Alexandre Herculano, preceptor do Rei D. Pedro V
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, Santarém, 18 de Setembro de 1877) é considerado o pai da historiografia portuguesa e os seus poemas e romances transformam-no numa figura fundamental do romantismo. Colaborou e fundou várias revistas e jornais de âmbito cultural e noticioso.
Aprendeu os rudimentos da investigação histórica fora do circuito académico, que foi obrigado a abandonar por razões económicas.
Devido à sua oposição ao Miguelismo é obrigado a exilar-se, primeiro em Inglaterra e depois em França, onde contacta com obras de historiadores, romancistas e poetas estrangeiros que vão ter grande influência no futuro do seu trabalho.
Em 1832, desembarca no Mindelo com as tropas liberais e participa na defesa do Porto.
Com o regime liberal assume a gestão de diversas bibliotecas. Dirige “O Panorama”, a mais importante revista literária da época, e está na fundação de dois jornais: “O País” e “O Português”.
Membro e dirigente da Academia Real das Ciências publica, em quatro volumes, a sua “História de Portugal”, uma obra de referência na historiografia portuguesa.
Foi preceptor do futuro Rei D. Pedro V.
Alexandre Herculano casou, em 1 de Maio de 1867, com Mariana Hermínia de Meira. Morreu, sem descendência, na sua quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, (Santarém) em 18 de Setembro de 1877, onde se tornara agricultor e produtor do famoso "Azeite Herculano". Encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos transladado para aí em 6 de Novembro de 1978.