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A Monarquia Portuguesa

Este blog pretende ser o maior arquivo de fotos e informações sobre a monarquia portuguesa e a Família Real Portuguesa.

Qui | 29.04.21

Biografias - Branca de Portugal

Blog Real

Branca de Portugal (Santarém, 25 de fevereiro de 1259 – Burgos,17 de abril de 1321) infanta portuguesa, filha mais velha do rei Afonso III e da sua segunda esposa Beatriz de Castela, nomeada, após a sua tia Branca de Castela, rainha de França, foi senhora de Montemor-o-Velho, de Alcocer, do Mosteiro de Las Huelgas, e de Briviesca, cidade que fundou.

Biografia:

A infanta Blanca nasceu em 25 fevereiro de 1259, na cidade de Santarem. Ao fazer dois anos, o seu pai doou-lhe de maneira vitalícia Montemor-o-Velho, propriedade que voltaria à Coroa após a sua morte ou se casasse fora de Portugal.

Por proposta da abadessa do mosteiro cisterciense de Lorvão, Branca foi recebida como senhora em 1277 e morou aí, como já fizera a sua tia-bisavó, Teresa de Portugal, depois da anulação do seu matrimônio com o rei Afonso IX. Mesmo assim, Branca nunca professou aí nem foi a sua abadessa.

Mudou-se mudou para o Reino de Castela com a sua mãe, a rainha Beatriz, por causa de suas divergências com o rei D. Dinis, e existem provas documentais que mãe e filha viviam na cidade de Sevilha com o rei Afonso X em 1283.

Em 1295 a infanta Branca professou como uma freira no Mosteiro de Las Huelgas em Burgos e foi nomeada senhora do mesmo, como fica claro a partir de uma carta que o rei escreveu ao mosteiro Burgos em 15 de abril de 1295 que menciona as causas que levaram à infanta portuguesa a professar como a religiosa, por recomendação e disposição de seu tio Sancho IV, embora a princípio a infanta se recusou a fazer.

A infanta Branca trazido como dote para o Mosteiro de Las Huelgas várias vilas e em 1303 doou ao mosteiro as salinas de Poza e as de Añana. Nunca foi abadessa, mas foi a senhora do mosteiro como é indicado na documentação onde aparece Urraca Afonso como abadessa entre 1296 e 1326.

Em 1303, a morte de sua mãe, Branca herdou o senhorio de Alcocer e no 27 de setembro de 1305, comprou a Joana Gomes de Manzanedo – viúva do infante Luis de Castela, filho de Fernando III – a sua herança na cidade de Briviesca por 170 000 maravedis. A venda consistia em um povoamento de vários bairros. A infanta é considerada a fundadora da cidade de Briviesca como a promotora e coordenadora do novo assentamento e a fundação da Colegiata de Santa María. "E sua labor não se limitou apenas ao planejar o desenvolvimento da nova cidade em um padrão regular e ordenado, para permanecer confiante e seguro por trás do perímetro das muralhas, mas também procurou um extenso instrumento legal para o governo e administração: o Foro de 1313, abertamente inspirado no texto do Foro Real".

Testamento, morte e sepultamento:

No seu testamento, que foi fechado no 15 de abril de 1321, a infanta ordenou que seu corpo fosse enterrado no Mosteiro de Las Huelgas e também ordenou para ser dito dez mil missas por sua alma. No testamento, Branca concedeu Briviesca ao rei Alfonso XI com a condição de que a cidade nunca fosse um senhorio, que o monarca entregaram 300 000 maravedis para pagar a suas dívidas, e amparase e protegeira a igrega ea prefeitura da Colegiata de Santa María la Mayor en Briviesca.

Branca nomeou como seus testamentários, entre outros, a rainha Maria de Molina e Gonçalo de Hinojosa, Bispo de Burgos.

A infanta Branca faleceu no Mosteiro de Huelgas no dia 17 de abril de 1321. O seu belo túmulo, na nave de Santa Catalina, está cheio de estrelas entrelaçadas e decorado com as armas esquartejadas dos reinos de Castela, Leão, Portugal e desenhos vegetais.

Túmulo de Branca de Portugal no Mosteiro de Las Huelgas em Burgos.

Descendência:

Ela tinha um filho natural dum nobre português chamado Pedro Nunes Carpenteyro, notícia recolhida nas crónicas de Rui de Pina e na Crónica de Afonso XI:

  • João Nunes de Prado (m. 1355) que foi grão-mestre da Ordem de Calatrava e serviu o rei Afonso XI e o seu filho Pedro I. Foi executado em 1355 no alcácer de Maqueda.