SAR o D. Afonso de Bragança foi recebido hoje na sede da Jornada Mundial da Juventude pelo Senhor D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
O Principe da Beira apresentou cumprimentos e mostrou a sua disponibilidade para integrar o corpo de voluntários.
Todos os anos, durante muitos anos, no dia 1 de janeiro, a Família Real Portuguesa recebia os cumprimentos de ano novo por parte da corte, funcionários cívis e militares e de todos aqueles que já tinham tido a honra de ser apresentados ao Rei de Portugal.
Não se sabe em que ano começou esta tradição, mas durou até 1910.
No dia 1 de janeiro de 1910, o Rei D.Manuel II e o Infante D.Afonso receberam com os mais respeitosos cumprimentos os representantes das classes mais distintas da população de Lisboa, os seus protestos de dedicação pelo trono e pela Família Real Portuguesa.
Da esquerda para a direita: Professor Arquiteto José Cornélio da Silva, Embaixador Dr. António Carlos Coelho, Sua Alteza Real o Duque de Bragança, Conde de Albuquerque e Embaixador Dr. Eduardo Santos Silva.
SAR o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança, Duque de Bragança, e Chefe da Casa Real Portuguesa, este fim de semana foi convidado de honra do Sr Presidente da Câmara Municipal de Mafra , Helder Sousa e Silva e o Sr Director do Palácio Nacional de Mafra , Dr Sérgio Gorjao, para assistir ao Concerto de Natal da Academia de Música de Santa Cecília, na Basílica de Mafra, acompanhado pelos 6 órgãos de Dom João VI.
Findo o concerto o Dr Francisco Simões do Paço - Juiz da Real e Venerável Irmandade Santíssimo Sacramento de Mafra e Dr Tiago Henriques Luis membro desta ilustre irmandade, convidaram SAR o Senhor Dom Duarte Pio de Bragança para uma visita guiada a algumas peças do espólio de Real e Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento de Mafra, e assinatura do Livro de Honra desta irmandade . O espólio contempla peças excecionais com destaque para : Cruz de Santo André Cristo do Monte Alverne Camisa da coroação do Rei Luís XV de França O Núcleo do Oeste da Real Associação de Lisboa com a Causa Real tiveram a honra de promover esta visita de SAR Dom Duarte Pio de Bragança a Mafra.
Consumado o golpe palaciano no qual os Conjurados restauraram a Independência do Reino de Portugal, El-Rei João IV, vindo de Vila Viçosa, chegou a Lisboa na noite de 6 de Dezembro. Nos dias seguintes, enquanto se preparava a cerimónia da Aclamação e o Rei se ocupava dos assuntos de Estado, houve festejos, procissões e iluminações públicas.
A Aclamação D’El-Rei Dom João IV de Portugal ocorreu a 15 de Dezembro de 1640.
Logo de manhã cedo, o novo monarca saiu dos seus aposentos no Paço da Ribeira, acompanhado dos Grandes Titulares da sua Corte, de oficiais da Casa Real e de Bispos, até ao local onde deveria decorrer a Cerimónia de Aclamação.
A abrir a comitiva real estavam os Porteiros, oficiais da Casa Real, e que eram os responsáveis por abrir e fechar as portas do palácio, função essa bastante simbólica. Os Porteiros traziam consigo duas insígnias que os distinguiam. Em primeiro viriam os Porteiros de Cana por portarem instrumentos de sopro rústicos, denominados por Cana. De seguida viriam os Porteiros da Maça, responsáveis por transportar nos ombros um bastão para assinalar a chegada dos convidados, a Maça.
Após a chegada dos Porteiros ao local da aclamação do monarca vinham os oficiais da Casa Real responsáveis pela Armaria, ou seja eram responsáveis pela distribuição e regulamentação das armas e brasões da nobreza. Estas estavam distribuídos em três níveis de forma hierárquica. Primeiro vinham os três Reis de Armas, que representavam os três domínios mais importantes do Império Português: Portugal, Algarve e Índia. De seguida vinham os três Arautos que representavam as, então, mais importantes cidades do Reino: Lisboa, Silves e Goa. Por último vinham os três Passavantes, que representavam as vilas mais importantes: Santarém, Lagos e Cochim. Todos deveriam vestir cotas de armas, uma capa sobre as vestes, que os diferenciava pela posição onde o escudo real estava bordado. Os Reis de Armas traziam bordado no peito com a coroa, os Arautos traziam ao peito no lado direito sem a coroa e os Passavantes traziam ao lado esquerdo sem a coroa.
