Duarte Pio dedicou uma mensagem nas redes sociais ao filho mais velho, Afonso de Bragança, que fez anos este fim de semana.
“Salve SAR o Senhor Dom Afonso de Bragança, Príncipe da Beira na passagem do seu 27 aniversário. Que Deus o continue a guardar por muitos anos”, escreveu.
D.Duarte Pio, chefe da Casa Real Portuguesa e duque de Bragança, casou-se com Isabel de Herédia em 1995 e têm em comum três filhos: Afonso de Santa Maria, príncipe da Beira, Maria Francisca e Dinis.
O filho mais velho de D.Duarte Pioseria o herdeiro da coroa portuguesa no caso de o país viver um sistema monárquico.
Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia nasceu em Lisboa em 1610 e faleceu a 16 de agosto de 1665.
Era filho do 5.º conde de Atouguia, D. Luís de Ataíde, e de sua mulher, a heróica D. Filipa de Vilhena; filha herdeira de D. Jerónimo Coutinho, conselheiro de Estado, e presidente do Desembargo do Paço, e de D. Luísa de Faro. D. Jerónimo de Ataíde foi um dos dois irmãos, a quem a célebre D. Filipa de Vilhena armou cavaleiros, enviando-os a combater pela defesa da independência da pátria.
Foi Fidalgo da Casa Real, governador das Armas das províncias de Trás-os-Montes e do Alentejo, e do Estado do Brasil; capitão general da armada real, conselheiro de Estado e presidente da Junta do Comércio. Foi um dos fidalgos que fizeram a revolução do dia primeiro de dezembro de 1640, um dos que entraram no Paço da Ribeira, e se dirigiu aos aposentos de Miguel de Vasconcelos.
Foi também gentil-homem da Câmara do rei D. Afonso VI de Portugal.
Casou duas vezes: a primeira, no ano de 1658, com D. Maria de Castro, filha de Francisco de Sá a Menezes, 2.º conde de Penaguião, e da condessa D. Joana de Castro, de quem teve D. Manuel Luís de Ataíde, que foi o 7.º conde de Atouguia. Em segundas núpcias casou com D. Leonor de Meneses, filha herdeira de D. Fernando do Meneses, e de. D. Jerónima de Toledo, filha de D. Manuel da Câmara, 2.º conde de Vila Franca, de quem teve muitos filhos, contando-se entre eles D. Luís Peregrino de Ataíde, que foi o 8.º conde de Atouguia, por ter falecido sem descendência, seu irmão, o 7.º conde D. Manuel Luís de Ataíde. D. Jerónimo ficou sepultado na capela-mor do convento de Santa Maria de Xabregas, que era padroado da casa destes fidalgos. Entre os estudos que cultivou, mereceu-lhe maior atenção a genealogia.
Escreveu: Nobiliário das Famílias deste Reino, 4 tomos, manuscrito que se conservava na livraria do convento da Graça, de Lisboa.
O primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, vai ter uma estátua em Espanha. A colocação do monumento acontecerá nos próximos dias 29 e 30 de abril e é promovida pela Grã Ordem Afonsina, num evento organizado em parceria com a Fundação Rei Afonso Henriques e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, com o apoio do Ajuntamento de Zamora e da Câmara Municipal de Guimarães. A obra está a ser feita pelo escultor vimaranense Dinis Ribeiro e repousará num plinto desenhado pelo arquiteto Abel Cardoso. Antes de ser transportada para Zamora, a peça será exposta no centro da cidade de Guimarães.
A escultura terá uma altura de seis metros. A imagem propriamente dita terá cerca de 4,2 metros e assentará em cima de um plinto de 1,8 metros. “Vamos usar três materiais: o granito da região de São Torcato, um lugar mítico da narrativa da Reconquista Cristã da Península; o mármore de Estremoz simbolizando a ligação de Afonso Henriques à expansão do reino para o sul; e o granito negro Angola encerra a trilogia de materiais, ligando a figura do primeiro rei à Expansão Marítima”, explica Dinis Ribeiro a O MINHO. O conjunto – escultura e base – pesará próximo das 15 toneladas.
Segundo Florentino Cardoso, presidente da direção da Grã Ordem Afonsina, “a escolha deste local para a colocação da estátua de D. Afonso Henriques deveu-se ao facto de ele se ter armado cavaleiro no dia de Pentecostes de 1125, na Catedral de Zamora, perante D. Paio Mendes (arcebispo de Braga de 1118 a 1137), tendo este ato constituído o prenúncio da dignidade régia que possuía”.
Além disso, a vida do Conquistador esteve sempre muito ligada aquela cidade. “Foi ali que, em 1143, se deu o encontro de paz e amizade entre ele e o seu primo Afonso VII”, acrescenta Florentino Cardoso. A existência de uma instituição hispano-portuguesa – a Fundação Rei Afonso Henriques -, com sede partilhada entre Zamora e Bragança, deu o impulso decisivo para que o projeto avançasse.
