregação de rebuçados, chocolates e canudos de confeitos.
 
A festa acabava por um jantar, ou ceia, na Salla de Mármore, sob presidência dos dois filhos d'El-Rei. A mesa tinha ao centro uma fonte de água corrente. Serviam muitos creados fardados.
 
As famílias encostadas às paredes estavam encantadas com a felicidade dos respectivos meninos, a Rainha (Dona Maria Pia) não parava, sempre a chegar-se aos convidados dos filhos para ver se estavam contentes."
 
( Memórias do Professor Thomaz de Mello Breyner - 4º Conde de Mafra )
 
por José Tomaz Mello Breyner no Facebook
 
Fonte: https://causareal.blogspot.com/2011/12/natal-no-palacio-da-ajuda.html 
Sab | 28.05.22

Museu do Tesouro Real vai ser inaugurado a 1 de Junho

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O Museu do Tesouro Real vai ser inaugurado no próximo dia 1 de Junho, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, marcando a conclusão de uma obra com 226 anos, que irá receber mil jóias da coroa portuguesa. A data da inauguração tinha ficado adiada para depois das eleições legislativas de 30 de Janeiro, como noticiou o PÚBLICO, depois de ter estado inicialmente prevista para Novembro de 2021.

A informação foi divulgada esta quarta-feira pelos promotores do projecto, que envolve a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e o município.

Segundo a apresentação do projecto feita em Junho do ano passado, o novo museu nacional funcionará dentro de uma caixa-forte com alta segurança, dentro do edifício então acabado, mas totalmente separado das duas torres laterais, criadas para aumentar as acessibilidades do Palácio da Ajuda.

Fonte: https://www.publico.pt/2022/05/25/culturaipsilon/noticia/museu-tesouro-real-vai-inaugurado-1-junho-2007598 

Sab | 28.05.22

Joaquim José de Sousa Lobato, guarda-roupa do Rei D.João VI

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Joaquim José de Sousa Lobato, 2.º barão e 2.º visconde de Magé (20 de Outubro de 1770 - 1837) Senhor de S. João de Rei, alcaide-mor de Castelo de Vide, do conselho do rei D. João VI, seu guarda-roupa; porteiro da câmara da infanta regente, D. Isabel Maria, comendador da Ordem de Cristo, e da Torre e Espada; conselheiro da Fazenda, no Brasil e em Portugal, escrivão da Fazenda do Tribunal no Rio de Janeiro, proprietário do ofício de escrivão das marcas na Alfândega Grande de Lisboa.

Nasceu a 20 de outubro de 1770, faleceu em 1837. Era filho de José Joaquim de Sousa Lobato, fidalgo da Casa Real, guarda-roupa da rainha D. Maria I, comendador das ordens de Cristo e da Torre e Espada, proprietário do ofício de escrivão da Mesa Grande, e de escrivão das marcas da Alfândega Grande de Lisboa; casado com D. Maria Joana Henring. 

O visconde de Magé sucedeu na casa e no título a seu irmão mais velho, o 1.º barão e 1.º visconde, e casou em 19 de setembro de 1803 com D. Mariana Clementina de Araújo e Albuquerque, filha do desembargador António José de Araújo, e de sua mulher D. Ana José Maria de Albuquerque. O título de barão foi verificado na segunda vida, por decreto de 16 de agosto de 1827.

Fonte: https://www.arqnet.pt/dicionario/mage2v.html 

Qua | 25.05.22

António de Arrábida, preceptor do Rei D.Pedro IV

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Antônio de Arrábida nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, a nove de setembro de 1771. Aos 15 anos, após finalizar seus primeiros estudos, entrou para o claustro do convento de S. Pedro de Alcântara e, pouco depois, foi nomeado bibliotecário do convento de Mafra. Este, construído junto à Basílica e ao Palácio Nacional daquele pequeno município português, parte do distrito de Lisboa, foi por muito tempo residência sazonal da família real, que, durante a regência do Príncipe D. João, passou a habitá-lo de forma permanente. É nesse momento que o príncipe começa admirar o trabalho do frade, chamando-o para ser o seu Conselheiro Real.

