D. João Afonso Telo, conde de Barcelos, Mordomo-Mor da Casa Real
D. João Afonso Telo era uma das pessoas mais próximas de D. Pedro, desde que este era infante, pois aquando da concórdia entre Pedro e o pai, em 1355, aparece referido como vassalo do infante.
Mais tarde quando D. Pedro já era rei e declarou que tinha casado com Inês de Castro, D. João Afonso Telo foi uma das suas testemunhas.
Outras provas desta proximidade foi a requintada festa que D. Pedro mandou preparar quando o fez conde
e o armou cavaleiro e também as variadas doações descritas na Chancelaria de D. Pedro I.
Algumas doações foram: a vila de Barcelos com o seu termo, direitos, com todos os tabeliães e toda justiça de mero e misto império; as honras dos paços de Aguiar, em Riba de Douro; a honra do couto de Tuias; a jurisdição de lugar de Aguda como mero e misto mpério; uma quinta, no termo de Santarém, com todo os seus direitos, rendas e foros; a quinta da Mouta da Bela, no termo de Penela, com todas as suas herdades e vinhas.
Na chancelaria, também existe uma procuração para um possível casamento entre o infante D. Dinis e a princesa Isabel (filha do rei Pedro I de Castela) que refere “dom joham afomso conde de barcellos e moordomo moor do dicto senhor Rey portador deste presente procuraçom”.
Além do cargo de mordomo-mor, apresentado na crónica, D. João Afonso Telo também ocupou a função de alferes-mor do reino.
O conde de Barcelos foi também um dos testamenteiros do rei D. Pedro I.
Fontes: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/40806/1/ulfl274277_tm.pdf