Uma estátua de Afonso Henriques rapaz
“Habituamo-nos a imaginar D. Afonso Henriques a partir da figura esculpida por Soares dos Reis, que podemos ver em Guimarães e em réplicas em Santarém e Lisboa. Trata-se de um homem entre os 30 e os 40 anos, no seu pleno vigor físico. Esta nova escultura abre uma porta para o nosso imaginário, uma vez que retrata a figura singela de um rapaz no meio da puberdade”, avança o escultor.
“A peça retrata o jovem Afonso no momento imediatamente antes de se ajoelhar para se fazer cavaleiro, com as mãos na espada que também pode ser encarada como uma cruz”, desvenda. O autor confessa que “o pior que pode acontecer é dizerem que está muito bonitinha, espero que gere controvérsia, gosto de criar desarrumação”.
Antes de ser transportada para Zamora a estátua estará em exposição no Largo República do Brasil, junto a uma das portas de entrada para o Centro Histórico de Guimarães. A inauguração da escultura, na cidade espanhola, acontecerá no sábado, dia 29 de abril, no jardim da Fundação Afonso Henriques, pelas 18:00. No dia seguinte, celebra-se uma missa solene na Catedral, presidida pelo bispo de Zamora D. Fernando Valera, que dirigiu um convite ao arcebispo de Braga e ao bispo de Coimbra, manifestando o desejo de os ter como concelebrantes.
Em Dezembro de 1996 era inaugurada no Palácio Nacional da Ajuda uma exposição temporária, “Tempo Real”, mostrando a colecção de relógios do Paço. Na preparação da exposição tinha-se aproveitado para se fazer o levantamento, o mais completo possível, das cerca de oitenta peças que compõem o espólio, bem como do seu restauro. Coordenada por Isabel Silveira Godinho, uma vasta equipa de especialistas produziu um trabalho exemplar. Bernard Pin, um dos mais respeitados restauradores de relógios em França, especialista em relojoaria antiga, ajudado pelo português António do Couto (figura lendária do século XX português relojoeiro em termos de reparação, e que viria a morrer pouco depois) conseguiram recuperar máquinas que há muito não trabalhavam. Para o catálogo, um elemento que se tornou precioso para quem estuda a temática do Tempo e da Relojoaria, houve a cooperação técnica especializada de Américo Henriques (responsável pela Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa), novamente de Bernard Pin (para relógios e autómatos musicais) e de José Malhão Pereira (relógios de sol e bússolas).
Diz-nos Isabel Patrões e Silveira Godinho que, “mestra na arte de escolher e comprar, a rainha D. Maria Pia não desperdiçava as suas idas ao estrangeiro para efectuar compras ou encomendas de novos relógios em casas especializadas: L’Escalier de Cristal, Maquet, Boudet, etc., ou em antiquários” e que “os exemplares escolhidos são elucidativos do seu bom gosto e exigência de qualidade”.
“A colecção, em grande parte adquirida pela rainha D. Maria Pia, principal responsável pela decoração dos espaços deste palácio, traduz de uma forma clara o gosto e sensibilidade estética vividos na segunda metade de Oitocentos”, reforça Maria Isabel Braga Abecassis, uma das investigadoras que trabalhou no catálogo. “A diversidade das peças que a compõem revela claramente o ecletismo artístico, marca essencial da mentalidade do tempo: nela se encontram modelos originais – caso dos relógios setecentistas, em que estão bem expressas as correntes estéticas da altura, lado a lado com as mais perfeitas imitações tão ao gosto do século XIX”.
A colecção da Ajuda corresponde exclusivamente às peças que ficaram guardadas no Palácio após o seu encerramento, com o advento da República, em 1910. Não estão ali incluídos todos os relógios da Casa Real Portuguesa, já que ficaram de fora exemplares que ainda hoje podem ser vistos no Paço Ducal de Vila Viçosa e nos Palácios de Belém, Mafra e Necessidades, que foram também residências reais.
Também não estão na Ajuda todos os relógios que a Família Real possuía à data da implantação da República. Isto porque o novo poder, depois de feito um exaustivo inventário, e separando os objectos que considerava serem pertença do Estado e os que via como pessoais, fez embarcar inúmeras caixas com artes decorativas, com destino aos membros da Família Real, no exílio, com obras de artes decorativas, entre as quais se contavam dezenas de relógios.
Cronologicamente, a colecção pode balizar-se entre os finais do século XVII e os últimos anos do século XIX, entre relógios de sala, de secretária, de bolso, de transporte ou jóias e adereços. Há ainda um núcleo de relógios de sol e bússolas.
“Na sua maioria, os maquinismos revelam ser de fabrico francês e suíço. Supomos que grande parte da colecção tenha sido adquirida em França, quer em viagens realizadas pelos monarcas, quer através de encomendas feitas às grandes casas comerciais, fornecedoras das cortes europeias: Boudet, Maquet, Escalier de Cristal e Rodanet, todas de Paris”, explicam Maria do Carmo Rebello de Andrade e Maria Manuela d’Oliveira Martins, duas outras investigadoras que trabalharam no catálogo.
Entre os relojoeiros de renome contam-se na colecção autores como Gio Pietro Callin, Le Comte, Causard, Jean Le Seyne, Patek Philippe e A. H. Rodanet, este último nomeado relojoeiro da Casa Real Portuguesa por alvará de 1868.
