Rei D. Carlos numa caçada
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Albert Arthur Alexandre Girard, nascido em Nova Iorque e proveniente de uma família francesa, veio para Portugal muito novo, onde completou os estudos e se licenciou em Engenharia. Apaixonado por História Natural, começou a carreira no Museu de Zoologia da Escola Politécnica em Lisboa. Começou a trabalhar ao serviço do Rei D. Carlos, de quem acabou por ser consultor científico.
D. Carlos tinha a colaboração de apenas um cientista: Albert Girard. Licenciou-se em Engenharia mas a sua principal paixão era a história Natural. Começou a sua carreira no Museu de Zoologia da Escola Politécnica em Lisboa (actual Museu Bocage). Mais tarde foi nomeado membro da Comissão das Pescas e começou a trabalhar ao serviço de Rei, sendo o curador das colecções reais no Palácio das Necessidades. Esteve sempre com o monarca nas suas investigações no mar. Estudava o material recolhido, organizava as colecções e preparava os resultados para publicação.
Acresce que organizava exposições em Portugal e no estrangeiro para mostrar os resultados dos cruzeiros oceanográficos do Rei. Ele era, de facto, o seu consultor científico. D. Carlos tinha grande estima por Girard e o sentimento era recíproco. Em várias ocasiões ambos escreveram um sobre o outro nos termos mais elogiosos. De acordo com Girard o Rei estudava e coleccionava especímenes e escrevia as publicações, e quando estava no mar não necessitava de um naturalista para reconhecer a espécie do animal devido à «sua extraordinária memória».
O mérito científico de Girard é evidente nos seus artigos científicos e nas notas manuscritas que deixou. Por exemplo, o seu rascunho «Notas para o estudo científico da costa do Algarve» inclui um plano para o estudo da poluição mineira do estuário do Guadiana e o seu efeito no bioma marinho adjacente. Este plano é certamente o primeiro a surgir em Portugal relativo à poluição marinha (Saldanha, 1996).
Havia uma verdadeira simbiose entre D. Carlos e Girard que conduziu a consideráveis realizações.
Girard foi curador das coleções reais no Palácio das Necessidades, acompanhou sempre o Rei nas suas investigações marítimas e organizava exposições no Portugal e no estrangeiro para exibir os resultados dos cruzeiros oceanográficos de D. Carlos. O mérito científico de Girard é evidente nos seus artigos científicos e nas notas manuscritas que deixou.
As actividades oceanográficas de D. Carlos foram mostradas ao público em várias exposições nacionais e internacionais. Espécimes, redes, instrumentos e desenhos, tudo foi cuidadosamente preparado por Girard para ser exibido nas exposições de 1897, na Escola Politécnica, 1898 no Aquário Vasco da Gama, 1902 e 1903-1904 no Porto, 1904 na Exposição Oceanográfica Internacional na Sociedade de Geografia de Lisboa e finalmente em 1906 em Milão. Depois da morte do Rei muitas peças foram ainda exibidas no Rio de Janeiro.
[Excertos de textos de Paul Choffat e Drº Luíz Saldanha]
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=597570344301724&id=180664859325610&set=a.186347582090671
«S. A. o Príncipe Real (D. Afonso de Bragança - de chapéu de coco, cerca de 1909), o Presidente do R.A.C.P. (Real Automóvel Clube de Portugal) (o presidente, à direita, com braçadeira, era Carlos Roma du Bocage), J, Lino e J. Anjos dirigindo a corrida» - legenda no verso.
O Rei D. Manuel II a deixar o país para partir para o exílio em 1910 após a proclamação da República.
Fonte: https://www.bridgemanimages.com/en/noartistknown/manuel-ii/nomedium/asset/1779159
Também estavam presentes: o Príncipe Arthur de Connaught e Strathearn, o Príncipe George de Gales, mais tarde Rei George V e o Rei Edward VII.
Fonte: https://jenikirbyhistory.getarchive.net/
29 de Agosto de 2009:
Ver Aqui
Ver Aqui
Ver Aqui
Ver Aqui