Passados alguns anos, a fim de assegurar o poder da Casa de Bragança sobre o grandioso Império luso-americano, D. João aventou a possibilidade de enviar ao Brasil seu filho D. Pedro, que passaria a ser seu condestável, título honorífico que o qualificava representante do príncipe regente no novo continente. A partir dessa ideia, nomeia Frei Arrábida para o ofício de preceptor do condestável, tornando-lhe responsável por D. Pedro e por seus estudos no Brasil. Porém, com a notícia da invasão francesa a Portugal, o frade é comunicado sobre a mudança de planos: o número de passageiros rumo ao Brasil havia aumentado, D. João e toda a família real também partiriam para a América. Ainda assim, Frei Arrábida e D. Pedro viajam no mesmo navio, selando uma fiel ligação que se estenderia por muitos anos.

Após a chegada ao Rio de Janeiro, o frade prefere se instalar no Convento de Santo Antônio a morar no Palácio Real. Assim, apesar da pequena propensão aos estudos, D. Pedro passa a subir constantemente as escadarias do convento para estudar piano e receber conselhos de seu preceptor.

Anos depois, com a volta de D. João VI a Portugal, D. Pedro designou Arrábida ao mesmo posto de Conselheiro que este havia ocupado durante o Império Joanino. Além disso, logo após a independência, em 23 de outubro de 1822, o Frei é nomeado ao cargo de Bibliotecário, passando a acumular o antigo posto de Conselheiro a esta nova função. Arrábida torna-se, portanto, o primeiro Bibliotecário da Biblioteca Imperial e Pública da Corte, título que, apesar de inédito, substituía o de Prefeito da Real Biblioteca, destinado aos principais encarregados pela organização e conservação do acervo documental.

Em 12 de novembro deste mesmo ano, em nome de D. Pedro I, o ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros, José Bonifácio, determina a obrigatoriedade do envio à Biblioteca de um exemplar de quaisquer obras, folhas periódicas e volantes que se imprimissem na Tipografia Nacional. Na época, entretanto, ainda em sua primeira sede, aos fundos do Convento de Nossa Senhora do Carmo, a Biblioteca não tinha as condições ideais para abrigar um acervo tão fértil. Na tentativa de minimizar o problema, Frei Arrábida organiza um Índex da livraria, a fim de melhor dimensioná- la, e um Livro Memorial, em que, a partir do ano de 1822, passaria a registrar todos os documentos recebidos.

Em meio a esse trabalho de ordenação, o Bibliotecário encontra os manuscritos botânicos de frei José Mariano da Conceição Veloso, Florae fluminensis, que havia sido doada à D. João pelo Convento de Santo Antônio, em 1811, após a morte do autor, e, pouco depois, teria desaparecido. A preciosa obra trazia a descrição e os desenhos de mais de 1700 espécies de flora e fauna da região do Rio de Janeiro e São Paulo, coletadas entre 1782 e 1790.

Ao reencontrá-la, Frei Arrábida descreveu em carta solene ao Imperador a emoção sentida e, devido à importância atribuída à obra, solicitou a publicação de seu texto aqui no Brasil, oferecendo-se para as devidas correções de impressão. Em resposta, D. Pedro ordenou a aprovação da proposta e, reconhecendo o zelo do Bibliotecário, determinou que o texto da obra fosse aqui impresso na Tipografia Nacional, autorizando-o a remeter os desenhos a Paris para serem litografados na oficina de Lasteyrie. A direção de todos estes trabalhos ficou a cargo do Bibliotecário, “ por lhe serem louváveis, e muito análogos ao seu patriotismo” .

Em 1825, a impressão da obra começou na Tipografia Nacional do Rio de Janeiro. A reprodução das estampas, iniciada em 1827 em Paris, levou quatro anos e quatro meses para ser finalizada. Quando os últimos fascículos já estavam sendo impressos, D. Pedro I abdica do trono, volta a Portugal e o novo governo brasileiro ordena a suspensão da impressão. Após uma briga judicial, a obra foi, enfim, terminada e, segundo o livro Phitographia ou Botânica brasileira, de Alexandre José Mello Moraes, 500 exemplares foram enviados ao Rio de Janeiro, ficando em Paris os outros 1500, “ os quais, não sendo reclamados, foram entregues não sei a quem, e dos quais salvaram- se algumas coleções; e por fim, se reconhecendo que essas estampas não eram mais procuradas, foram vendidas ou dadas ao chapeleiro que fornecia barretinas (chapéu) para o exército francês”.

