Terceiro filho do Rei D.Luís I e da Rainha D.Maria Pia de Sabóia (1866)
No ano de 1866, D. Maria Pia sofreu um aborto espontâneo. As informações veiculadas pelo paço foram parcimoniosas, o que envolve este acontecimento em algum mistério.
A gravidez não fora anunciada, nunca se esclareceu qual o tempo de gestação e o dia exacto em que ocorreu o aborto.
Mas, muito provavelmente, terá acontecido a 27 de Novembro e o feto teria entre 5 a 6 meses.
Que a criança estava sem vida ao nascer, não pode oferecer dúvida, pois caso contrário teria sido de imediato baptizada e inumada no panteão real como infante de Portugal.
Sem baptismo, não podia ser sepultada em solo sagrado. Terá sido isso o que aconteceu? Este episódio está envolto em segredo e pouco mais consegui apurar sobre ele.
Mas no último dia do ano Vítor Manuel não conseguia ainda “dissimular a inquietação que lhe causara a notícia do mau sucesso de S.M. a rainha.
Sequelas ou não deste aborto, D. Maria Pia não voltou a engravidar, o que para ela foi um desgosto. Desejava uma filha, que nunca teve. Dez anos mais tarde escrevia, num momento de tristeza, ser “uma grande pena não haver uma princesinha no palácio.
Fonte: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/32355/1/Portugal%20e%20Piemonte_artigo7.pdf