O cortejo real prosseguia com a passagem dos Moços da Câmara e dos Moços Fidalgos. Os Moços da Câmara eram jovens que provinham das famílias mais influentes e possuíam funções na Câmara Real (aposentos do rei). O Moço Fidalgo era basicamente aquele que convive com o Rei no seu quotidiano. Após a passagem dos Moços passaria o Corregedor do Crime da Corte e Casa.
No fim da passagem destas figuras maiores da Monarquia Portuguesa deveriam passar os membros da nobreza, os Grandes Titulares da Corte (Marqueses, Condes, Viscondes e Barões) e eclesiásticos (Bispos). Todos iam a "descoberto" (sem chapéu ou barrete na cabeça) e formando duas alas, a dos seculares e a dos religiosos. No meio destas alas seguiam os oficiais da Casa Real transportando as suas insígnias. De seguida vinha o recém-nomeado Ministro Secretário de Estado, e imediatamente vinha o Meirinho Mor que trazia uma vara branca, sua insígnia privativa. Este era um oficial de justiça, responsável pela aplicação da lei aos membros da Nobreza e fidalgos – e que de acordo com a tradição era ofício pertença do Conde de Viana.
O Bispo Capelão Mor (responsável pela capela real) acompanhava o Meirinho Mor. Após estes seguia o cortejo: o Alferes Mor, que trazia a Bandeira Real enrolada. No fim deste seguia o Capitão da Guarda Real (responsável pela guarda pessoal do rei).
A Guarda Real dos Archeiros estaria no exterior do edifício onde decorreria a cerimónia de Aclamação.
A cerimónia aconteceu num grande teatro de madeira erguido e guarnecido de magníficos e ricos panejamentos, adjacente à engalanada varanda do Paço da Ribeira. Nesse décimo quinto dia do mês de Dezembro de mil seiscentos e quarenta, as mais altas e influentes figuras a nível nacional, os membros da Família Real e por último a figura central da cerimónia, El-Rei, tomaram o seu lugar no teatro de madeira. Dom João IV vinha ricamente vestido com o manto real, seguro na cauda por um Conde e pelo Gentil Homem da Câmara Real. Junto ao monarca estava o herdeiro ao trono o Príncipe D. Teodósio - ainda vivo à data - ainda acompanhado dos seus oficiais privados (os Camaristas). Muito próximo ao Rei no seu lado esquerdo estava o Mordomo-mor da Casa Real. Este desempenhava as funções mais importantes de toda a Casa Real Portuguesa e ao seu lado, mas mais afastado, estava o Ministro Secretário de Estado. No mesmo lado esquerdo estavam posicionados, em ala e mais afastados, o Meirinho-mor e os Marqueses e por último os Grandes da Corte e outros oficiais da Casa Real. Ao seu lado direito estavam os seus herdeiros e o corpo religioso.
Antes de o soberano se sentar no trono real foi-lhe dado o ceptro que segurou com a mão direita, a coroa real foi colocada ao seu lado esquerdo. Dom João IV, pela derradeira vez, cingia na cabeça a Coroa dos Reis de Portugal que haveria de oferecer a Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em 1646, pela protecção concedida durante a Restauração, coroando-a Rainha de Portugal – nas coroações de outros monarcas que haveriam de se seguir, durante a Cerimónia de Aclamação a Coroa Real seria sempre acomodada numa almofada vermelha (cor real) ao lado do novo Rei, como símbolo real, e não na cabeça do monarca.
Após os convidados estarem todos acomodados deu-se oficialmente início à Aclamação do Monarca. Neste momento o Secretário de Estado avisa o Rei de Armas para pronunciar a prática a El-Rei. O Rei de Armas brada o seguinte:
‘Ouvide, ouvide, ouvide, estai atentos!’