Gerações de relojoeiros passaram pelo palácio: António Pedro da Silva, José da Cunha Padrão, Joaquim dos Santos Franco, José Schrupp, Tiago António da Silva, Luís Lourenço de Sá, Carlos A. dos Santos, A. Justus, José Joaquim Ribeiro, António José Calisto e João Botelho da Costa, que iam semanalmente dar corda aos relógios da Ajuda e ocupar-se da sua manutenção e reparação.
Vários Alvarás Reais, atribuindo nomeação do cargo de relojoeiro honorário e fornecedor de relógios da Casa real, foram concedidos ao longo dos anos: a Paul Plantier, no ano de 1862, a José Schrupp no ano seguinte, a A. H. Rodanet em 1868, a José Moos em 1879.
Maria Isabel Braga Abecassis recorda-nos que, “elemento essencial no dia-a-dia do ser humano, o relógio foi para a família real do Paço da Ajuda um acompanhante permanente das alegrias e tristezas, dos bons e maus momentos, testemunho sempre presente no seu quotidiano”.
Fosse ele na decoração das salas, pois cada divisão tinha um ou vários exemplares, ou no dia-a-dia dos príncipes, como prova o recibo assinado por José da Cunha Padrão, relojoeiro da Casa Real, no ano de 1873: “Pelos concertos de 1 relógio de cima da mesa de mármore preto com figura de bronze da Sala de estudo de Suas Altezas – 1.600 réis”; ou ainda uma nota de despesa feita pelo príncipe D. Carlos em Nápoles, em 1884 – “Relógio que o príncipe comprou – 265 francos”.
Estava também presente nas muitas viagens da rainha D. Maria Pia, pois diversas notas manuscritas referem a compra destes mecanismos nas mais variadas cidades europeias: Paris, Viena, Salzburgo, Frankfurt, Munique, Hamburgo, Nápoles, Turim, Milão, Genebra. Ou nas numerosas ofertas da rainha a familiares, amigos e servidores. São várias as anotações, escritas pela própria ou por acompanhantes, relativas a encomendas de relógios. É o caso da seguinte, feita em Genebra, em que a rainha menciona a compra de um para o seu filho D. Afonso: “Mandei fazer (...) [relógio] para Afonso d’ouro com horas (...) Letra A.H. [Afonso Henriques] coroa ducal em esmalte encarnado”. Ou das compras efectuadas em Paris na famosa casa Rodanet, quando da viagem da rainha feita provavelmente no ano de 1905: “Encomendou-se um relógio para o Dr. Tavares (...) com a assinatura de S.M. com dois mostradores com minutos e segundos (...). Encomendou-se outro igual ao do Dr. Tavares para o Dr. Gama Pinto com (...) assinatura de S.M.”.
Há ainda documentação referente a um relógio em forma de esfera, com pequenos diamantes engastados, oferecido por D. Maria Pia a D. Luís, no aniversário do rei; ou a vários relógios oferecidos pela rainha a crianças convidadas para o baptizado do príncipe D. Luís Filipe, filho primogénito de D. Carlos.
No que respeita ao rei D. Luís, nos manuscritos da Biblioteca da Ajuda há também alguma correspondência versando temas de relojoaria.
Assim, para 1862, uma carta enviada a partir de Besançon, de E. Cressier, fabricante de relógios, dirigida a D. Luís I, oferecendo-lhe um relógio a que se dá corda, e se acerta, sem chaves.
De 1863, há uma súplica de Paul Plantier, filho, pedindo ao monarca o emprego de Relojoeiro da Casa Real, como emprego honorário apenas, “vago por morte de Vielle”.
Do mesmo ano, uma carta de A. Ageron, relojoeiro mecânico de Grenoble, oferecendo a D. Luís um invento seu – sistema de salvamento – “do qual se poderão tirar grandes vantagens para a Marinha”.
De Paris, em 1865, chegava uma carta de A. Charpentier, relojoeiro famoso, propondo ao rei algumas peças astronómicas e de precisão.
Finalmente, em 1908, já depois do regicídio, chega de Bruxelas, para o Infante D. Afonso, uma carta de Adrien Huybers, propondo-lhe um trabalho seu, de que envia as fotografias – um relógio que fez em honra da memória de D. Carlos e do Príncipe D. Luís Filipe.
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Sobre esta situação, Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte de Bragança, referiu à Fundação AIS, que este assunto deve inclusivamente mobilizar o poder político em Lisboa e que “As autoridades portuguesas deveriam urgentemente pelo menos pedir a suspensão de algum ato que seja irreversível, porque caso contrário um dia destes deitam tudo abaixo e depois não há nada a fazer".
SAR o Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, esteve no Porto e, enquanto Presidente de Honra, presidiu à cerimónia de atribuição do Prémio Infante D. Henrique, a versão portuguesa do Prémio “The Duke of Edinburgh’s International Award”, fundado em 1988. Muitos foram os premiados, alunos de diversas nacionalidades da Oporto British School, entre eles vários portugueses.