Ainda em 1826, D. Pedro I havia concedido a frei Antônio outra prova de sua estima, o título junto à Santa Sé de bispo titular de Anemúria, adicionando-lhe a nomeação de coadjutor do capelão-mor. Posteriormente, o Imperador o nomeou também diretor dos estudos de príncipes e princesas imperiais e o condecorou com a Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa.

Sua evidente proximidade a D. Pedro I, entretanto, também lhe trouxe alguns problemas, fazendo o bispo de Anemúria passar por situações complicadas durante o período compreendido entre a abdicação desse até a coroação de D. Pedro II. Por conta da amizade com o ex-imperador, Frei Arrábida era mal visto pelos governantes regenciais, o que teria acarretado na ameaça de morte recebida em sua cela do covento, no dia 15 de julho de 1831. Temeroso por sua segurança, acabou por mudar-se do convento na tarde seguinte, permanecendo os três anos seguintes escondido na casa de um amigo, e por pedir exoneração do cargo de Bibliotecário, em 16 de agosto de 1831, perdendo o único vencimento que lhe restava dos cofres públicos.

Somente a partir de 1836, quando uma pensão lhe é concedida pelo legislativo, a situação pública e financeira de Arrábida começa a melhorar novamente. A criação do Colégio Pedro II na corte, em 1837, e o convite para ser o seu primeiro reitor, em 5 de fevereiro de 1838, também impulsionaram a sua reinserção social. Entretanto, a sua saúde começava a se mostrar cada vez mais fragilizada e, com apenas um ano de reitoria, Arrábida solicita sua exoneração do cargo a fim de se afastar da cidade para ser submetido a cuidados médicos.

Incansável, anos depois, o bispo de Anemúria volta à Corte para ser um dos assistentes da coroação e sagração de D. Pedro II e, em fevereiro de 1842, é nomeado mais uma vez Conselheiro, porém, não mais Real ou Imperial, mas sim do Estado Extraordinário. Sua retomada à vida pública novamente seria fugaz, afinal, após três anos, frei Arrábida acaba sendo destituído do cargo, passando a viver sob privações financeiras até os seus últimos dias.

Em meio a uma vida de tantos altos e baixos, Frei Antônio de Arrábida veio a falecer no dia 10 de abril de 1850 em sua cela do convento, lugar que sempre o acolheu.

Fonte: http://bndigital.bn.gov.br/projetos/200anos/antonioArrabia.html?fbclid=IwAR2B91NOdDZVf1P4uHudJLe5ExifJ6rCF1os7KkUlwFT5EcQDdxqMqLZ4fE e https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Arr%C3%A1bida 

Seg | 23.05.22

Aniversário do Museu Nacional dos Coches

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O primeiro museu de coches do mundo foi criado em 1905, com a designação de Museu dos Coches Reaes, no antigo Picadeiro do Palácio Real de Belém (Lisboa), por iniciativa de Dona Amélia de Orléans e Bragança, com a finalidade de reunir, salvaguardar e apresentar ao público um importante acervo de viaturas pertencentes à Casa Real.
O Museu é hoje constituído por dois edifícios: o Antigo Picadeiro Real (Pç. Afonso de Albuquerque) e o Novo Edifício, em frente (Av. da Índia), inaugurado em 2015.
Aceite o desafio e venha visitar-nos no Antigo Picadeiro Real do MNC.
Sex | 13.05.22

D. Júlia Adelaide Braamcamp de Almeida Castelo Branco, Aia dos Príncipes D.Carlos e D.Afonso

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D. Júlia Adelaide Braamcamp de Almeida Castelo Branco foi Dama de Sua Majestade a Rainha D.Maria Pia, Camarista Aia dos Príncipes D. Carlos e D. Afonso, e Dama das Ordens de S.ta Isabel e de Maria Luísa de Espanha.

Foi casada com D. Fernando de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos, 2.º conde de Vila Real.

Era filha de Anselmo José Braamcamp de Almeida Castelo Branco, coronel de milícias e comendador da ordem de Cristo, e de sua mulher D. Maria Inácia Braamcamp.

Fonte: https://www.geni.com/people/J%C3%BAlia-Adelaide-Castelo-Branco/6000000022410053918