Dito isto o Reposteiro-Mor colocou diante do monarca uma cadeira rasa com uma almofada e outra para o Rei se ajoelhar. Na cadeira rasa (pequena mesa) o Bispo Capelão-Mor coloca o missal aberto e o crucifixo de prata. O alto prelado ajoelha-se junto ao trono juntamente com dois Bispos que servem de testemunhas do juramento que El-Rei iria fazer. O monarca então de joelhos coloca o ceptro na mão esquerda e o missal e a cruz na mão direita e repete as palavras que o Secretário, que também estava de joelhos, lhe diz para repetir:
‘Juro e prometo com a graça de Deus vos reger, e governar bem, e direitamente, e vos administrar direitamente justiça, quanto a humana fraqueza permite; e de vos guardar vossos bons costumes, privilégios, graças, mercês, liberdade, e franquias, que pelos Reis meus predecessores vos foram dados, outorgados e confirmados.’
Dito este jura, o Secretário de Estado lê em voz alta o Juramento, Preito e Homenagem que os convidados deveriam jurar ao monarca:
‘Juro aos Santos Evangelhos tocados corporalmente com a minha mão, que eu recebo por nosso Rei, e senhor verdadeiro, e natural, o muito alto, e muito poderoso, o fidelíssimo Rei, nosso Senhor Dom João o Quarto, e lhe faço preito, e homenagem segundo o foro destes reinos.’
Feito o juramento por parte dos convidados, o Alferes-Mor desenrola o Estoque Real e o Rei de Armas disse em voz alta para beijarem a mão do soberano. Feito isto, o Secretário-geral diz aos convidados que o Monarca aceita os juramentos feitos a Ele e assim o diz:
‘El-Rei, nosso Senhor, aceita os juramentos, preitos e homenagens que os Grandes, Títulos Seculares, Eclesiásticos, e mais pessoas da nobreza que ao estarem presentes, agora lhe fizestes.’
Declarada a aceitação, o Alferes-Mor e Condestável, D. Francisco de Mello, agitando a Bandeira desenrolada declara a fórmula de Aclamação do Monarca:
‘Real, Real, Real! Pelo mui alto e muito poderoso e excelente Príncipe, Rei e Senhor Dom João IV de Portugal!’
Feito isso, dirigem-se para a multidão que os contemplava e o Rei de Armas declara:
‘Ouvide, ouvide, ouvide, e estai atentos.’
E o Alferes Mor de seguida repete:
‘Real, Real, Real! Pelo mui alto e muito poderoso e excelente Príncipe, Rei e Senhor Dom João IV de Portugal!’
Ao que se lhe seguiram todos os outros presentes fazendo um coro que fez vibrar o palanque.
Finalmente, Dom João IV foi erguido e aclamado solenemente: estava inaugurada a 4ª Dinastia Portuguesa, a Dinastia de Bragança.
Finalmente a comitiva real dirigiu-se com a população em direcção ao Palácio Real momento que marca o fim das cerimónias de Aclamação do monarca Português.
No dia 29 de novembro, os Duques de Bragança e o Príncipe Rafael do Brasil participaram na Sessão de Apresentação dos Livros “Caminhos da Independência”, do Prof. Dr. Rui Manuel Figueiredo Marcos, e “Uma Visão Transcendente da Independência do Brasil”, do Prof. Dr. Ibsen José Casas Noronha, realizada no Grêmio Literário de Lisboa, capital de Portugal.
Os Duques de Bragança anunciaram hoje o noivado da sua filha, a Infanta D. Maria Francisca de Bragança, Duquesa de Coimbra, e do Senhor Duarte de Sousa Araújo Martins.
Maria Francisca e Duarte de Sousa Araújo Martins ficaram noivos em Timor no início deste mês. A Infanta D. Maria Francisca informou os seus pais, os Duques de Bragança e outros familiares próximos. Mais detalhes sobre o dia do casamento serão anunciados oportunamente.
Duarte Maria de Sousa Araújo Martins nasceu em Lisboa a 14 de Maio de 1992, filho de Pedro Martins e D. Maria do Carmo de Sousa Araújo.
Ele tem três irmãos. é neto materno do conhecido arquitecto e pintor de arte sacra João de Sousa Araújo.
O Sr. Duarte de Sousa Araújo Martins é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e Mestre em Direito (Direito Bancário e Financeiro) pela Queen Mary University, em Londres.
É advogado, atualmente na sociedade de advogados Uría Menéndez - Proença de Carvalho, especializado em mercado de capitais e fusões e aquisições.
Ao longo da sua vida desenvolveu trabalho voluntário, nomeadamente como Chefe Geral das Missões da Faculdade de Direito da Universidade Católica.